Resumo
Profissionais de Educação Infantil frequentemente recomendam que educadores adotem práticas que favoreçam o desenvolvimento da linguagem oral nos currículos, mas o mesmo não ocorre com a linguagem escrita, que embora também esteja presente no cotidiano das crianças, é majoritariamente assunto posposto e controverso. Essas posições frequentemente ignoram pesquisas recentes da Psicologia Cognitiva e das Neurociências que se dedicam ao estudo das relações entre o desenvolvimento cognitivo e da linguagem. Trata-se de estudos que trazem novas explicações e abrem perspectivas para a prevenção de dificuldades e a preparação da alfabetização. Neste artigo teórico são discutidas algumas dessas contribuições voltadas para o entendimento dos processos cognitivos e mecanismos cerebrais presentes na aprendizagem da leitura e da escrita em sistemas alfabéticos, como é o caso do português brasileiro.
Palavras-chave:
Alfabetização; Educação Infantil; Psicologia Cognitiva