Na bacia dos igarapés Timboteua e Buiuna, no Estado do Pará, avaliou-se a influência das mudanças de uso da terra e do manejo do solo sobre as taxas de escoamento superficial. Foram estabelecidas 18 parcelas experimentais (1 m²) sendo três em cada um dos seis agroecossistemas avaliados, a saber: i) Capoeira de 20 anos (CP); ii) Sistema agroflorestal / derruba-e-queima (SQ); iii) Sistema agroflorestal / corte-e-trituração (ST); iv) Cultivo de mandioca / corte-e-trituração - Roça (RT); v) Cultivo de mandioca / derruba-e-queima - Roça (RQ); vi) Pastagem / derruba-e-queima (PQ). Adicionalmente foram instalados, na mesma localidade, dois pluviômetros e três coletores de água de chuva (CH) para monitoramento da precipitação. Em 26 datas ao longo da estação chuvosa de 2010, foram coletadas 234 amostras, obtendo-se alta correlação entre volumes precipitado e escoado. O agroecossistema de Pastagem (PQ) degradada apresentou o maior valor de 54,53% do total de escoamento superficial medido nesta pesquisa, e o SAF, que estava em recuperação de 7 anos após uma queima, o menor valor de 1,11%. O escoamento superficial decresceu dos agroecossistemas de menor para os sistemas de maior percentagem de material orgânico.
derruba-e-queima; corte-e-trituração; uso da terra; fluxos hídricos; Amazônia oriental