Resumo
O propósito deste artigo é relacionar as recentes mudanças no mercado de trabalho brasileiro com a dinâmica recessiva da economia capitalista mundial das últimas décadas, que se manifestou desde a crise de 2007-2008. Considerando a específica inserção brasileira na economia capitalista global e as bases fundamentais sobre as quais ocorrem o processo de reprodução do capital analisamos alguns indicadores do mercado de trabalho relativos à ocupação e desocupação da força de trabalho, aos níveis salariais, às taxas de formalização e de rotatividade do trabalho, à luz de tendências e determinações fundamentais do hodierno processo de reprodução ampliada do capital. A partir desse esforço, tornam-se inteligíveis fenômenos, tais como a tendência à identificação entre os chamados trabalho formal e informal, à reconstituição do exército industrial de reserva, à repressão salarial e à intensificação do trabalho, que são catapultados pelas reformas em curso no Brasil.
Palavras-chave:
Acumulação de capital; Crise econômica; Mercado de trabalho brasileiro