Resumo
Em Passageiro do fim do dia, a forma como se estabelece o trâmite entre sujeito do enunciado e sujeito da enunciação põe em evidência as estratégias de que se lança mão para a apreensão do dado objetivo do “real”, cuja inapreensibilidade se torna, na fatura do romance de Rubens Figueiredo, índice que costura materialidades e sentidos, concretudes e simbologias sutis para o desvelamento da lógica das violências e de como elas se tornam cotidianas, banais e necessárias à reprodução de um modo de viver, se relacionar e sentir imposto pela dinâmica da sociedade de classes.
Palavras-chave:
Rubens Figueiredo; Passageiro do fim do dia; enunciação; realismo