Resumo
Objetivo:
analisar a intensidade do trabalho em enfermagem nos hospitais públicos.
Método:
estudo transversal, quantitativo, realizado em 22 hospitais públicos. A amostra totalizou 265 enfermeiras e 810 técnicas e auxiliares em enfermagem. Os dados foram coletados por meio de questionário e analisados com a Análise Fatorial Exploratória. O cálculo da distribuição da intensidade do trabalho por categoria foi feito por escore que abarca de -1 a +1 desvio padrão dos dados e utilizou-se o teste Exato de Fisher (0,05 <p≤0,10) para observar a significância entre os grupos de acordo com o vínculo de trabalho.
Resultados:
a intensidade do trabalho contribuiu com 13% da precarização do trabalho para as enfermeiras e 51,2% para as técnicas e auxiliares. Para as técnicas e auxiliares as variáveis com maior carga fatorial foram trabalho exige mais do que pode fazer (0.6696) e assume múltiplas atribuições devido à escassez de pessoal (0.6156). Entre as enfermeiras as maiores cargas fatoriais foram observadas nas variáveis pressão do tempo no trabalho (0.6779) e ritmo de trabalho (0.6651).
Conclusão:
as variáveis analisadas indicam que a intensidade do trabalho ocorre de forma distinta entre as trabalhadoras em enfermagem, o que se revela pela polivalência, subdimensionamento e flexibilização do trabalho.
Descritores:
Trabalho; Enfermagem; Enfermeiras e Enfermeiros; Auxiliares de Enfermagem; Técnicos de Enfermagem; Hospitais Públicos