OBJETIVO:
Investigar os resultados cirúrgicos do retalho faríngeo (RF) e da palatoplastia secundária com veloplastia intravelar (VI) no tratamento de indivíduos com insuficiência velofaríngea (IVF) secundária quanto ao escore de nasalância e à área velofaríngea.
MÉTODOS:
Foram avaliados 78 pacientes com fissura de palato±lábio submetidos ao tratamento cirúrgico da IVF há 14 meses, em média, sendo 40 com RF e 38 com VI, de ambos os sexos, faixa etária de seis a 52 anos. A hipernasalidade foi estimada a partir da medida de nasalância obtida por meio da nasometria, considerando-se o escore de 27% como limite de normalidade. A medida da área do orifício velofaríngeo foi obtida por meio da técnica fluxo-pressão, sendo o fechamento velofaríngeo classificado em: adequado (0,000-0,049 cm2); adequado/marginal (0,050-0,099 cm2); marginal/inadequado (0,100-0,199 cm2); e inadequado (≥0,200 cm2).
RESULTADOS:
Ausência de hipernasalidade foi observada em 70%, e fechamento velofaríngeo adequado em 80% dos casos no grupo RF. No grupo VI, ausência de hipernasalidade foi observada em 34% e fechamento velofaríngeo adequado em 50% dos casos. Diferenças estatisticamente significantes foram obtidas entre as duas técnicas cirúrgicas nas duas modalidades de avaliação.
CONCLUSÃO:
A cirurgia de retalho faríngeo foi mais eficiente do que a palatoplastia secundária com veloplastia intravelar na redução da hipernasalidade e na adequação do fechamento velofaríngeo.
Fissura palatina ; Insuficiência velofaríngea ; Procedimentos cirúrgicos operatórios ; Fala ; Rinomanometria