Objetivo:
Avaliar o desempenho de diferentes métodos de avaliação antropométrica para gestantes adolescentes na predição do peso ao nascer.
Métodos:
Trata-se de estudo transversal com dados de 826 puérperas adolescentes. Na classificação do índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional, adotou-se as recomendações da World Health Organization, com a classificação proposta pelo Ministério da Saúde de 2006 e pelo Institute of Medicine (IOM) de 1992 e de 2009. A adequação do ganho de peso gestacional total foi avaliada segundo a classificação do IOM de 1992, de 2009 e do Ministério da Saúde. Os recém-nascidos foram classificados em baixo peso ao nascer (BPN) ou macrossômicos. Na análise estatística, obtiveram-se modelos de regressão logística multinomial e calculou-se sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia.
Resultados:
A avaliação segundo o Ministério da Saúde apresentou a melhor predição (especificidade = 69,5%) para o BPN nas gestantes que tiveram ganho insuficiente, enquanto que a avaliação segundo o IOM de 1992 apresentou melhor predição (especificidade = 50,0%) para a macrossomia naquelas com ganho de peso acima da recomendação. A adequação do ganho de peso segundo a classificação do IOM de 1992 apresentou maior predição para o BPN (OR = 3,84; IC95% 2,19 - 6,74), seguida do método do Ministério da Saúde (OR = 2,88, IC95% 1,73 - 4,79), dentre as adolescentes com ganho de peso gestacional abaixo da recomendação.
Conclusão:
Recomenda-se a adoção da proposta do Ministério da Saúde, associada com a classificação do IMC com pontos de corte próprios para as adolescentes, como método de avaliação antropométrica de gestantes adolescentes.
Gravidez na adolescência; Índice de massa corporal; Ganho de peso; Peso ao nascer; Avaliação nutricional; Antropometria