Resumo
Nesta entrevista Stephen Hugh-Jones faz um balanço do campo da etnologia indígena na Amazônia e de seu próprio trabalho em parceria com Christine Hugh-Jones junto aos índios de língua tukano oriental da bacia do Uaupés. Dialogando com alguns dos principais autores americanistas, enfatiza a necessidade de que os modelos antropológicos de descrição dos povos ameríndios levem em conta a complexa variedade de suas formações sociais e cosmológicas. Destaca as especificidades etnográficas da região do noroeste amazônico, que considera uma autêntica civilização, e reafirma sua confiança na vocação da antropologia da Amazônia para produzir sínteses teóricas renovadas e comparativas, que contemplem a riqueza sociocultural e histórica desses povos e contribuam para o pensamento antropológico de maneira geral.
Palavras-chave:
Antropologia; Índios; Amazônia; Civilização; História