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“O Rio de Janeiro é uma terra de homens vaidosos”: mulheres, masculinidade e dinheiro junto ao funk carioca * * Este artigo resulta de pesquisa de pós-doutorado, conduzida no PPGSA-IFCS-UFRJ, financiada por bolsa do PNPD-CAPES Institucional. Uma versão anterior foi apresentada na mesa “Music, aesthetics and market in Latin American margins” do Congresso da Latin American Studies Association, em Nova Iorque (LASA, 2016). Agradeço aos pareceristas anônimos de cadernos pagu por suas valiosas e enriquecedoras sugestões a este artigo. Os resultados que apresento aqui são, naturalmente, de minha inteira responsabilidade.

Resumo

A partir da articulação entre gênero e materialidade tomamos o dinheiro como objeto estético para evidenciar a relacionalidade da pessoa masculina funk . O dinheiro revela-se como adorno, como articulador de relações e como substância. A mulher, que em algumas leituras é pensada como objetificada, revela as potências do feminino que compõem o homem. Como desdobramento da análise, reconceituamos o corpo e a pessoa, tomando-os como não circunscritos, repensando junto a noção de “objeto”. Igualmente, trazemos um sentido outro para a noção de “ostentação”, deslocando o consumo de uma chave moralizante.

Dinheiro; Materialidades; Ostentação; Gênero; Corpo

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