Avaliou-se a dinâmica do fósforo no organismo de cordeiros Santa Inês alimentados com dietas com diversos níveis deste mineral, considerando as correlações entre os níveis de fósforo consumido e de fósforo no plasma; na saliva; no conteúdo ruminal; nas fezes; e na urina. Foram utilizados 18 cordeiros com 5 meses de idade e 27 kg de peso vivo. O experimento foi dividido em dois períodos de cinco semanas, cada um com nove animais. Os animais foram mantidos individualmente em gaiolas para estudo de metabolismo e receberam uma dieta basal constituída de feno de capim coast-cross (Cynodon dactylon, L. Pers.) e concentrado com diferentes níveis de fósforo (1,9; 2,6; 3,3 g/dia) provenientes de fosfato bicálcico. No 15º dia, iniciaram-se as coletas de saliva, plasma, conteúdo ruminal, fezes e urina para as análises de fósforo inorgânico. Observaram-se correlações positivas entre o aumento do consumo de fósforo e os teores desse mineral no plasma (r = 0,64), na saliva (r = 0,86), no conteúdo ruminal (r = 0,82), nas fezes (r = 0,92) e na urina (r = 0,37), comprovando que, quando absorvido, o fósforo é distribuído no corpo pelo plasma. Após a saturação no organismo, o excesso é secretado via saliva, segue para o rúmen e, ao chegar ao intestino, é reabsorvido em menor quantidade e excretado via fezes. À medida que se aumentaram os níveis de fósforo na dieta, verificou-se aumento expressivo dos teores desse mineral na saliva, no plasma, no conteúdo ruminal e nas fezes.
cordeiros Santa Inês; níveis de fósforo; nutrição animal; ruminantes