Este trabalho discute diferentes interpretações da noção de ilusão na psicanálise contemporânea. Primeiramente retoma as considerações de Freud sobre a relevância da ilusão na construção da cultura, que culminam com sua posição final contida no texto de 1927. A seguir, apresenta dois desdobramentos teóricos bastantes distintos da noção de ilusão representados pelos conceitos de área da ilusão, em D. Winnicott, e domínio da ilusão, em J. Chasseguet-Smirgel. Finalmente, discute comparativamente as definições de ilusão em D. Winnicott e J. Chasseguet-Smirgel, sugerindo, na conclusão, que ambos contribuem para uma reflexão psicanalítica sobre o normal e o patológico na sociedade atual.
ilusão; pulsão; domínio da ilusão; espaço potencial