RESUMO
Introdução:
Observa-se um pronunciado aumento da popularidade das corridas de rua; consequentemente, há mais adeptos dessa prática. Assim sendo, vários estudos vêm buscando diversas abordagens da modalidade, visando desvendar os mecanismos que a compõem.
Objetivo:
Verificar a incidência de lesões em praticantes de corrida de rua do município de Criciúma, SC, assim como outros fatores associados, como perfil dos praticantes, características do treinamento e existência de acompanhamento profissional.
Métodos:
Foi realizado um estudo descritivo transversal com 88 corredores (56 homens e 32 mulheres).
Resultados:
A média de idade foi 36 anos, sendo que a maioria dos participantes praticava corrida três vezes por semana (55,4%) e, do total da amostra, 43,2% já haviam tido alguma lesão, sendo o joelho (52,6%) o local mais acometido. Entre os que já tinham sofrido lesão, houve forte correlação entre quantidade de lesões e o tempo de prática da modalidade (r = 0,269) e os que percorriam maior distância média diária de treino (r = 0,226). No entanto, os dados demonstraram que o trabalho preventivo não foi eficaz na diminuição de incidência de lesão (r = -0,133).
Conclusão:
Há uma relação direta entre distância percorrida e lesão, bem como o tempo de prática. A orientação de profissionais não tem influência significativa na redução das lesões, ou seja, muitas lesões podem ser decorrentes do volume e da intensidade dos treinos prescritos ou executados de maneira equivocada, não respeitando o condicionamento físico atual e a individualidade biológica, na perspectiva de superar seus próprios limites de qualquer modo. Ressaltamos a importância de mais estudos que relacionem a progressão de treinamento, lesão e prevenção.
Descritores:
corrida; ferimentos e lesões; educação física e treinamento