A objetivação da transferência sustenta uma posição epistemológica característica do discurso da ciência e implica a forclusão do real do sujeito e de sua verdade, excluindo a possibilidade do ato analítico. Para mostrá-lo, o trabalho utiliza dados biográficos e relatos das últimas sessões da análise de Marylin Monroe. Destaca que o masoquismo, vertente real do enlaçamento amoroso da atriz com o Outro, foi elidido em favor da interpretação simbólica do inconsciente e da transferência tomada como simples repetição das relações de objeto, com trágicas consequências para o sujeito.
Ato analítico; real; masoquismo; objetivação da transferência