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Tratamento endovascular de fístula tronco arterial braquiocefálico-traqueal: relato de caso e revisão de literatura

Resumo

A fístula do tronco arterial braquiocefálico-traqueal é uma complicação pouco frequente da traqueostomia, com incidência entre 0,1 e 1%, porém com alta mortalidade nos casos não tratados. Sinais precoces incluem desde sangramento autolimitado a hemorragia maciça com choque hipovolêmico. A espessura da cânula de traqueostomia, seu posicionamento junto à parede traqueal e a pressão do balonete traqueal podem lesionar a mucosa e precipitar seu desenvolvimento. Descrevemos o caso de paciente do sexo feminino, 14 anos, traqueostomizada aos oito anos após traumatismo craniencefálico. Evoluiu após esse período com estenose subglótica e necessidade de sessões de dilatação por seis anos. No quinto ano das sessões, apresentou hemoptise de repetição, inicialmente tratada por cirurgia com prótese de politetraflouroetileno expandido. Um ano depois, apresentou novo sangramento com repercussão hemodinâmica, controlada pela técnica endovascular, e nova cirurgia foi programada em caráter eletivo. Após a segunda cirurgia, houve seis meses de acompanhamento clínico ambulatorial, sem novas complicações.

Palavras-chave:
traqueostomia; stent; sangramento; procedimentos endovasculares; tratamento de emergência

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