Portadores da Síndrome de Down estão sob estresse oxidativo endógeno e crônico que pode ser resultado do excesso de atividade da SOD-1. Este trabalho descreve alguns indicadores e adaptações das defesas frente aos danos oxidativos. Observamos que, nas pessoas com Síndrome de Down, a presença de estresse oxidativo (aumento de 48% na atividade da SOD-1) induziu várias adaptações no metabolismo eritrocitário, sendo que a redução da meta-hemoglobina, via aumento da atividade da meta-hemoglobina redutase (29%), garantiria a eficiência do transporte de oxigênio, enquanto o aumento da GSH (61%) propiciaria a integridade funcional do eritrócito. A diminuição dos valores de concentração de hemoglobina e hematócrito, possivelmente, resulta do aumento de atividade da enzima Glicose-6-fosfato desidrogenase e redução da meia-vida eritrocítica. Os efeitos destas adaptações sob a oxigenação do sangue merecem maiores investigações.
Síndrome de Down; estresse oxidativo; GSH; SOD-1; eritrócito