RESUMO
Objetivo:
avaliar a cultura de segurança do paciente em hospital universitário.
Método:
estudo transversal com coleta de dados por meio do Hospital Survey on Patient Safety Culture aplicado em dispositivo eletrônico. Entrevistaram-se 381 funcionários, correspondendo a 46% do total de profissionais elegíveis. Os dados foram analisados descritivamente, com cálculo de frequências e da confiabilidade pelo alfa de Cronbach.
Resultados:
a maior parte eram mulheres (73%), da área de enfermagem (50%) e com contato direto com pacientes (82%). As dimensões “trabalho em equipe no âmbito das unidades” (58%, α=0,68), “aprendizado organizacional” (58%, α=0,63), “expectativas e ações dos supervisores e gerentes para promoção da segurança do paciente” (56%, α=0,73) apresentaram maior positividade. Nove dimensões tiveram positividade baixa, com destaque para “respostas não punitivas aos erros” (18%, α=0,40). Somente o item “nesta unidade, as pessoas se tratam com respeito” obteve positividade acima de 70%. A avaliação da segurança do paciente na unidade de trabalho foi positiva para 36% dos funcionários, porém somente 22% informaram ter notificado eventos no último ano.
Conclusão:
os achados revelam fragilidades na cultura de segurança no hospital, com destaque à culpabilização.
Descritores:
Segurança do Paciente; Cultura Organizacional; Hospitais; Assistência à Saúde; Pessoal de Saúde; Inquéritos e Questionários