Acessibilidade / Reportar erro

Tumor de testículo associado à microlitíase

Resumos

OBJETIVO:

Discutir as implicações da microlitíase testicular na criança com relação ao risco oncológico envolvido e a possibilidade de cirurgia de preservação testicular em casos escolhidos.

DESCRIÇÃO DO CASO:

Pré-adolescente apresentava microlitíase testicular e aumento do testículo esquerdo, correspondendo a tumor testicular cístico. Ressecou-se o tumor, com preservação do testículo. O diagnóstico histológico foi de tumor dermoide testicular.

COMENTÁRIOS:

A relação entre tumores de testículo e microlitíase testicular é mal definida em crianças e há a necessidade de desenvolver protocolos de seguimento específicos para essa faixa etária.

tumor de testículo; microlitíase testicular; pediatria; tumor dermoide de testículo


OBJECTIVE:

To discuss the relationship between testicular microlithiasis and testis tumors in children and to consider the chances of testis preserving surgery in specific cases.

CASE DESCRIPTION:

Pre-adolescent presenting testicular microlithiasis and a larger left testis, corresponding to a cystic testicular tumor. The tumor was excised, with ipsilateral testis preservation. Histology diagnosed a testis dermoid tumor.

COMMENTS:

The relationship between testis tumors and testicular microlithiasis is ill defined in children. Pediatric urologists need to develop specific follow-up protocols for pre-pubertal children.

testicular tumor; testicular microlithiasis; Pediatrics; testicular dermoid


OBJETIVO:

Discutir las implicaciones de la microlitíasis testicular en el niño con relación al riesgo oncológico implicado y la posibilidad de cirugía de preservación testicular en casos elegidos.

DESCRIPCIÓN DEL CASO:

Pre-adolescente presentando aumento microlitíasis testicular y aumento del testículo izquierdo, con lesión tumoral quística. La lesión fue resecada, con preservación del testículo y diagnóstico histológico de tumor dermatoide testicular.

COMENTARIOS:

La relación entre tumores de testículo y microlitíasis testicular es mal definida en niños y hay la necesidad de desarrollar protocolos de seguimiento específicos para esa franja de edad.

Tumor de testículo; microlitíasis testicular; Pediatría; tumor dermoide de testículo


Introdução

Tumores de testículo (TT) são raros em pacientes pediátricos (0,5-2/100.000). Antes da puberdade, predominam tumores dermoides benignos e teratomas. O tumor de saco vitelino (TSV) representa a maioria das malignidades.

A microlitíase testicular (MT) é frequente em crianças e gera preocupação quanto ao risco de TT e infertilidade, mas as evidências desses riscos são controversas, visto que a maioria dos dados provém de adultos investigados para infertilidade e/ou síndrome da disginesia testicular (SDT). Em um estudo de coorte prospectivo, a incidência de câncer testicular em adultos com MT foi estimada em 10%( 11. Middleton WD, Teefey SA, Santillan CS. Testicular microlithiasis: prospective analysis of prevalence and associated tumor. Radiology 2002;224:425-8. ).

Este trabalho apresenta um caso de cirurgia de preservação testicular para tratar um TT benigno em um menino com MT difusa bilateral.

Descrição do caso

Um menino obeso de 11 anos no estágio 1 de Tanner foi encaminhado para seguimento da MT. A mãe percebeu que o testículo esquerdo da criança era maior do que o direito desde a primeira infância.

O menino apresentava um pênis embutido com comprimento normal para a idade quando estirado. Os dois testículos eram tópicos, com testículo direito normal para a idade. O testículo esquerdo era visivelmente aumentado, com uma massa endurecida e indolor no polo superior. Os exames abdominais e inguinais estavam normais.

Uma ultrassonografia (US) realizada 18 meses antes do encaminhamento relatou MT difusa bilateral e aumento no testículo esquerdo, evidenciando um nódulo heterogêneo no polo superior medindo 21x21x18mm, com sombra acústica posterior e veias periféricas. Os testículos direito e esquerdo mediam, respectivamente, 25x17x15mm (3,3cm3) e 36x25x23mm (10,8cm3). Esses achados foram confirmados por outras duas US (seis meses antes e no encaminhamento) (Figura 1). O tumor não cresceu durante esse extenso período de observação. A US abdominal e inguinal e o raio X do tórax apresentaram resultados normais. Os níveis de αfetoproteína (αFP), gonadotrofina coriônica humana (βHCG) e lactato desidrogenase (LDH) no sangue estavam normais.

Figura 1
Aspecto ultrassonográfico dos testículos

Diante da grande probabilidade de ser um tumor benigno, optou-se por adiar a tomografia computadorizada (TC) abdominal, agendando-se uma orquiectomia parcial esquerda/biópsia excisional por congelação. O cordão ficou exposto e foi atraumaticamente clampeado, com ressecção inguinal esquerda. Não se utilizou hipotermia local. Com o testículo exposto, realizou-se uma incisão longitudinal anterior ao longo de toda a túnica adventícia e do parênquima, a fim de expor o tumor, que estava profundamente enraizado no polo superior. Um nódulo encapsulado de 20x18x21mm e formato arredondado foi facilmente dissecado e enviado ao patologista. O exame por congelação diagnosticou um tumor dermoide, o que foi confirmado posteriormente no exame da peça após inclusão em parafina. Após o diagnóstico histológico, removeu-se o clampe e o testículo foi reconstruído e fixado ao hemiescroto esquerdo (Figura 2). O tempo total de clampleamento do cordão foi de 35 minutos.

Figura 2
(1) Testículo exposto; (2) tumor exposto; (3 e 4) aspecto macroscópico do tumor; (5) testículo reconstruído

O paciente teve alta 12 horas após a cirurgia. Não se observaram complicações pós-operatórias. Agendou-se US semestral de seguimento para avaliar a MT e monitorar o crescimento dos testículos.

Discussão

A MT (definida como >5 calcificações testiculares <3mm) tornou-se relativamente comum depois que a US começou a ser amplamente utilizada, porém sua etiologia é desconhecida. Teorias divergentes atribuem-na a fatores genéticos, síndrome de disgenesia testicular, disfunção das células de Sertoli e/ou degeneração das células germinativas.

O significado da MT em crianças é obscuro, pois a maioria das pesquisas envolve populações não uniformes (pré e pós-púberes, com diferentes doenças associadas). A MT também se associa frequentemente a síndromes genéticas (principalmente síndrome de Down( 22. Vachon L, Fareau GE, Wilson MG, Chan LS. Testicular microlithiasis in patients with Down syndrome. J Pediatr 2006;149:233-6. ), Klinefelter( 33. Aizenstein RI, Hibbeln JF, Sagireddy B, Wilbur AC, O'Neil HK. Klinefelter's syndrome associated with testicular microlithiasis and mediastinal germ-cell neoplasm. J Clin Ultrasound 1997;25:508-10. ), McCune-Albright( 44. Savas Erdeve S, Balta H, Balta Z, Dallar Y. Testicular microlithiasis and McCune-Albright syndrome. J Pediatr 2006;148:422-3. ) e hiperplasia adrenal congênita( 55. Çakir ED, Mutlu FS, Eren E, Pasa AO, Saglam H, Tarim O. Testicular adrenal rest tumors in patients with congenital adrenal hyperplasia. J Clin Res Pediatr Endocrinol 2012;4:94-100. , 66. Poyrazoglu S, Saka N, Agayev A, Yekeler E. Prevalence of testicular microlithiasis in males with congenital adrenal hyperplasia and its association with testicular adrenal rest tumors. Horm Res Paediatr 2010;73:443-8. )) e a doenças testiculares (criptorquidismo, varicocele e torção do testículo), as quais, por si só, têm sido associadas a infertilidade e malignidades. Além disso, a maioria dos dados sobre os riscos da MT são provenientes de adultos investigados para infertilidade e/ou para síndrome de disgenesia testicular. Finalmente, não foi possível obter dados de seguimento da MT em longo prazo.

Entre crianças pré-púberes assintomáticas, 4,2% apresentam MT, a maioria é difusa e bilateral. Em um estudo de coorte com 670 meninos normais, observou-se aumento na incidência, que era de 1,9% em indivíduos menores de cinco anos de idade, chegou a 5,1% naqueles com idade de cinco a 11 anos e atingiu 5,7% nos >12 anos( 77. Goede J, Hack WW, van der Voort-Doedens LM, Sijstermans K, Pierik FH. Prevalence of testicular microlithiasis is asymptomatic males 0 to 19 years old. J Urol 2009;182:1516-20. ). Visto ser a incidência relatada em adultos de 5,6%( 88. Tan MH, Eng C. Testicular microlithiasis: recent advances in understanding and management. Nat Rev Urol 2011;8:153-63. ), isso sugere que a MT em crianças é adquirida e progride durante os anos escolares, tornando-se estável mais tarde.

A proporção de massas benignas (principalmente teratomas e cistos dermoides) é significativa nos casos de TT na população pré-púbere (38 a 80%)( 99. Ross JH, Rybicki L, Kay R. Clinical behavior and a contemporary management algorithm for prepubertal testis tumors: a summary of the prepubertal testis tumor registry. J Urol 2002;168:1675-8.

10. Metcalfe PD, Farivar-Mohseni H, Farhat W, McLorie G, Khoury A, Bägli DJ. Pediatric testicular tumors: contemporary incidence and efficacy of testicular preserving surgery. J Urol 2003;170:2412-5.

11. Taskinen S, Fagerholm R, Aronniemi J, Rintala R, Taskinen M. Testicular tumors in children and adolescents. J Pediatr Urol 2008;4:134-7.
- 1212. Bujons A, Sfulcini JC, Pascual M, Feu OA, Garat JM, Villavicencio H. Prepubertal testicular tumors and efficacy of testicular preserving surgery. BJU Int 2010;107:1812-6. ). A variante maligna é tipicamente o tumor de saco vitelino, quase sempre apresentando altos níveis de αFP no sangue. Isso levou os urologistas pediátricos a defenderem o uso da cirurgia de preservação testicular para pacientes pré-púberes com níveis normais de αFP. São necessários exames por congelação para confirmar a benignidade do tumor e a normalidade das margens no caso de teratomas.

O diagnóstico de TT maligno em crianças durante o seguimento da MT foi relatado em apenas quatro ocasiões (Tabela 1)( 1313. McEniff N, Doherty F, Katz J, Schrager CA, Klauber G. Yolk sac tumor of the testis discovered on a routine annual sonogram in a boy with testicular microlithiasis. AJR Am J Roentgenol 1995;164:971-2.

14. Slaughenhoupt B, Kadlec A, Schrepferman C. Testicular microlithiasis preceding metastatic mixed cell tumor - first pediatric report and recommended management of testicular microlithiasis in the pediatric population. Urology 2009;73:1029-31.
- 1515. Arrigo T, Messina MF, Valenzise M, Rosano M, Alaggio R, Cecchetto G et al. Testicular microlithiasis heralding mixed germ cell tumor of the testis in a boy. J Endocrinol Invest 2006;29:82-5. ). Outros pacientes apresentaram MT difusa bilateral e TT sincrônicos (dois anos de idade, tumor de saco vitelino( 1616. Drut R. Yolk sac tumor and testicular microlithiasis. Pediatr Pathol Mol Med 2003;22:343-7. ); 16 anos de idade, tumor de saco vitelino do retroperitônio, não detectado primariamente( 1717. Meyer MA, Gilbertson-Dahdal DL. Retroperitoneal extragonadal endodermal sinus tumor with bilateral diffuse classic testicular microlithiasis. J Ultrasound Med 2010;29:1843-7. ); 17 anos de idade, tumor de células germinativas misto( 1818. Pourbagher MA, Kilinc F, Guvel S, Pourbager A, Egilmez T, Ozkardes H. Follow-up of testicular microlithiasis for subsequent testicular cancer development. Urol Int 2005;74:108-12. )). Outro grupo relatou o caso de um paciente de 18 anos com síndrome de Klinefelter que desenvolveu teratoma maligno de mediastino e MT difusa bilateral. Não se encontrou TT primário e a associação pode ter sido uma mera coincidência( 33. Aizenstein RI, Hibbeln JF, Sagireddy B, Wilbur AC, O'Neil HK. Klinefelter's syndrome associated with testicular microlithiasis and mediastinal germ-cell neoplasm. J Clin Ultrasound 1997;25:508-10. ). Leeden et al descreveram três outros casos de MT difusa bilateral com TT sólido: um coriocarcinoma metastático em um paciente de 13 anos e dois tumores das células de Sertoli em irmãos portadores da síndrome de Peutz-Jeghers( 1919. Leenen AS, Riebel TW. Testicular microlithiasis in children: sonographic features and clinical implications. Pediatr Radiol 2002;32:575-9. ). Mesmo incluindo-se quatro casos duvidosos (dois tumores de células de Sertoli, frequentemente benignos, e dois casos em que não se encontrou tumor testicular primário) e um caso não relatado de carcinoma de células embrionárias em um menino de 16 anos portador da síndrome de Down( 22. Vachon L, Fareau GE, Wilson MG, Chan LS. Testicular microlithiasis in patients with Down syndrome. J Pediatr 2006;149:233-6. ), encontraram-se apenas 12 casos relatados de TT maligno. Sem dúvida, isso torna incerta a associação entre MT e malignidades testiculares, mas se deve considerar que podem existir registros perdidos devido ao viés de publicação de relatos de caso e aos curtos períodos de seguimento em séries pediátricas envolvendo pacientes com MT. Coelho et al descreveram um terceiro caso de tumor de células de Sertoli (benigno) em um menino de 11 anos com MT difusa bilateral( 2020. Coelho R, Brito MJ, Casella P, Bragança G, Machado MC. Microlithiasis and testicular tumor. Acta Med Port 2005;18:485-7. ). Parece razoável especular sobre uma associação entre tumor de células de Sertoli e MT, diante da raridade desse tumor (2,3% dos TT( 2121. Gómez-García I, Romero Molina M, López-García Moreno A, Buendía González E, Rubio-Hidalgo E, Bolufer E et al. Sertoli cell tumor, a rare testicular tumor, our experience and review of the literature. Arch Esp Urol 2010;63:392-5. , 2222. Deganello A, Svasti-Salee D, Allen P, Clarke JL, Sellars ME, Sidhu PS. Scrotal calcification in a symptomatic paediatric population: prevalence, location, and appearance in a cohort of 516 patients. Clin Radiol 2012;67:862-7. )).

Tabela 1
Tumores malignos diagnosticados durante o seguimento para microlitíase testicular em crianças

TT benignos em pacientes com MT são extremamente raros, mas Bach et al, em um estudo com adultos, descrevem duas e cinco massas benignas em 48 testículos com MT e em 480 testículos sem MT, respectivamente, sugerindo que tumores benignos tendem a ser mais frequentes em casos de MT (p=0,076)( 2323. Bach AM, Hann LE, Hardar O, Shi W, Yoo HH, Giess CS et al. Testicular microlithiasis: what is its association with testicular cancer? Radiology 2001;220:70-5. ). Deganello et al relataram o caso de um suposto teratoma benigno associado a MT que está sendo acompanhados clinicamente( 2222. Deganello A, Svasti-Salee D, Allen P, Clarke JL, Sellars ME, Sidhu PS. Scrotal calcification in a symptomatic paediatric population: prevalence, location, and appearance in a cohort of 516 patients. Clin Radiol 2012;67:862-7. ). Há também outro caso de MT difusa bilateral e teratoma benigno em um paciente de quatro anos, relatado por Horowitz e Abiri( 2424. Horowitz MB, Abiri MM. US case of the day. Benign cytic teratoma and testicular microlithiasis. Radiographics 1997;17:793-6. ). Esses casos, juntamente com o presente, perfazem um total de três ocorrências de massas benignas em casos de MT.

A forma de seguimento da MT é controversa, variando entre a realização de US apenas após a descoberta de um achado relevante (seja na avaliação clínica ou na autopalpação pelo paciente) e a implementação de um protocolo, com a realização de US semestrais ou anuais. Não há consenso sobre os diferentes protocolos em crianças versus adultos ou em casos assintomáticos versus MT associada a outros problemas testiculares ou sistêmicos. Existem relatos de involução da MT pré-puberal( 2525. Chiang LW, Yap TL, Asiri MM, Phaik Ong CC, Low Y, Jacobsen AS. Implications of incidental finding of testicular microlithiasis in paediatric patients. J Pediatr Urol 2012;8:162-5. ).

Enquanto a associação entre MT e malignidades testiculares é, na melhor das hipóteses, discutível, em pelo menos um paciente com MT( 1717. Meyer MA, Gilbertson-Dahdal DL. Retroperitoneal extragonadal endodermal sinus tumor with bilateral diffuse classic testicular microlithiasis. J Ultrasound Med 2010;29:1843-7. ) houve o desenvolvimento de um TT metastático seis meses após uma US normal. Diante da baixa morbidade e do baixo custo, parece prudente aconselhar a realização de US periódicas, informando à família e ao paciente que o risco de TT é baixo. Sugere-se acompanhar os casos pediátricos de MT por meio de US semestrais e oferecer teste de fertilidade após a puberdade, a pedido do paciente.

Concluiu-se que TT raramente se associam a MT. TT benignos devem ser tratados com cirurgia de preservação testicular. Não há uma definição clara sobre o risco de TT malignos em casos de MT na pré-puberdade. Protocolos de seguimento para a MT são discutíveis, porém o mais prudente parece ser a realização de US semestrais.

References

  • 1
    Middleton WD, Teefey SA, Santillan CS. Testicular microlithiasis: prospective analysis of prevalence and associated tumor. Radiology 2002;224:425-8.
  • 2
    Vachon L, Fareau GE, Wilson MG, Chan LS. Testicular microlithiasis in patients with Down syndrome. J Pediatr 2006;149:233-6.
  • 3
    Aizenstein RI, Hibbeln JF, Sagireddy B, Wilbur AC, O'Neil HK. Klinefelter's syndrome associated with testicular microlithiasis and mediastinal germ-cell neoplasm. J Clin Ultrasound 1997;25:508-10.
  • 4
    Savas Erdeve S, Balta H, Balta Z, Dallar Y. Testicular microlithiasis and McCune-Albright syndrome. J Pediatr 2006;148:422-3.
  • 5
    Çakir ED, Mutlu FS, Eren E, Pasa AO, Saglam H, Tarim O. Testicular adrenal rest tumors in patients with congenital adrenal hyperplasia. J Clin Res Pediatr Endocrinol 2012;4:94-100.
  • 6
    Poyrazoglu S, Saka N, Agayev A, Yekeler E. Prevalence of testicular microlithiasis in males with congenital adrenal hyperplasia and its association with testicular adrenal rest tumors. Horm Res Paediatr 2010;73:443-8.
  • 7
    Goede J, Hack WW, van der Voort-Doedens LM, Sijstermans K, Pierik FH. Prevalence of testicular microlithiasis is asymptomatic males 0 to 19 years old. J Urol 2009;182:1516-20.
  • 8
    Tan MH, Eng C. Testicular microlithiasis: recent advances in understanding and management. Nat Rev Urol 2011;8:153-63.
  • 9
    Ross JH, Rybicki L, Kay R. Clinical behavior and a contemporary management algorithm for prepubertal testis tumors: a summary of the prepubertal testis tumor registry. J Urol 2002;168:1675-8.
  • 10
    Metcalfe PD, Farivar-Mohseni H, Farhat W, McLorie G, Khoury A, Bägli DJ. Pediatric testicular tumors: contemporary incidence and efficacy of testicular preserving surgery. J Urol 2003;170:2412-5.
  • 11
    Taskinen S, Fagerholm R, Aronniemi J, Rintala R, Taskinen M. Testicular tumors in children and adolescents. J Pediatr Urol 2008;4:134-7.
  • 12
    Bujons A, Sfulcini JC, Pascual M, Feu OA, Garat JM, Villavicencio H. Prepubertal testicular tumors and efficacy of testicular preserving surgery. BJU Int 2010;107:1812-6.
  • 13
    McEniff N, Doherty F, Katz J, Schrager CA, Klauber G. Yolk sac tumor of the testis discovered on a routine annual sonogram in a boy with testicular microlithiasis. AJR Am J Roentgenol 1995;164:971-2.
  • 14
    Slaughenhoupt B, Kadlec A, Schrepferman C. Testicular microlithiasis preceding metastatic mixed cell tumor - first pediatric report and recommended management of testicular microlithiasis in the pediatric population. Urology 2009;73:1029-31.
  • 15
    Arrigo T, Messina MF, Valenzise M, Rosano M, Alaggio R, Cecchetto G et al. Testicular microlithiasis heralding mixed germ cell tumor of the testis in a boy. J Endocrinol Invest 2006;29:82-5.
  • 16
    Drut R. Yolk sac tumor and testicular microlithiasis. Pediatr Pathol Mol Med 2003;22:343-7.
  • 17
    Meyer MA, Gilbertson-Dahdal DL. Retroperitoneal extragonadal endodermal sinus tumor with bilateral diffuse classic testicular microlithiasis. J Ultrasound Med 2010;29:1843-7.
  • 18
    Pourbagher MA, Kilinc F, Guvel S, Pourbager A, Egilmez T, Ozkardes H. Follow-up of testicular microlithiasis for subsequent testicular cancer development. Urol Int 2005;74:108-12.
  • 19
    Leenen AS, Riebel TW. Testicular microlithiasis in children: sonographic features and clinical implications. Pediatr Radiol 2002;32:575-9.
  • 20
    Coelho R, Brito MJ, Casella P, Bragança G, Machado MC. Microlithiasis and testicular tumor. Acta Med Port 2005;18:485-7.
  • 21
    Gómez-García I, Romero Molina M, López-García Moreno A, Buendía González E, Rubio-Hidalgo E, Bolufer E et al. Sertoli cell tumor, a rare testicular tumor, our experience and review of the literature. Arch Esp Urol 2010;63:392-5.
  • 22
    Deganello A, Svasti-Salee D, Allen P, Clarke JL, Sellars ME, Sidhu PS. Scrotal calcification in a symptomatic paediatric population: prevalence, location, and appearance in a cohort of 516 patients. Clin Radiol 2012;67:862-7.
  • 23
    Bach AM, Hann LE, Hardar O, Shi W, Yoo HH, Giess CS et al. Testicular microlithiasis: what is its association with testicular cancer? Radiology 2001;220:70-5.
  • 24
    Horowitz MB, Abiri MM. US case of the day. Benign cytic teratoma and testicular microlithiasis. Radiographics 1997;17:793-6.
  • 25
    Chiang LW, Yap TL, Asiri MM, Phaik Ong CC, Low Y, Jacobsen AS. Implications of incidental finding of testicular microlithiasis in paediatric patients. J Pediatr Urol 2012;8:162-5.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2013

Histórico

  • Recebido
    17 Mar 2013
  • Aceito
    24 Maio 2013
Sociedade de Pediatria de São Paulo R. Maria Figueiredo, 595 - 10o andar, 04002-003 São Paulo - SP - Brasil, Tel./Fax: (11 55) 3284-0308; 3289-9809; 3284-0051 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rpp@spsp.org.br