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Perfil das atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais no Brasil, Chile e Peru

Attitudes of graduate nursing students towards mental disorders in Brazil, Chile and Peru

Actitudes de alumnos de enfermería ante trastornos mentales en Brasil, Chile y Perú

Resumos

Este estudo teve por objetivo traçar um perfil de atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais em três culturas diferentes: Brasil, Chile e Peru. Para isso foi utilizada a escala de opiniões sobre a doença mental. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes no nível de 5% nos fatores autoritarismo, ideologia de higiene mental, restrição serial e visão minoritária, favoráveis aos estudantes brasileiros. No fator etiologia interpessoal, os resultados foram favoráveis aos estudantes peruanos e no fator etiologia de esforço mental, favoráveis aos chilenos. No fator benevolência não houve evidência estatística que afirmasse diferença. Esses resultados permitem concluir que os formandos brasileiros apresentaram atitudes mais positivas frente aos transtornos mentais, mostrando-se menos autoritários, restritivos e discriminadores que os chilenos e peruanos, portanto, com maiores possibilidades de desenvolverem condutas mais terapêuticas com a pessoa portadora dos transtornos referidos.

atitude; enfermagem psiquiátrica; transtornos mentais


This study aimed to draw a profile of nursing graduate students' attitudes towards mental disorders in three different cultures: Brazil, Chile and Peru. The opinion scale for mental disorders was applied. The results showed statistically significant differences (5%) in terms of authoritarianism, mental hygiene ideology, serial restriction and minority vision, which were favorable to Brazilian students. As to the factor interpersonal etiology, the results were favorable to Peruvians, while the results for etiology of mental strain were favorable to Chileans. There was no statistical evidence to confirm any difference in terms of benevolence. These results reveal that Brazilian students present more positive attitudes towards mental disorders, as they showed to be less authoritarian, restrictive and discriminative than the Chilean and Peruvian students. Therefore, they are more likely to develop a more therapeutic behavior towards people with mental disorders.

attitude; psychiatric nursing; mental disorders


Este estudio tuvo como objetivo delinear un perfil de actitudes de alumnos en enfermería ante trastornos mentales en tres culturas diferentes: Brasil, Chile y Perú. Para esto, los autores utilizaron la escala de opiniones respecto a la enfermedad mental. Los resultados evidenciaron diferencias estadísticamente significativas (5%) en factores como autoritarismo, ideología de higiene mental, restricción social y visión minoritaria, favorables a los estudiantes brasileños. En el factor etiología interpersonal, los resultados fueron favorables a los estudiantes peruanos y, en el factor etiología de esfuerzo mental, a los estudiantes chilenos. En el factor benevolencia, no fueron encontradas diferencias estadísticamente comprobadas. Estos resultados permitieron concluir que los alumnos brasileños presentaron actitudes más positivas ante los trastornos mentales, mostrándose menos autoritarios, restrictivos y discriminadores que los chilenos y peruanos y, por lo tanto, con mayores posibilidades de desarrollar conductas más terapéuticas ante la persona portadora de los mencionados trastornos.

actitud; enfermería psiquiátrica; trastornos mentales


ARTIGO ORIGINAL

Perfil das atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais no Brasil, Chile e Peru

Attitudes of graduate nursing students towards mental disorders in Brazil, Chile and Peru

Actitudes de alumnos de enfermería ante trastornos mentales en Brasil, Chile y Perú

Luiz Jorge PedrãoI; Sueli Aparecida Frari GaleraI; Maria Concepcion Pezo SilvaII; Angelica Cazenave GonzalezIII; Moacyr Lobo da Costa JúniorI; Maria Conceição Bernardo de Mello e SouzaI; Gricelda Uceda SenmacheIV

IProfessor Doutor da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem, e-mail: lujope@eerp.usp.br IIEnfermeira, Mestre em Enfermagem Psiquiátrica, Professor Principal da Faculdad de Enfermería, Universidad Nacional "Pedro Ruiz Gallo", Lambayeque, Peru

IIIEnfermeira, Professor da Escuela de Enfermería da Pontificia Universidad Catolica de Chile

IVEnfermeira, Professor Principal da Faculdad de Enfermería, Universidad Nacional "Pedro Ruiz Gallo", Lambayeque, Peru

RESUMO

Este estudo teve por objetivo traçar um perfil de atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais em três culturas diferentes: Brasil, Chile e Peru. Para isso foi utilizada a escala de opiniões sobre a doença mental. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes no nível de 5% nos fatores autoritarismo, ideologia de higiene mental, restrição serial e visão minoritária, favoráveis aos estudantes brasileiros. No fator etiologia interpessoal, os resultados foram favoráveis aos estudantes peruanos e no fator etiologia de esforço mental, favoráveis aos chilenos. No fator benevolência não houve evidência estatística que afirmasse diferença. Esses resultados permitem concluir que os formandos brasileiros apresentaram atitudes mais positivas frente aos transtornos mentais, mostrando-se menos autoritários, restritivos e discriminadores que os chilenos e peruanos, portanto, com maiores possibilidades de desenvolverem condutas mais terapêuticas com a pessoa portadora dos transtornos referidos.

Descritores: atitude; enfermagem psiquiátrica; transtornos mentais

ABSTRACT

This study aimed to draw a profile of nursing graduate students' attitudes towards mental disorders in three different cultures: Brazil, Chile and Peru. The opinion scale for mental disorders was applied. The results showed statistically significant differences (5%) in terms of authoritarianism, mental hygiene ideology, serial restriction and minority vision, which were favorable to Brazilian students. As to the factor interpersonal etiology, the results were favorable to Peruvians, while the results for etiology of mental strain were favorable to Chileans. There was no statistical evidence to confirm any difference in terms of benevolence. These results reveal that Brazilian students present more positive attitudes towards mental disorders, as they showed to be less authoritarian, restrictive and discriminative than the Chilean and Peruvian students. Therefore, they are more likely to develop a more therapeutic behavior towards people with mental disorders.

Descriptors: attitude; psychiatric nursing; mental disorders

RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo delinear un perfil de actitudes de alumnos en enfermería ante trastornos mentales en tres culturas diferentes: Brasil, Chile y Perú. Para esto, los autores utilizaron la escala de opiniones respecto a la enfermedad mental. Los resultados evidenciaron diferencias estadísticamente significativas (5%) en factores como autoritarismo, ideología de higiene mental, restricción social y visión minoritaria, favorables a los estudiantes brasileños. En el factor etiología interpersonal, los resultados fueron favorables a los estudiantes peruanos y, en el factor etiología de esfuerzo mental, a los estudiantes chilenos. En el factor benevolencia, no fueron encontradas diferencias estadísticamente comprobadas. Estos resultados permitieron concluir que los alumnos brasileños presentaron actitudes más positivas ante los trastornos mentales, mostrándose menos autoritarios, restrictivos y discriminadores que los chilenos y peruanos y, por lo tanto, con mayores posibilidades de desarrollar conductas más terapéuticas ante la persona portadora de los mencionados trastornos.

Descriptores: actitud; enfermería psiquiátrica; trastornos mentales

INTRODUÇÃO

O continente americano é extraordinariamente diversificado e caracterizado por grandes iniqüidades. Enquanto os países da América do Norte estão entre os mais ricos, com os melhores índices de qualidade de vida, na América Latina e Central metade da população vive em condições de pobreza e muitos não têm acesso aos cuidados básicos de saúde(1).

Os principais problemas de saúde mental prevalentes nesses países incluem: violência, enfraquecimento da estrutura familiar, ansiedade e depressão, efeitos da repressão política e da violação dos direitos humanos, fragmentação social e enfraquecimento do suporte social, sofrimento psicossocial em crianças, jovens e idosos, abuso de álcool e drogas, cronificação das pessoas portadoras de transtornos mentais, doenças do trabalho e decorrentes da condição de vida(2).

A resposta que os países latino-americanos têm apresentado para enfrentar esses problemas são tradicionais. Enfatizam os serviços psiquiátricos, tendo ainda a hospitalização e a farmacoterapia como principais recursos de tratamento. As conseqüências dessa forma de responder aos problemas sociais e de saúde são a institucionalização, a cronificação e a marginalização do portador de transtorno mental(2).

O cuidado psiquiátrico é, geralmente, oferecido por pessoal pouco qualificado sob a direção de médicos psiquiatras. Os enfermeiros estão presentes em pequeno número, e são inadequadamente educados para o cuidado de pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos ou com problemas psicossociais(2).

Este contexto torna o estudo de atitudes de futuros enfermeiros latino-americanos, frente aos transtornos mentais, particularmente importante, pois possibilita a reflexão sobre todo o seu aprendizado e mudanças no sentido de tornar a prática profissional mais adequada.

O aluno de enfermagem possui forte tendência a carregar consigo estereótipos e preconceitos em relação à doença mental. Esses preconceitos são semelhantes àqueles da população em geral, descritos como pessoa boba que não raciocina, agressiva, estranha, perigosa, que não sara e que traz problemas para a família(3).

Acredita-se que, se esses preconceitos não forem trabalhados adequadamente durante o curso de enfermagem, podem se traduzir em atitudes negativas frente à pessoa portadora de transtorno mental, no momento em que esses alunos estiverem exercendo as suas atividades profissionais. Assim, conhecendo o perfil de atitudes dos alunos de enfermagem frente aos transtornos mentais, quando esses estão prontos para se inserirem no mercado de trabalho, tem-se subsídios para discutir melhor os programas das disciplinas.

OBJETIVOS

- Descrever as atitudes frente aos transtornos mentais de um grupo de estudantes do último ano de enfermagem em três países diferentes: Brasil, Chile e Peru.

- Comparar os perfis obtidos para cada país, procurando identificar diferenças significativas entre os grupos.

METODOLOGIA

Sujeitos e local

Participaram do estudo 154 formandos dos cursos de enfermagem das seguintes escolas: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) - Brasil (n=73), Faculdad de Enfermeria da Universidad Nacional "Pedro Ruiz Gallo" - Peru (n=42) e Escuela de Enfermeria da Pontifica Universidad Católica de Chile (n=39).

Coleta de dados

Foi utilizado um instrumento para coleta de dados composto de duas partes. A primeira, contendo informações sobre os sujeitos, e a segunda, uma escala de atitudes - "Opinions about Mental Illness"(4), traduzida e validada para o português/espanhol(5-6).

Essa escala será representada neste estudo pelas iniciais ODM (Opiniões sobre a Doença Mental), assim denominada quando traduzida e validada para o meio latino. Em sua versão latina, a ODM possui 51 afirmações do tipo Likert, agrupadas em sete fatores, que foram denominados e definidos(5) da seguinte forma:

- autoritarismo - reflete a perspectiva de que a pessoa em sofrimento psíquico necessita ser isolado de outros pacientes, permanecendo sob portas trancadas e vigilância. Contém tanto o conceito da irrecuperabilidade pessoal e social do doente quanto a idéia de sua periculosidade

- benevolência - traduz a visão de que a pessoa em sofrimento psíquico, devido à sua infelicidade, deve ser amparado através de um protecionismo bondoso e paternalista, com base em cuidados, atenção pessoal e conforto material

- ideologia de higiene mental - representa a idéia de que a pessoa em sofrimento psíquico é uma pessoa semelhante às pessoas normais, com diferenças quantitativas, porém, não qualitativas. Podem desempenhar atividades especializadas e até cuidar de crianças

- restrição social - traduz o transtorno mental como uma espécie de defeito hereditário, completamente diferente de outros transtornos, ou doenças, cujo portador pode contaminar a família e a sociedade, devendo, portanto, serem protegidas através da restrição aos direitos pessoais e sociais do paciente, mesmo após a hospitalização

- etiologia interpessoal - explica o transtorno mental como originário de vivências interpessoais, com maior ênfase para a interação com figuras parentais

- etiologia de esforço mental - reflete a idéia de que o transtorno mental origina-se do excessivo "esforço cerebral" por meio do trabalho intelectual exagerado, por pensar demais ou por ter pensamentos negativos

- visão minoritária - traduz o conceito de que a pessoa em sofrimento psíquico, por ser muito diferente das pessoas tidas como normais, pode ser facilmente reconhecida em um agrupamento humano, principalmente pela sua aparência externa.

Procedimento

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da EERP-USP com autorização das três escolas para o desenvolvimento da pesquisa. Os dados foram coletados em sala de aula, para todos os alunos matriculados no último semestre do curso de enfermagem, que aceitaram participar do estudo.

Análise dos Resultados

Os escores fatoriais brutos obtidos com a aplicação da ODM(7) foram transformados para o sistema Stean, que proporciona uma comparação padrão entre os fatores com variação entre 1 e 10, média de 5,5 e um desvio padrão igual a 0,5(8). Os procedimentos para contagem dos pontos e suas vantagens são relatados na literatura(5-6,9).

Transformados para o sistema Sten, esses escores foram agrupados, separadamente para cada país, nos sete fatores da ODM, trabalhando-se, dessa forma, com os escores compostos médios, comparativamente, através da análise de variância (ANOVA), para cada fator e os respectivos países.

RESULTADOS

O número total de alunos participantes no estudo foi de 154, sendo 73 do Brasil, 39 do Chile e 42 do Peru. A idade média dos estudantes foi de 23,74 anos. Entre os estudantes brasileiros a idade média foi de 23,87 anos, entre os chilenos de 22,94 anos e entre os peruanos de 24,21 anos.

O sexo feminino teve predominância absoluta, representando 96,68% da população estudada e o estado civil solteiro representou 87,41% dos sujeitos do estudo.

Dos alunos brasileiros participantes, 19 tiveram contato com pesquisador da área de enfermagem psiquiátrica e de saúde mental. Entre os chilenos, 2 tiveram esse contato e, dos peruanos, 11 foram os que desenvolveram esse tipo de atividade. Quanto à área de preferência para atuarem profissionalmente, os futuros enfermeiros brasileiros, chilenos e peruanos escolheram respectivamente (número de alunos nesta ordem): enfermagem médica (19; 9; 5), enfermagem cirúrgica (18; 9; 20), enfermagem psiquiátrica e de saúde mental (8; 4; 8) e enfermagem materno-infantil e saúde pública (39; 16; 8), dados esses representados na Tabela 1.

O perfil das atitudes dos alunos brasileiros, chilenos e peruanos para os sete fatores da ODM é representado na Tabela 2 (escores médios) e na Figura 1, estando representado o número de alunos no eixo das ordenadas e os respectivos escores Sten no eixo das abscissas.


DISCUSSÃO

Os alunos participantes do presente estudo são integrantes de escolas imersas em culturas diferentes, mas que, de uma forma geral, mantêm algumas características semelhantes, como sendo pertencentes a países de língua latina e que estiveram submetidos a condições políticas muito autoritárias e restritivas, sofrendo ainda hoje das seqüelas deixadas por esses períodos.

A idade média dos futuros enfermeiros participantes desta pesquisa também se assemelham. Pode-se dizer que a maioria dos alunos nasceram em uma mesma década e em um contexto político e socioeconômico semelhantes, portanto, as diferenças encontradas nos perfis atitudinais sugerem uma relação com aspectos culturais de cada região onde estão localizadas as escolas.

Dentre os alunos pesquisados, os brasileiros e os peruanos foram os que mais tiveram contato com pesquisadores na área, o que possibilitaria maiores chances de conhecimento sobre os transtornos mentais e os seus portadores. No entanto, são os estudantes peruanos que exibem significativamente atitudes mais autoritárias, restritivas e discriminadoras, frente aos transtornos. Os estudantes peruanos são também os que mais acreditam que os transtornos mentais têm origem nas vivências interpessoais com figuras parentais.

Os futuros enfermeiros brasileiros apresentaram-se mais benevolentes que os chilenos e peruanos. Entenderam, também, que o portador de transtorno mental é semelhante às pessoas normais, diferindo da opinião dos estudantes chilenos e peruanos que acreditam ser o portador desses transtornos facilmente reconhecido em um agrupamento humano. Isso confere ao futuro enfermeiro brasileiro maior chance de aceitação da pessoa portadora de transtorno mental e também maior possibilidade de desenvolver com eles um relacionamento terapêutico, contribuindo assim para superar o estigma da doença mental.

Os diferentes perfis atitudinais desses estudantes podem estar relacionados com suas preferências por atuação profissional futura. Os estudantes peruanos, em sua maioria, têm preferência por atuação na enfermagem cirúrgica, sendo que os brasileiros e chilenos têm maior preferência pela enfermagem materno-infantil e saúde pública. Estudo anterior(6), entre estudantes de medicina brasileiros e espanhóis, evidenciou que aqueles que tinham opção pela área cirúrgica estavam entre os que desenvolviam atitudes mais negativas frente aos transtornos mentais, o que pode justificar o perfil atitudinal mais negativo dos estudantes peruanos, mostrado por este estudo.

Os resultados apresentados permitem concluir que, entre os estudantes pesquisados, os brasileiros são os que entram para o mercado de trabalho com atitudes mais positivas frente ao transtorno mental, mostrando-se menos autoritários, restritivos e discriminadores em relação à pessoa em sofrimento psíquico, do que os estudantes chilenos e peruanos, mesmo esses tendo evidenciado mais as vivências interpessoais com figuras parentais como originária da doença mental.

Cabe ressaltar, no entanto, que outros estudos(5-10) apontam os enfermeiros como os mais benevolentes (no sentido caritativo), restritivos e discriminadores quando comparados com outros profissionais da saúde. Além disso, em uma pesquisa(11) que investigou a presença de autoritarismo e benevolência de alunos ingressantes no curso de enfermagem e outra, que traçou um perfil de atitudes frente à doença mental desses mesmos alunos(12), da mesma escola brasileira, apresentaram índices mais negativos se comparados com os formandos dessa mesma escola, em uma relação de modo geral discreta, embora signicativa em alguns fatores, mostrando que a instrução acadêmica interfere positivamente nas referidas atitudes, mas ainda de forma tímida.

Pode-se concluir que os docentes coordenadores das disciplinas pertencentes à área de enfermagem psiquiátrica e de saúde mental devem refletir sobre esses aspectos quando elaborarem os programas e estratégias didáticas dessas disciplinas. Pois, espera-se que o perfil de atitudes torne-se mais positivo, a partir do avanço do treinamento universitário, principalmente se esses alunos tiverem uma prática sistematizada dos conhecimentos adquiridos(13).

Recebido em: 20.2.2004

Aprovado em: 28.2.2005

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Jul 2005
  • Data do Fascículo
    Jun 2005

Histórico

  • Recebido
    20 Fev 2004
  • Aceito
    28 Fev 2005
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