Praticar o amor-gentileza e a equanimidade, no contexto da consciência de cuidado.
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-Promover relação de carinho, conhecimento, crescimento, capacitação e possibilidades de healing entre si mesmo e o outro; -Praticar equanimidade (igualdade de acordo com a necessidade, imparcialidade, não julgar); -Acreditar que o amor é fundamental em todas as situações da vida; -Utilizar contato visual apropriado e toque com delicadeza; -Desenvolver cuidado moral, que considera os elementos da cultura, da educação e da tradição; -Escutar com preocupação genuína, prestar atenção aos outros e utilizar linguagem acessível; -Falar calmamente ou fazer silêncio, dando total atenção para o momento do cuidado; -Transformar “tarefas” em interações healing, ou seja, ir além da tarefa, considerando uma intencionalidade no momento de cuidar; -Ir além do convencional saber e fazer (identifica as reais necessidades do cliente, extrapola o cuidado biológico, preocupando-se com o ser cuidado e consigo enquanto cuida); -Acreditar na terapêutica, mas saber quando ir além, considerando e acreditando nas questões existenciais; -Visualizar e entender a pessoa como ser humano e não como objeto; -Preparar-se profissionalmente por meio de cursos de capacitação/especializações; -Preparar-se espiritualmente - reconhecer suas crenças religiosas e a do ser cuidado, não impor, não julgar, não discriminar; -Reconhecer suas potencialidades e limites para executar o cuidado (do indivíduo e do profissional). |
Ser autenticamente presente, fortalecendo, sustentando, honrando o profundo sistema de crenças e o mundo de vida subjetivo do ser cuidado.
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-Integrar-se à realidade vivenciada e se conectar com o outro de forma autêntica (estar de corpo e alma envolvidos no momento do cuidado); -Ter genuína intensão de cuidar; -Perceber, sustentar e incorporar os valores, crenças, o que é significativo e importante para a pessoa no plano de cuidados; -Criar uma sintonia transpessoal; estabelecer convivência e comunhão, criar oportunidade de silêncio e reflexão; -Reconhecer a capacidade transcendental (healing entre os envolvidos);66 Watson J. Nursing: The Philosophy and Science of Caring. Revised ed. Boulder: University Press of Colorado; 2008. 313 p.
-Demonstrar respeito por si próprio e aos outros, aceitar e respeitar como os outros são; -Honrar a hombridade humana de si e de todos os envolvidos;66 Watson J. Nursing: The Philosophy and Science of Caring. Revised ed. Boulder: University Press of Colorado; 2008. 313 p.
-Ajudar os outros a acreditar em si mesmos; -Incentivar a pessoa e a família na sua capacidade de continuar com a vida; -Honrar o mundo subjetivo do ser cuidado (entender que cada pessoa elabora um mundo subjetivo a partir de suas experiências pregressas e mesmo que este mundo seja divergente das crenças do profissional é preciso compreensão e empatia); -Ver a vida como um mistério a ser explorado ao invés de um problema a ser resolvido. |
Cultivar práticas espirituais próprias e do eu transpessoal e ir além do próprio ego.
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-Cultivar práticas espirituais; -Fazer uso de estratégias de terapia em grupo, autoanálise, rodas de conversa; -Praticar autorreflexão (oração, meditação, expressão artística), demonstrar vontade de explorar seus sentimentos, crenças e valores para o seu auto crescimento; -Oferecer bênçãos, oração e expressão espiritual conforme o caso; -Desenvolver rituais significativos para praticar a gratidão, perdão, renúncia e compaixão; -Criar relações de cuidado que promovam o crescimento espiritual; -Reconhecer a suscetibilidade e crescimento espiritual do praticante; -Conectar e demonstrar interesse de forma genuína pelo outro; - Estimular a si mesmo para o cuidado transpessoal como possibilidade de depreender-se;88 Watson J. Human caring science: a theory of nursing. 2nd ed. Sudbury: Jones & Bartlett Learning; 2012.
-Aceitar-se a si mesmo, e aos outros em um mesmo nível espiritual, como único e digno de nosso respeito e carinho; -Estar aberto ao outro com sensibilidade e compaixão; -Estar aberto espiritualmente para acessar experiências intuitivas; -Ser receptiva às necessidades e sentimentos do paciente (do outro), assim será capaz de criar uma relação de maior confiança. |
Desenvolver e sustentar uma autêntica relação de cuidado, ajuda confiança.
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-Trabalhar com a verdade, olho no olho, expressão corporal, comunicação respeitosa (verbal e não verbal), sorriso e evitar discursos programados e imparciais; -Colocar-se no lugar do outro; -Cuidar de forma genuína, confortar, acalmar, tocar; -Permitir que o outro escolha o melhor momento para falar sobre suas questões; -Chamar as pessoas pelo seu nome preferido; -Desenvolver atividades que promovam o seu crescimento saudável, não se envolver em atitudes antiéticas, ilegais, de risco e de comportamento sedutor; -Dispor-se a estar presente no momento do cuidado para explorar todas as suas possibilidades; -Encorajar atividades que maximizam a independência e liberdade individual; -Estimular a aceitação do momento. |
Ser presente e apoiar a expressão de sentimentos positivos e negativos como uma conexão profunda com o próprio espírito e o da pessoa cuidada.
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-Ajudar o outro a expressar os aspectos positivos e negativos sobre algumas situações vivenciadas; -Incentivar narrativas, contar histórias como uma forma de expressar o seu sentimento e entendimento sobre o momento vivido; -Estimular a reflexão de sentimentos e experiências; -Permitir a relação de cuidado transpessoal entre enfermeiro (a) e pessoa, surgir, mudar e crescer entre ambos; -Permitir que sentimentos fluam entre todos. |
Usar criativamente o eu e todos os caminhos do conhecimento como parte do processo de cuidar, engajar-se em práticas artísticas de cuidado reconstituição (healing).
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-Ir além do conhecimento científico, ser criativo, utilizar recursos lúdicos, toque terapêutico e instrumentos; -Auxiliar o outro a explorar formas alternativas para encontrar um novo significado em suas situações; expressar seus sentimentos por meio de instrumentos, histórias, diários, brinquedo terapêutico; -Integrar seu conhecimento estético, ético, empírico, pessoal e maneiras metafísicas de saber com o pensamento criativo, imaginativo, e crítico para desenvolver a expressão do cuidado humano; -Ter habilidades para situações novas; -Utilizar o conhecimento para proporcionar ambientes que promovam healing, para isso utilizar: toque intencional, voz, presença autêntica, movimento, expressão artística, música, som (se for o caso), alegria, espontaneidade, preparação, respiração, relaxamento, contato visual apropriado, gestos positivos, escuta ativa; -Reconhecer e integrar uma consciência plena de que a presença de si mesmo é um elemento eficaz do cuidado. |
Engajar-se de forma genuína em experiências de ensino aprendizagem que atendam a pessoa inteira, seus significados, tentando permanecer dentro do referencial do outro.
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-Engajar-se verdadeiramente em experiências de ensino-aprendizagem, perceber o que significa a informação, orientação e a aprendizagem para o outro; -Escutar e compartilhar ativamente experiências de vida do outro; -Aceitar os outros como eles são e onde eles estão com a sua compreensão, conhecimento e disponibilidade para aprender; -Auxiliar a pessoa a formular perguntas e dar voz às possíveis dúvidas; -Orientar de acordo com os costumes crenças e valores; -Procurar primeiramente aprender com os outros, compreender a sua visão de mundo para em seguida, desenvolver ações, realizar capacitações e fornecer informações; -Entender o momento de orientação como uma troca de aprendizado; - Apreender que a situação do ensino pode afetar o processo de cuidado.66 Watson J. Nursing: The Philosophy and Science of Caring. Revised ed. Boulder: University Press of Colorado; 2008. 313 p.
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Criar um ambiente de reconstituição (healing) em todos os níveis (físico e não-físico), ambiente sutil de energia e consciência, no qual a totalidade, beleza, conforto, dignidade e paz sejam potencializados.
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-Criar um ambiente de healing atendendo a: -Reconhecer e buscar organizar a energia do ambiente; -Utilizar estratégias para proporcionar conforto, privacidade, segurança, ambiente limpo e troca de energia; -Criar espaço para conexões humanas que ocorrem naturalmente; -Reconhecer o healing como uma viagem interior; -Incluir a reconexão entre o ambiente e o universo para estabelecer a reconstituição;66 Watson J. Nursing: The Philosophy and Science of Caring. Revised ed. Boulder: University Press of Colorado; 2008. 313 p.
-Promover uma relação de respeito, atenção, disposição de estar juntos e criar um espaço para gerar sua própria integridade e healing; -Respeitar rotinas e rituais do cliente. |
Ajudar nas necessidades básicas, com consciência intencional de cuidado, administrando “o cuidado humano essencial”, que potencializa o alinhamento mente-corpo-espírito, a totalidade e unidade do ser em todos os aspectos do cuidado.
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-Satisfazer as necessidades da pessoa identificadas pelo profissional e pelo próprio ser cuidado; -Respeitar a percepção do outro sobre o mundo e suas necessidades específicas; -Antecipar as necessidades do cliente; -Compreender suas necessidades; -Reconhecer as fragilidades e habilidades do ser cuidado; -Visualizar o cliente como um ser integrado; -Ter consciência de ao tocar o corpo do outro não está atingindo apenas o corpo físico, mas, em alguma condição, sua mente, coração e sua alma, potencializando o alinhamento mente-corpo-espírito;66 Watson J. Nursing: The Philosophy and Science of Caring. Revised ed. Boulder: University Press of Colorado; 2008. 313 p.,88 Watson J. Human caring science: a theory of nursing. 2nd ed. Sudbury: Jones & Bartlett Learning; 2012.
-Considerar o momento de realização de cuidados como uma honra, privilégio, um ato sagrado, um mistério da vida, assim contribuindo para o fortalecimento de espírito, bem como o seu próprio fortalecimento. |
Dar abertura e atender aos mistérios espirituais e dimensões existenciais da vida-morte, cuidar da sua própria alma e da do ser cuidado.
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-Saber o que é importante para si e respeitar o que tem significado para o outro; -Manter um espaço sagrado de cura para os outros, respeitando o seu tempo e a sua necessidade; -Permitir que milagres possam ter lugar e significados para si e para o outro; -Permitir o desconhecido, desenvolver-se; -Compreender as limitações da ciência; -Reconhecer que alguns acontecimentos da vida são inexplicáveis; -Acreditar no poder curativo da fé e da esperança; -Estimular a busca de forças internas para o cuidado; -Reconhecer o processo de vida e morte; -Reconhecer o potencial metafísico e de transcendência. |