Objetivo
Investigar e comparar a qualidade de vida de afásicos fluentes e não fluentes.
Métodos
Trata-se de pesquisa prospectiva, quantitativa, transversal, cuja amostra se constituiu de 11 sujeitos afásicos (5 não fluentes, usuários de comunicação suplementar e/ou alternativa e 6 fluentes, não usuários de comunicação suplementar e/ou alternativa. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário específico de qualidade de vida, entrevista estruturada e aplicação da escala de Rankin modificada.
Resultados
Na comparação dos grupos estudados, os afásicos não fluentes apresentaram escores de Rankin e de qualidade de vida menores do que os fluentes e as maiores diferenças referiram-se aos domínios de linguagem e função do membro superior. Os domínios mais prejudicados pelo acidente vascular cerebral foram linguagem, relações sociais e modo de pensar, para os afásicos não fluentes, e comportamento, relações sociais e modo de pensar, para os fluentes. Todos os sujeitos relataram que sua qualidade de vida piorou após o acidente vascular cerebral, sendo que linguagem e cuidados pessoais foram apontados como os aspectos que mais mudaram, após o episódio lesional.
Conclusão
Os achados mostram relação entre gravidade da afasia e funcionalidade do indivíduo, indicando que, no geral, os afásicos não fluentes apresentam qualidade de vida pior do que os fluentes. As diferenças não são homogêneas nos diversos domínios de qualidade de vida.
Afasia; Qualidade de vida; Acidente vascular cerebral; Auxiliares de comunicação para pessoas com deficiência; Linguagem