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O uso de dispositivos auxiliares para a mobilidade e a independência funcional em sujeitos com Acidente Vascular Cerebral1 1 Este trabalho consiste em parte da Dissertação de Mestrado intitulada “Independência e cognição pós-AVC e sua relação com a sobrecarga, dor e qualidade de vida dos cuidadores familiares” desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos, cuja finalização ocorreu em abril de 2015. Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos, todos os procedimentos éticos vigentes foram cumpridos.

Resumo

Introdução:

As limitações pós-AVC podem levar a dependência nas atividades de vida diária e mobilidade, requerendo o uso de dispositivos auxiliares para a mobilidade.

Objetivo:

Identificar os níveis de independência funcional e o uso de dispositivos auxiliares para a mobilidade entre sujeitos com AVC bem como verificar a presença de correlações entre essas variáveis.

Método:

Tratou-se de um estudo descritivo correlacional com amostra de conveniência, realizado em centros especializados em reabilitação física de uma cidade de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Para tanto, foram aplicados o Formulário de Dados do Sujeito com AVC e a Medida de Independência Funcional. Os dados foram submetidos à análise descritiva simples e teste biserial.

Resultados:

66,6% dos participantes faziam uso de dispositivos auxiliares para mobilidade, com maior frequência das cadeiras de rodas (10), cadeiras de banho (9) e bengalas (7). Observaram-se diferentes níveis de independência funcional para as atividades de vida diária entre a amostra, com preeminência de sujeitos dependentes (63%). Também foram identificadas correlações positivas moderadas entre o uso dos dispositivos auxiliares para a mobilidade e a independência funcional motora (p<0,05 e r=0,617) e independência total (p<0,05 e r=0,590).

Conclusão:

Os dados demonstram possíveis impactos da restrição na mobilidade no desempenho das atividades de vida diária com maior exigência de aspectos motores entre sujeitos com AVC, o que reforça a necessidade de intervenções em terapia ocupacional para a melhora da mobilidade entre esses sujeitos.

Palavras-chave:
Equipamentos de Autoajuda; Acidente Vascular Cerebral; Terapia Ocupacional

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