RESUMO
Este ensaio traz para o debate processos de invisibilização do jovem negro no sistema educacional brasileiro tendo como uma de suas principais consequências a morte simbólica desse sujeito, que contribui para outras formas de morrer no contexto de uma sociedade marcada pelo racismo estrutural. Partimos do conceito de biopolítica, que será potencializado com a contribuição de Achille Mbembe, ao trazer e aprofundar a discussão com o conceito de necropolítica, que parece orientar parte das políticas educacionais no Brasil. Estas, por sua vez, marcadas por um conjunto incompleto de leis, não garantem o acesso e a permanência da juventude negra na escola. Nesse contexto, surge o desafio de aprofundar o conceito de necroeduação para pensarmos as consequências da eliminação dos corpos negros dos espaços escolares orientada por certa intencionalidade que vai na direção do deixar morrer.
PALAVRAS-CHAVE:
necroeducação; racismo; juventude negra