RESUMO
Objetivo:
averiguar a perspectiva da população sobre trauma de face, de acordo com nível de escolaridade.
Métodos:
estudo observacional, transversal, documental, quantitativo, oriundo de 852 entrevistas, em duas capitais brasileiras. Investigou-se associação entre nível de escolaridade e demais conhecimentos sobre trauma de face. Dados foram analisados com testes Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, erro de 5%.
Resultados:
houve associação estatisticamente significante da escolaridade e entendimento das consequências do trauma em: funções (p=0,001), mobilidade da boca (p=0,005) e questões dentárias (p=0,003). Na população mais acometida, escolaridade também se associou a jovens (p=0,001) e adultos (p=0,044). Sobre causas, houve associação com quedas (p=0,034) e acidentes de trânsito (p=0,034). Houve associação de ciclistas (p=0,016) e motociclistas (p=0,001) como população mais propensa. Escolaridade foi associada a todos profissionais. Com relação às consequências para a vida, houve também associação com saúde geral (p=0,049), atividades domésticas (p=0,001) e vida social (p=0,001). Imprudência foi a única causa com associação (p=0,004). Escolaridade foi associada ao conhecimento prévio sobre trauma (p=0,001).
Conclusão:
entendimento sobre consequências do trauma, população mais acometida, principais causas, profissionais envolvidos no tratamento, repercussão para a vida das pessoas e conhecimento prévio sobre o assunto aumentaram de acordo com os níveis de escolaridade.
Descritores:
Fonoaudiologia; Traumatismos Maxilofaciais; Saúde Pública; Escolaridade; Acidentes de Trânsito