Este artigo, que tem o objetivo de contribuir para o debate sobre a institucionalização da medicina no Brasil, enfatiza o papel de divulgação que os primeiros periódicos médicos brasileiros assumiram ao tentarem estabelecer e ampliar a audiência da medicina. Tal projeto dependeu fundamentalmente da capacidade dos médicos, reunidos inicialmente na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro e posteriormente na Academia Imperial de Medicina, de fazerem dos periódicos científicos um meio efetivo de interlocução com a elite letrada do Rio de Janeiro. O destaque dado nos periódicos aos assuntos relacionados ao quadro sanitário do país ressalta a importância do discurso higienista, assumido como forma de inscrição da medicina na vida pública.
periódicos; medicina; higiene; Brasil