Atores, humanos e não humanos, se associam, combinam ou trocam propriedades entre si, de forma emaranhada, constituindo uma rede heterogênea para dar conta de dada tarefa social |
Cochoy (2008COCHOY, F. Calculation, qualculation, calqulation: shopping cart arithmetic, equipped cognition and the clustered consumer. Marketing theory, v. 8, n. 1, p. 15-44, 2008.) |
A escolha no consumo mundano é resultado da articulação de processos cognitivos (p. ex., preço e orçamento familiar), dos julgamentos individuais e coletivos a partir do espaço móvel do carrinho na cena de compras |
Consumo como emaranhado de atividades e aprendizagens não só econômicas, mas, fundamentalmente, sociais depreendidas de trocas coletivas |
Cochoy (2014COCHOY, F. Consumers at work, or curiosity at play? Revisiting the prosumption/value cocreation debate with smartphones and two-dimensional bar codes. Marketing Theory, v. 15, n. 2, p. 133-153, 2014.) |
Estudo sobre o paradoxo das teorias de cocriação, utilizando-se do caso empírico do uso de códigos de barras bidimensionais, mostra que os consumidores trabalhadores vivem dualidades entre os níveis passivo/ativo na relação de cocriação |
O engajamento das pessoas com entidades humanas e não humanas é a base sobre a qual as relações dos consumidores para a economia, bem como o sentido de sua experiência, se estabelecem |
Jenkins, Molesworth e Scullion (2014JENKINS, R.; MOLESWORTH, M.; SCULLION, R. The messy social lives of objects: interpersonal borrowing and the ambiguity of possession and ownership. Journal of Consumer Behaviour, v. 13, n. 2, p. 131-139, 2014.) |
Relações entre indivíduos e objetos a emprestar ou tomar emprestado ativos em mais de uma rede simultaneamente |
Enriquecimento do entendimento da biografia de objetos e sua trajetória, bem como de seus indivíduos |
Supressão de dualismos |
Bettany e Kerrane (2011BETTANY, S.; KERRANE, B. The (post-human) consumer, the (post-avian) chicken and the (post-object). Eglu: towards a material-semiotics of anti-consumption. European Journal of Marketing, v. 45, n. 11-12, p. 1746-1756, 2011.) |
Entender o consumo do galinheiro de plástico “Omlet Eglue” dentro da cultura de granja de manutenção urbana, fornecendo uma possível rota para um modelo alternativo de agência do consumidor, explorando conceitos, preocupações, conflitos e convergências de anticonsumo e resistência dos consumidores |
Reforçam que anticonsumo e literaturas de resistência do consumidor refletem um campo repleto de inconsistência aparente e dissonâncias do próprio comportamento anticonsumo. Oferecem abordagens mais holísticas como caminhos de solução |
Natureza da formação de grupos, natureza da ação e natureza dos objetos |
Epp e Price (2010EPP, A. M.; PRICE, L. L. The storied life of singularized objects: forces of agency and network transformation. Journal of Consumer Research, v. 36, n. 5, p. 820-837, 2010.) |
Estudo da interrupção e reintegração do fluxo de conexões sociais a partir do movimento de objetos compartilhados (mesa de jantar) por pequenos coletivos como famílias |
A lacuna encontrada no estudo está no movimento dos objetos e na miríade de transformações a que está sujeito. Notam-se alguns achados paradoxais para a pesquisa em consumo: como objetos deslocados têm poder de agência, como objetos insubstituíveis podem ser substituídos e por que famílias às vezes deslocam e modificam práticas identitárias centrais. |
Türe e Ger (2016TÜRE, M.; GER, G. Continuity through change: navigating temporalities through heirloom rejuvenation. Journal of Consumer Research, v. 43, n. 1, p. 1-25, 2016.) |
Estudo de objetos de herança e as tensões envolvidas na relação de consumo com tais objetos, como a lida entre o passado e o presente, ou quando tradição e modernidade são simultaneamente desejáveis |
A transformação do objeto é o caminho para negociar tensões da temporalidade existentes entre passado, presente e futuro |
Humanos e não humanos formam híbridos |
Hansson (2015HANSSON, N. “Mobility-things” and consumption: conceptualizing differently mobile families on the move with recent purchases in urban space. Consumption Markets & Culture, v. 18, n. 1, p. 72-91, 2015.) |
No consumo móvel, nenhum consumidor durável, pronto ou acabado pode existir sem o padrão e a formatação das relações entre pessoas, objetos ou significados que contribuem para a construção de sujeito |
Descarte da ideia de consumo metafísico ativo do sujeito e passivo dos objetos consumidos e, que, tal divisão obstrui ainda mais as concepções de consumo na teoria. Contribui para ampliar estudos focados em ações cognitivas e a interação social tendo a mobilidade como pano de fundo. |
Tadajewski, Chelekis, DeBerry-Spence et al. (2014TADAJEWSKI, M. et al. The discourses of marketing and development: Towards “critical transformative marketing research”. Journal of Marketing Management, v. 30, n. 17-18, p. 1728-1771, 2014.) |
Estudo sobre o paradigma da nova mobilidade e como objetos conectados ou sincronizados fascinam pelo emaranhar do limite do que é o consumidor e do que é objeto, como funcionam e como são |
Enfatizam o quão difícil é distinguir o que é self e o que é objeto, dado a troca de propriedades entre eles, o senso de interno e externo, e a reflexividade cognitiva e técnica. |
Shouten e Martin (2014MARTIN, D.; SCHOUTEN, J. W. Consumption-driven market emergence. Journal of Consumer Research, v. 40, n. 5, p. 855-870, 2014.) |
Estudo sobre formação de mercado (minimoto) que está em constante transformação nas relações entre os atores e as muitas traduções que dão-lhe forma e estabilidade |
Mergulham na dinâmica de inovação do consumidor e revelam implicações para a teoria ator-rede em outras áreas de consumo, tais como formação de identidade. |
Giesler (2012GIESLER, M. How doppelgänger brand images influence the market creation process: longitudinal insights from the rise of botox cosmetic. Journal of Marketing, v. 76, n. 6, p. 55-68, 2012.) |
Estudo sobre as dinâmicas de criação de mercados, investigando o processo de legitimação da marca Botox |
Identifica interações e disputas de diversos atores, como os gerentes de marca, os consumidores e os ativistas que se posicionam contra o produto. |