Este trabalho objetiva estabelecer uma análise dos agenciamentos que produzem a diferença a ser incluída. Partindo da suspeita de que o uso abusivo do pronome nós nos mais distintos discursos que pretendem fazer uma apologia da diferença pela via da inclusão consiste em um mecanismo de abstração da particularidade, da contingência e da posição de poder que ocupa quem enuncia estes discursos, procuro mostrar como eles se coadunam e não parecem oferecer resistências significativas às formas de superposição entre o poder disciplinar e o poder de normalização biopolítico nas sociedades contemporâneas. Isto implicará, portanto, numa crítica às evidências identitárias, tão assumidas como aspiradas pelos diversos movimentos minoritários.
Diferença a Ser Incluída; Dispositivos de Proteção; Consenso; Evidências Identitárias; Biopolítica