Depois que o conceito de borderline ou de “estadolimite” foi constituído, seu emprego se generalizou rapidamente na psiquiatria contemporânea.
Esse conceito está edificado inicialmente na fronteira entre as psicoses esquizofrênicas e as neuroses. Na psicanálise, a psicogênese do estado-limite foi principalmente formulada em termos de teoria de relação de objeto. Supõe-se que os doentes estado-limite fracassaram, na sua primeira infância, ao integrar suficientemente, nas relações, sua imagem do eu à imagem primordial do objeto materno.
Neste trabalho, postulando a clivagem como o transtorno gerador, é fornecido um fundamento teórico para o parentesco – suposto primeiramente do ponto de vista puramente clínico – entre o estado-limite e a esquizofrenia.