Em área naturalmente infestada com Meloidogyneincognita raça 3, localizada em Primavera do Leste-MT, foi estudado o desempenho de 21 genótipos de algodoeiro com níveis diversos de tolerância ao nematoide, com a adoção ou não de rotação de cultura com Crotalaria spectabilis. De modo geral a rotação diminuiu a severidade dos sintomas exibidos pelas plantas, devidos ao ataque do parasita, e promoveu aumento na produtividade de algodão. Entretanto, seu efeito não foi suficiente para tornar eficaz o desempenho de genótipos de baixa tolerância ao nematoide, os quais, mesmo na presença da leguminosa, tiveram notas para sintomas 142% maiores e produtividades de algodão 57% menores do que as cultivares mais tolerantes. Alta correlação entre as médias de produção dos genótipos na seqüência ou não da leguminosa e ausência de interação genótipo x rotação, indicaram que, embora em patamar mais elevado de produção, a tendência de desempenho dos genótipos foi a mesma na presença e na ausência da crotalária. De tal modo que, na média, a produção dos três genótipos mais tolerantes, na ausência de rotação, foi, ainda assim, 48% superior à dos genótipos mais intolerantes, na presença da crotalária. As perdas mínimas possíveis na produção, atribuíveis ao uso de genótipos intolerantes, foram estimadas em 37% na ausência da rotação e em 29% com rotação.
algodão; nematoide-das-galhas; tolerância