RESUMO
Introdução:
A ocorrência de hiperalgesia secundária em indivíduos com níveis menos graves de osteoartrite de joelho ainda é incerta. O objetivo deste estudo foi medir o limiar de dor à pressão (LDP) de indivíduos com osteoartrite de joelho (OAJ) leve ou moderada e comparar com indivíduos sem osteoartrite.
Métodos:
Foram incluídos 10 controles saudáveis e 30 indivíduos com OAJ leve ou moderada, divididos em dois grupos (envolvimento unilateral e bilateral). Foi avaliado e comparado o LDP em dermátomos (L1, L2, L3, L4, L5, S1 e S2), miótomos (músculos vasto medial, vasto lateral, reto femoral, adutor longo, tibial anterior, fibular longo, ilíaco, quadrado lombar e poplíteo) e esclerótomos (ligamentos supraespinais L1-L2, L2-L3, L3-L4, L4-L5), sobre as áreas sacrais L5-S1 e S1-S2, bolsa anserina e tendão patelar entre os indivíduos com e sem OAJ.
Resultados:
Os grupos OAJ (unilateral e bilateral) relataram menor LDP em comparação com o grupo controle na maior parte das áreas (dermátomos, miótomos e esclerótomos). Não houve diferenças entre os grupos nos ligamentos supraespinais e ao longo das áreas sacrais L5-S1 e S1-S2 dos esclerótomos. Não foi observada qualquer diferença entre os indivíduos com OAJ.
Conclusão:
Esses achados sugerem que os indivíduos com OAJ leve a moderada tinham hiperalgesia primária e secundária, independentemente do acometimento unilateral ou bilateral. Esses resultados sugerem que a dor precisa ser um foco assertivo na prática clínica, independentemente do grau de gravidade ou envolvimento da OAJ.
Palavras-chave:
Osteoartrite de joelho; Dor; Limiar de dor à pressão; Hiperalgesia secundária