Acessibilidade / Reportar erro

INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DAS MINIESTACAS NA QUALIDADE DE MUDAS DE CEDRO AUSTRALIANO E NO SEU DESEMPENHO INICIAL NO PÓS-PLANTIO

INFLUENCE OF THE MINICUTTING POSITION, IN THE QUALITY OF AUSTRALIAN CEDAR CUTTINGS AND THEIR INITIAL GROWTH

RESUMO

O cedro australiano, originário da Austrália, adaptou-se muito bem no Brasil, que apresenta condições adequadas para o seu desenvolvimento, sobretudo no sul da Bahia e em toda a região sudeste. Porém, os plantios são irregulares e as sementes são insumo limitante, por sua sazonalidade de oferta e curta viabilidade. A finalidade deste estudo foi avaliar a qualidade das mudas obtidas de miniestacas apicais, intermediárias e basais com 6 cm de comprimento oriundas de brotos de minicepas de Toona ciliata cultivadas em minijardim multiclonal em canaletões e o crescimento inicial das mudas no pós-plantio. Foi implantado um minijardim multiclonal em canaletões, contendo um total de 284 minicepas. A partir da parte aérea das mudas recepadas para formação das minicepas, foram produzidas miniestacas de diferentes posições. Na expedição do setor de enraizamento foram coletados dados de massa seca da parte aérea e do sistema radicular, comprimento, diâmetro, número de raízes adventícias e sobrevivência. A altura e diâmetro das mudas foram monitorados quinzenalmente, a partir de 80 dias, após o estaqueamento. Ao final do ciclo de produção, as mudas foram avaliadas com relação à massa seca da parte aérea e do sistema radicular, número, diâmetro e comprimento das raízes. Para avaliar as mudas após o plantio, 30 % das mudas foram transferidas para vasos de 3,8 L, onde foram avaliadas em altura e diâmetro do colo e, aos 60 dias, em massa seca do caule, folhas e raízes. As mudas provenientes das miniestacas basais, na expedição da fase de enraizamento, apresentaram os maiores valores de altura e diâmetro, não se diferenciando das intermediárias com relação ao diâmetro do colo. Não houve diferenças com relação à massa seca da parte aérea e número, massa seca, comprimento total e diâmetro das raízes adventícias das mudas em função do tipo de miniestacas. Após a transferência das mudas para a casa de vegetação, a sobrevivência foi alta, com média de 94,7 % para apicais, 96,3 % para intermediárias e 96,6 % para basais. Aos 60 dias após o plantio, apesar das diferenças observadas no diâmetro e altura das mudas ao final da fase de viveiro, não houve diferença no crescimento em altura, diâmetro e massa seca do caule, folhas e sistema radicular, em função dos tratamentos.

Palavras-chave:
Toona ciliata; miniestaquia; propagação vegetativa; propágulo

ABSTRACT

The Toona ciliata (Australian cedar), originated from Australia showed high acclimatization in Brazil, where it found appropriate conditions for its growth, particularly in southern Bahia and throughout the southeastern region. However, the plantings presented irregular stems. Besides the seeds are a limiting resource, in result of their production seasonality and short viability period. This study aimed the evaluation of the quality of cuttings grown from 6 cm length apical, middle and basal mini-cutting positions of the sprouts of the mini-strains - from seminal origin - and the initial growth of cuttings. It was established a multi-clone mini-garden containing a total of 284 mini-strains. After cutting off the sprouts of the seedlings - to originate the mini-strains - the mini-cuttings from the above different positions were collected. At the lifting time of the rooting sector, dry mass weight of shoot and root, length, diameter, number of adventitious roots and survival data were collected. The height and diameter were monitored fortnightly, starting from 80 days after the staking of the mini-cuttings. At the end of the production cycle, the dry mass weight of shoot, the root number, the diameter and the length of root cuttings were evaluated. Thirty percent of the cuttings were transplanted to pots of 3.8 L, in the open air where the height and basal diameter, the dry mass of shoot, the leaves and the roots were measured 60 days after the transplanting. Cuttings originated from the basal mini-cuttings at the end of the lifting time of the rooting sector, showed the highest height and diameter, however no difference was pointed out regarding to the basal diameter of cuttings originated from the middle position. There were no differences related to the shoot dry mass and the adventitious root number, the dry mass weight, the total length and the diameter of the adventitious roots of cuttings in relation to the mini-cutting positions in the sprouts. The survival was high, averaging 94.7 % for the apical, 96.3 % for the middle and 96.6 for basal position. Sixty days after transplanting, despite the differences in the diameter and the height of the cuttings at the end of the nursery phase, no difference in the height, the diameter and the dry mass weight of shoots, the leaves and the roots as pointed out in the treatments.

Keywords:
Toona ciliata; vegetative propagation; propagule

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • FREITAS, T. A. S. de et al. Desempenho radicular de mudas de eucalipto produzidas em diferentes recipientes e substratos. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, n. 6, p. 853-861. 2005.
  • MORAES, D. G. Enraizamento de miniestacas caulinares e foliares de cedro australiano e brotações de minicepas. 2008. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC Graduação em Agronomia) - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2008.
  • NICOLOSO, F. T. et al. Influência da posição da estaca no ramo sobre o enraizamento de Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen em dois substratos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 2, p. 277-283. 1999.
  • PAIVA, H. N. et al. Propagação Vegetativa de Eucalipto por Estaquia. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 18, n. 185, p. 23-27. 1996.
  • REZENDE, A. A. Enraizamanto de estacas de candeia (Eremanthus Erythrop (DC.) MacLeish). 2007. 75f. Dissertação (Mestrado em Florestas de Produção) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2007.
  • SCOCCHI, A. et al. Conservación de semillas de Cedro Australiano (Toona ciliata). Plant Genetic Resources Newsletter, n. 137, 2006. p. 22-25.
  • SOUZA JÚNIOR, L.; WENDLING, I. Propagação vegetativa de Eucalyptus dunnii via miniestaquia de material juvenil. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 46, p. 21-30. 2003.
  • SOUZA, J. C. A. V. et al. Propagação Vegetativa de Cedro Australiano (Toona ciliata M. Roem) por Miniestaquia. Revista Árvore , Viçosa, v. 33, n. 2, p. 205-213. 2009.
  • STUMPF, E. R. T. et al. Efeito do ácido indolbutírico, substrato e tipo de estaca no enraizamento de Chamaecyparis lawsoniana PARL. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 7, n. 2, p. 101-105. 2001.
  • TEIXEIRA, D. do A. Promoção de Enraizamento e Indução de Resistência Sistêmica à Ferrugem (Puccinia psidii) e à Mancha de Cylindrocladium candelabrum mediadas por Rizobactérias em Eucalyptus spp. 2001. 67f. Tese (Doutorado em Agronomia - Fitopatologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2001.
  • VIANA, R. S.; BATISTA, A. C. Meteorologia e Climatologia Florestal. Curitiba, 2004. 195 p.
  • WENDLING, I. et al. Produção e sobrevivência de miniestacas e minicepas de erva-mate cultivadas em sistema semi-hidropônico. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 2, p. 289-292. 2007.
  • WENDLING, I. et al. Propagação Clonal de Híbridos de Eucalyptus spp. por Miniestaquia. Revista Árvore , Viçosa, v. 24, n. 1, p. 181-186. 2000.
  • XAVIER, A. et al. Enraizamento de Miniestaca Caulinar e Foliar na Propagação Vegetativa de Cedro-Rosa (Cedrela fissilis Vell.). Revista Árvore , Viçosa, v. 27, n. 3, p. 351-356. 2003a.
  • XAVIER, A. et al. Propagação Vegetativa de Cedro-Rosa por Miniestaquia. Revista Árvore , Viçosa, v. 27, n. 2, p. 139-143. 2003b

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2012
Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br