RESUMO
O artigo contempla discussões acerca de um programa de governo que visa à participação da sociedade nas ações e decisões governamentais, estimulando iniciativas de caráter voluntário, solidário e colaborativo. Mais que isso, visa à produção de sujeitos empreendedores e proativos, inseridos numa lógica econômico-solidária que parece ter como objetivo a responsabilização dos sujeitos. Com base nas teorias de Foucault, problematiza-se a hipótese de o Estado estar assumindo um papel compreendido como da Escola - o de educador -, na medida em que se utiliza de estratégias que atuam pedagogicamente sobre os indivíduos, produzindo subjetividades. E cogita-se a emergência de um Estado-coach, que assume o papel de estimular as pessoas a alavancarem melhores resultados. Conforme Wolk (2008), o papel do coach é capacitar os outros para que possam obter o máximo de rendimento de suas competências e habilidades.
PALAVRAS-CHAVE:
educação; Michel Foucault; Estado-coach; governamentalidade