Este ensaio enfoca as vicissitudes da moralidade contemporânea a partir de um duple ponto de vista: seu questionamento radical devido à vigência do 'niilismo tecnocientífico, supostamente responsável por uma transformação inédita da condição humana, inclusive das suas referências valorativas a normativas; e a emergência da moral aplicada, conhecida como 'bioética', produto de unit concepção secular, pluralista e pós-universalista destas referências. Enfoca, em particular, a primeira fase da bioética, conhecida como 'fase dos pioneiros' e representada pela proposta de 'ética global' de V. R. Patter, que pretendia estabelecer novas relações entre fatos científicos e valores morais. Argumenta que esta visão 'global', aplicada à moralidade, vem sendo recuperada atualmente pelas concepções holistas, que pretendem estabelecer uma nova aliança entre ciência a transcendência.
niilismo tecnocientífico; holismo; bioética global