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Quarenta anos de um periódico em educação: celebração de uma longa trajetória (1975-2015)

Neste ano, Educação e Pesquisa , um dos primeiros periódicos brasileiros especializados na área da educação, comemora quatro décadas de existência. Ao longo desse período – desde os números iniciais, de feitura artesanal, até o presente momento –, a revista atravessou muitas fases, superou desafios, sofreu mudanças no formato e política editorial, mas continuou fiel ao seu propósito original de servir como um veículo privilegiado de divulgação de estudos voltados ao campo da educação e, em particular, como um observatório crítico da realidade que nos circunda.

A celebração deste importante aniversário nos convida à realização de balanços e, consequentemente, a inevitáveis constatações. Uma delas é que muito já foi feito por gerações de editores e funcionários ao longo desse longo período. Nesta travessia de quarenta anos, foram publicadas, de maneira ininterrupta, 86 edições, com textos escritos por centenas de autores de destacadas universidades e centros de pesquisa do Brasil e de diversas partes do mundo, que se lançaram à difícil empreitada de tentar interpretar ou, pelo menos entender, alguns aspectos do complexo e igualmente espinhoso universo da educação, marcado por um permanente estado de crise, como bem analisa Cury (2010CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e crise: perspectivas para o Brasil. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p.1089-1098, dez. 2010., p. 1090):

A área da educação, por qualquer ângulo que se veja, é sempre crítica. Crítica no sentido de quem julga ou examina um assunto com acuidade, distinguindo e analisando os componentes desse assunto. Mas é crítica também no sentido de estar em uma situação difícil e embaraçosa. No primeiro sentido, ela é uma área ativa, que faz, que produz. Muitas vezes, esse sentido se recobre de uma dimensão cortante como um machado, que corta a lenha para ver sua anatomia, sua estrutura e apontar o quê fazer. No segundo sentido, ela padece de uma situação carregada de limitações, de insuficiências dentro de um quadro severo, cujas condições graves e preocupantes são perceptíveis. Muitas vezes, esse sentido se recobre de uma dimensão paralisante como um beco sem saída [...].

Assim, Educação e Pesquisa , como outros importantes periódicos da área, tem sido um dos veículos privilegiados para a divulgação das ideias daqueles que buscam alternativas ao que o autor chama de “dimensão paralisante”, decorrente de traços epistemológicos subjacentes aos estudos na área da educação e também do estado de precarização de todo o sistema educacional. As dezoito mil páginas impressas até agora trazem valiosos registros que testemunham os esforços empreendidos na realização de diagnósticos (e de possíveis encaminhamentos ou soluções) de problemas estruturais e conjunturais que afetam o campo educacional em diversos contextos.

Além do trabalho dos autores, esta vultosa produção resultou da dedicação de muita gente, que colaborou – e ainda colabora – para que o periódico conquistasse seu perfil: os pareceristas, os docentes que compuseram as diferentes comissões editoriais e conselhos consultivos e os funcionários que até hoje se responsabilizam pela secretaria e apoio administrativo da revista. Finalmente, é preciso também reconhecer que tanto o pioneirismo quanto a vida longeva de Educação e Pesquisa só foram possíveis graças ao inestimável apoio estratégico, consubstanciado de diferentes formas, que sempre foi garantido pela direção da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), em suas várias gestões. Além das agências de fomento e do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBIUSP), temos que agradecer também o significativo apoio financeiro aportado pela Fundação de Apoio à Faculdade de Educação, nos últimos anos, o que nos possibilitou dar passos para a profissionalização do periódico.

Como não poderia deixar de ser, as páginas de uma revista retratam parte da história de uma sociedade. Não são somente quatro décadas de Educação e Pesquisa : são também quatro décadas de educação, quatro décadas de transformações tecnológicas, quatro décadas de significativas mudanças políticas e sociais.

Educação e Pesquisa tem suas origens em 1975, em plena ditadura militar. Seus idealizadores podem ser considerados representantes de uma geração que nasceu nas conservadoras décadas de 1940 e 1950, cresceu ou formou-se nos anos 1960, um período caracterizado por significativas transformações no campo das artes, do comportamento e da sexualidade, como também por mobilizações e confrontos políticos. Eram jovens durante a ditadura dos anos 1970, estabilizaram-se profissionalmente nos anos 1980, a chamadadécada perdida , e, quando os computadores invadiram a casa dos brasileiros, já eram adultos. De lá para cá, tantas transformações ocorreram na produção e reprodução da vida, em todas as esferas. Ao longo dos quarenta anos de existência, novos pesquisadores nasceram e se formaram. O leitor, a leitura e seus suportes também mudaram no decorrer desse período (CHARTIER, 2001CHARTIER, Roger (Org.). Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.,1999CHARTIER, Roger. A aventura do livro do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1999.). Quando Educação e Pesquisa nasceu, o leitor contava com fontes de informação limitadas, comparativamente aos dias atuais. Hoje, com os recursos do mundo digital, ele pode acessar uma quantidade extraordinária, quase ilimitada, de informações e conteúdos. Essas mudanças também estão refletidas nos rumos que os periódicos foram tomando.

As edições, examinadas em conjunto, oferecem ao leitor um interessante roteiro para a compreensão dos principais debates e desafios que se colocaram para os pesquisadores da área nas últimas décadas, os temas de interesse que os mobilizaram em cada época, as ricas metodologias desenvolvidas nos diferentes estudos, a variedade de afiliações teóricas, bem como as referências bibliográficas que estiveram em voga em diferentes momentos. De certo modo, os textos até hoje publicados no periódico acabam por oferecer um fecundo painel não somente dos obstáculos e avanços da pesquisa na área educacional no período como também da própria transformação da educação em nosso país. E, mais do que isso, o exame dos diversos volumes permite a identificação da íntima relação entre os temas tratados em Educação e Pesquisa e determinadas tensões (de ordem política, econômica e social), enfrentadas em cada momento histórico no contexto brasileiro, latino-americano ou mundial. No que diz respeito à realidade brasileira, o retrato da educação que surge de suas páginas é o de um campo complexo, em constante disputa, inserido num país desigual, marcado por um longo processo de embates e avanços sociais inconclusos, em que a construção falhada da cidadania, o mau uso das esferas públicas e privadas, a presença de um Estado ambivalente, a herança contraditória da mestiçagem, a corrupção e a violência aparecem como traços persistentes.

É preciso reconhecer que, nesses quarenta anos, Educação e Pesquisa vem fazendo expressivos esforços para alcançar uma verdadeira internacionalização. É interessante observar que esta já era uma missão da revista mesmo antes das atuais cobranças e pressões nesse sentido. Desde os seus primórdios, o periódico tem tido o mérito de apresentar as ideias de autores de diversas regiões para os leitores brasileiros, funcionando como uma espécie de janela para o mundo. Mas o esforço empreendido até agora foi não somente o de trazer, para o cenário nacional, asúltimas novidades (reforçando assim uma tendência existente no meio, que é a de valorizar, em princípio, o que vem de fora), mas também o de fazer circular a importante – e cada vez mais respeitada (por seu vigor, originalidade e rigor na escrita) – produção educacional brasileira (por meio das traduções para o inglês e da disponibilização eletrônica dos artigos). Com isso, queremos dizer que, por um lado, desde seu início, Educação e Pesquisa tem se destacado pela forte presença de autores estrangeiros em suas edições, não apenas na composição de seu comitê editorial, mas também na autoria de artigos ou na participação em entrevistas. Por outro lado, nos últimos anos, tem empreendido inúmeros esforços para que a pesquisa e a produção brasileira sejam divulgadas e possam ser reconhecidas. Este é um compromisso que temos com a comunidade acadêmica, com nossos pares.

A razão dessa marcante colaboração de autores estrangeiros está associada a uma série de fatores, dentre os quais o fato do periódico ser vinculado à FEUSP. É preciso lembrar que a Revista da Faculdade de Educação , primeira denominação de Educação e Pesquisa, iniciou suas atividades cinco anos após a fundação da FEUSP, com o propósito de difundir os estudos realizados pelos professores da instituição.1 1 - O título Educação e Pesquisa foi adotado somente em 1999, numa fase em que a revista passou por uma aguda reforma.. Todavia, em 1976, ano seguinte ao seu lançamento, a revista deu início a uma inflexão na direção de publicar produções de pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, ao lado daquelas de professores da própria faculdade. Desde então, coerentemente com o papel de ponta da própria FEUSP no contexto da pesquisa educacional no país, o periódico vem reforçando cada vez mais seu caráter amplo, de divulgador da produção científica na área educacional em geral, sem se restringir a temáticas ou filiações institucionais de seus autores. Mais recentemente, outros importantes fatores corroboraram para a internacionalização do periódico, como, por exemplo, o fato da revista ter se tornado praticamente bilíngue (hoje, um número significativo de artigos é publicado em português e inglês) e de ser integral e gratuitamente acessível por meio eletrônico. A presença de autores internacionais ao longo das edições pode ser entendida também como expressão do interesse crescente que a revista passou a despertar em outros contextos, em especial, na América Latina e na Península Ibérica. É preciso admitir ainda que parte dessa procura se explica pela pressão sobre os pesquisadores para que publiquem os resultados de seu trabalho em artigos – fenômeno de caráter internacional típico do mundo acadêmico contemporâneo (CARVALHO; SASSERON, 2014CARVALHO, Marília Pinto de; SASSERON, Lúcia Helena. A internacionalização dos periódicos brasileiros de educação: tensões de um processo em curso. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 869-876, dez. 2014.). Assim, com o propósito de promover um debate qualificado que auxiliasse editores de periódicos brasileiros e pesquisadores a enfrentarem coletivamente questões relativas não apenas à profissionalização e internacionalização dos periódicos, mas também às práticas de avaliação acadêmica genericamente denominadas produtivismo científico , organizamos em 2014, v. 40, n 2. um pequeno dossiê (PACKER, 2014PACKER, Abel Laerte. A eclosão dos periódicos do Brasil e cenários para o seu porvir. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 301-323, jun. 2014.; REGO, 2014REGO, Teresa Cristina. Produtivismo, pesquisa e comunicação científica: entre o veneno e o remédio. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 325-346, jun. 2014.; BENCHIMOL; CERQUEIRA; PAPI, 2014).

Desta vez, para marcar o quadragésimo aniversário de Educação e Pesquisa , sua comissão editorial programou esta edição comemorativa, que expressa justamente sua vocação para a internacionalização. Neste volume, são apresentados quatro dossiês sobre diferentes temas candentes no cenário da pesquisa educacional. Cada um deles reúne de seis a oito artigos elaborados por pesquisadores e intelectuais de vários países.

Por se tratar de edição especial, diferentemente do processo habitual adotado para a seleção de artigos (basicamente regulado pelo fluxo contínuo de textos submetidos ou por demandas dirigidas), optamos por outra estratégia: convidamos colegas da área, de variados campos, a assumirem a coordenação de quatro dossiês em suas áreas de atuação. Vale informar que definimos protocolos e que estes foram seguidos rigorosamente: fazer a inscrição de sua proposta de dossiê por meio de um texto que justificasse a relevância do tema escolhido no âmbito da produção acadêmica contemporânea; apresentar uma lista de autores participantes, com os respectivos títulos e filiações institucionais (a qual deveria atender o critério de diversidade geográfica, em escala internacional e nacional), bem como um resumo expandido de cada artigo. A avaliação e aprovação de cada texto, por sua vez, seguiram os mesmos parâmetros formais de publicação de qualquer artigo na revista, isto é, os manuscritos foram submetidos aos procedimentos usuais de avaliação cega por pares, cujos critérios estão publicados no website do periódico.

O primeiro dossiê que abre o volume intitula-se “Importantes correntes de pesquisa etnográfica sobre educação: maiorias, minorias e migrações através das Américas”. Ele foi organizado por Elsie Rockwell, pesquisadora do Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politécnico Nacional (Cinvestav), México, e por Kathryn Anderson-Levitt, da University of California, Los Angeles, EUA. Composto por sete artigos que representam linhas consolidadas de pesquisa etnográfica em cinco países das Américas – Canadá, Estados Unidos, México, Brasil e Argentina –, ele resulta do intercâmbio entre acadêmicos de diversas partes do mundo nos sucessivos encontros do Simposio Interamericano de Etnografía de la Educación, realizado desde o final dos anos 1980. Como esclarecem as coordenadoras no alentado texto de apresentação do dossiê, “As contribuições concentram-se sobre aspectos do tema do XIII Simposio Interamericano de Etnografía de la Educación (UCLA, 2003) – Maiorias, minorias e migrantes. Estudos recentes nessas linhas examinam de que modos os recursos diversos de comunidades e de redes, desigualdades estruturais e realidades transnacionais impactam os processos educacionais tanto dentro quanto além da escolaridade formal. Em conjunto, eles propõem importantes desafios conceituais e metodológicos para a pesquisa educacional”. Vale ressaltar que o texto de apresentação ultrapassa os artigos do dossiê e ilumina o conjunto de textos (as escolhas, as diferenças entre eles, as ausências, a necessidade de diálogo) e cada um dos artigos. Permite, ainda, situar as temáticas, as opções metodológicas e os referenciais teóricos no que há de comum e no que é específico de cada artigo. Pelo extenso conhecimento das autoras nesse campo, mais do que uma simples apresentação, trata-se de uma reflexão adensada sobre os rumos da etnografia da educação nas Américas.

O tema da avaliação educacional no mundo atual é a problemática explorada no segundo dossiê, intitulado “Para onde caminham as atuais avaliações educacionais?”, e organizado por José Alberto de Azevedo e Vasconcelos Correia – da Universidade do Porto, Portugal –, Lisete Regina Gomes Arelaro – da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Brasil – e Luiz Carlos de Freitas – da Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Ele apresenta sete artigos de autoria de professores do Brasil, Itália, Irlanda, Finlândia e Portugal e a entrevista “A autoavaliação pode fazer diferença na qualidade da educação: conversando com John MacBeath”, publicada na última seção do volume. John Macbeath é professor emérito da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e consultor de diversos organismos internacionais. O dossiê reúne instigantes reflexões e análises críticas acerca dos impasses da transformação da avaliação em larga escala, adotada como estratégia exclusiva para mensurar o desempenho dos alunos em todos os níveis de ensino, e sugere perspectivas diferentes daquelas que têm estado em evidência. Nas palavras dos organizadores,

Os autores mostram que a avaliação da qualidade educacional é um processo mais complexo que, para ser bem-sucedida, pressupõe, dentre outros aspectos, a participação consciente dos envolvidos. Outras facetas discutidas são: a importância da ética nesses processos avaliativos, uma vez que, por suas exigências incompatíveis com o cotidiano escolar, têm levado à corrupção na educação; e a distorção que o PISA tem trazido, em especial na análise das razões do sucesso de alunos em escolas finlandesas.

O terceiro dossiê, denominado “A escola: entre o reconhecimento, o mérito e a excelência” foi concebido e organizado por Danilo Martuccelli – da Université Sorbonne Paris Cité, Paris, França, do Institut Universitaire de France (IUF), do Centre de recherche sur les liens sociaux (CERLIS), e do Centre national de la recherche scientifique (CNRS) – e por Maria da Graça Jacintho Setton, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Brasil. Os oito artigos reunidos – de autoria de pesquisadores vinculados a universidades francesas, portuguesas brasileiras e chilenas – discutem o lugar social da escola e da educação hoje, marcado pela ambiguidade entre as promessas de uma sociedade mais justa e igualitária e de sucesso individual e o mal-estar gerado pelo não cumprimento dessas promessas. No texto de apresentação, os organizadores trabalham com o entrelaçamento de três conceitos-chave – reconhecimento, mérito e excelência – e com as consequências da ampla aceitação dessas noções no entendimento de trajetórias de sucesso ou de fracasso escolar. Nessa reflexão, discutem com propriedade as principais matrizes teóricas com as quais dialogam, envolvendo autores clássicos da sociologia da educação. A preocupação em analisar o imaginário da escola e da educação em sua relação com projetos e trajetórias individuais dos sujeitos, especialmente em contextos de democratização do acesso à educação básica, traz à tona um conjunto de tensões que atravessam essa relação, ora marcada pela esperança, ora pela frustração, que ora aponta para uma formação mais ampla e profunda, transformadora, e ora está permeada de caráter utilitarista. Os autores destacam ainda que a presença de estudos de diferentes origens nacionais no dossiê permite um olhar comparativo, capaz de localizar alteridades e semelhanças.

O último dossiê, intitulado “Estranhos... Abjetos... Cobiçados... Construídos...: corpos, desejos e educação” foi organizado por Anderson Ferrari, da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil e trata de questões relacionadas a gênero, sexualidade e educação. O seu propósito é apresentar as ideias e estudos de um conjunto de pesquisadores brasileiros e de outras nacionalidades – que partem de diferentes abordagens e problematizações – em torno do tema da produção dos corpos e desejos, entendidos como resultados provisórios das disputas e negociações entre sujeitos que vivenciam diferentes processos educativos. Seu principal mérito é o de trazer para a educação um debate que se originou na luta de grupos feministas, gays e lésbicos que denunciaram há décadas a impossibilidade de compreender a sociedade sem levar em consideração sua realidade multifacetada e histórica.

A publicação deste volume especial foi o modo que a comissão editorial escolheu para comemorar, com o público leitor, o aniversário de Educação e Pesquisa . Esperamos que todos aprovem a escolha dos artigos apresentados. Eles foram selecionados pela clareza da escrita, pela explicitação dos conceitos condutores, pelo tratamento pertinente da bibliografia de referência e, especialmente, pela contemporaneidade das temáticas abordadas. Esperamos também que esta edição seja capaz de expressar nossa convicção de que fazer ciência na educação envolve ensinar a pensar criticamente, e que isso se relaciona à capacidade de fazer boas perguntas e desenvolver juízos que ajudem a encaminhar problemas, construir argumentos e, ao mesmo tempo, mostrar como desmontar tais problemas, descobrir equívocos e avaliar a credibilidade das fontes. E, finalmente, que tal edição manifeste nossa certeza de que os periódicos científicos são fontes importantes de informação para as atividades de ensino e pesquisa, constituindo insumo para investigações e desenvolvimento das ciências.

Neste aniversário, além de comemorarmos a maturidade de Educação e Pesquisa , gostaríamos de felicitar e agradecer a todos aqueles que, diariamente, fazem um esforço – sempre muito grande – para que este importante periódico continue existindo.

Teresa Cristina Rego
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Contato: tresare@usp.br
Denise Trento Rebello de Souza
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Contato: dtrento@usp.br

Referências

  • BENCHIMOL, Jaime L.; CERQUEIRA, Roberta C.; PAPI, Camilo. Desafios aos editores da área de humanidades no periodismo científico e nas redes sociais: reflexões e experiências. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 347-364, jun. 2014.
  • CARVALHO, Marília Pinto de; SASSERON, Lúcia Helena. A internacionalização dos periódicos brasileiros de educação: tensões de um processo em curso. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 869-876, dez. 2014.
  • CHARTIER, Roger. A aventura do livro do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1999.
  • CHARTIER, Roger (Org.). Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.
  • CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e crise: perspectivas para o Brasil. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p.1089-1098, dez. 2010.
  • PACKER, Abel Laerte. A eclosão dos periódicos do Brasil e cenários para o seu porvir. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 301-323, jun. 2014.
  • REGO, Teresa Cristina. Produtivismo, pesquisa e comunicação científica: entre o veneno e o remédio. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 325-346, jun. 2014.
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    - O título Educação e Pesquisa foi adotado somente em 1999, numa fase em que a revista passou por uma aguda reforma..

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2015
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