O artigo apresenta reflexões sobre a pedagogia crítica como narrativa redentora nos cursos de formação de professores. Quando se usa a pedagogia crítica adotando essas narrativas, as escolas são apresentadas de maneira dualista, ou seja, como vítima e, ao mesmo tempo, causadora de muitos problemas educacionais e sociais. A ironia é que, além disso, a escola e os professores aparecem nessa narrativa como os melhores recursos da esperança pedagógica. Argumentamos que, para que a pedagogia crítica se torne um discurso político-educacional viável na formação docente, é necessário considerar novas estratégias para além das posições redentoras, abandonando essencialismos dicotômicos e a figura do “superprofessor consciente crítico”, como agente de mudança educacional.
formação docente; pedagogia crítica; narrativas redentoras