O tema investigado corresponde à questão da subjetividade em Foucault a partir de uma leitura crítica percorrendo os seus textos na transversal em três deslocamentos de análise. Na arqueologia constata-se a existência do sujeito do enunciado enquanto figura derivada dos jogos de objetivação. Na genealogia surge a noção de indivíduo situado nas relações de poder. Na genealogia da ética emerge o sujeito produzido pelas experiências éticas. Conclui-se que contra o universalismo das teorias do sujeito, essas formas de subjetividade apontam para uma "ontologia histórica de nós mesmos" oportunizando não descobrirmos o que somos, e sim recusarmos o que nos tornamos.
Michel Foucault; subjetividade; política; história