Accessibility / Report Error

Organização e cognição: explorando um 'olhar' da psicologia sobre o os processos organizacionais

Resumos

Considerando a natureza interdisciplinar que marca os estudos organizacionais, o presente texto reúne reflexões em torno de contribuições da Psicologia para a compre-se na apresentasão da organização enquanto fenômeno psicossocial. Mais especificamente, concentra-se na apresentação da abordagem cognitivista na Psicologia e na Psicologia Social, destacando a sua relevância e impacto na própria conceituação e estudo dos processos que constituem a organização. Dois conceitos importantes na tradição dos estudos cognitivos são aplicados às organizações: os schémas cognitivos e os mapas cognitivos. Assume-se que a crescente interface entre os estudos da cognição e organização abre perspectivas heurísticas para o entendimento e manejo dos processos de organizar.


Considering the interdisciplinary nature of organizational studies, the present text gathers reflections about the contributions of the Psychology to the understanding of the vi organization psychosocial dimension. More specifically, its concentrates on the presentation of the cognitive approach in Psychology and in Social Psychology, highlighting its relevance and impact on the conceptualization and study of the processes that constitute the organization. Two important concepts in the tradition of cognitive studies are applied to organizations: the cognitive schemas and the cognitive maps. It is assumed that the growing interface between the studies of cognition and organization creates perspectives heuristics for the understanding and handling of the processes of organizing.


ARTIGOS/ARTICLES

Organização e cognição: explorando um 'olhar' da psicologia sobre o os processos organizacionais

Antonio Virgílio B. Bastos

Prof. Adjunto do Departamento de Psicologia/UFBa. Prof. do Programa de Pós-Graduação em Admi­nistração -NPGA/ UFBa. Pesquisador Associado - Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor

RESUMO

Considerando a natureza interdisciplinar que marca os estudos organizacionais, o presente texto reúne reflexões em torno de contribuições da Psicologia para a compre-se na apresentasão da organização enquanto fenômeno psicossocial. Mais especificamente, con­centra-se na apresentação da abordagem cognitivista na Psicologia e na Psicologia Social, destacando a sua relevância e impacto na própria conceituação e estudo dos processos que constituem a organização. Dois conceitos importantes na tradição dos estudos cognitivos são aplicados às organizações: os schémas cognitivos e os mapas cognitivos. Assume-se que a crescente interface entre os estudos da cognição e organização abre perspectivas heurísticas para o entendimento e manejo dos processos de organizar.

ABSTRACT

Considering the interdisciplinary nature of organizational studies, the present text gathers reflections about the contributions of the Psychology to the understanding of the vi organization psychosocial dimension. More specifically, its concentrates on the presentation of the cognitive approach in Psychology and in Social Psychology, highlighting its relevance and impact on the conceptualization and study of the processes that constitute the organization. Two important concepts in the tradition of cognitive studies are applied to organizations: the cognitive schemas and the cognitive maps. It is assumed that the growing interface between the studies of cognition and organization creates perspectives heuristics for the understanding and handling of the processes of organizing.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text avaliable only in PDF.

  • Bartunek, J. M. e Moch, M. K. (1987). First-order, Second-order, and Third-order Change and Organtional Development Interventions: A Cognitive Approach. The Journal of Applied Behavioral Science, 23:483-500.
  • Bougon, M. (1993) Uncovering Cognitive Maps: The Self-Q Technique. Em: Morgan, G. (1983). Beyond Method. Newbury Park, CA: SAGE Publications, Inc. p.160-72.
  • Burrell, G e Morgan, G. (1979). Sociological Paradigms and Organizational Analysis. London: Heinemann Educational Books.
  • Burrell, G. (1999). Ciência Normal, Paradigmas, Metáforas Discursos e Genealogia da análise. Em, S. Clegg, C. Hardy e W. Nord (orgs.) Handbook de Estudos Organizacionais, vol 1 - Modelos de Análise e Novas Questões em Estudos Organizacionais.São Paulo: Atlas, p.439-462.
  • Clegg, S. e Hardy,C. (1999).Introdução: Organização e Estudos Organizacionais. Em, S. Clegg; C. Hardy e W. Nord, Handbook of Organization Studies. London: SAGE, p.148-174
  • Cossette, P. e Audet, M. (1992). Mapping of an idiosyncratic schema. Journal of Management Studies, 29(3):325-47.
  • Driver, M. J. (1987). Cognitive Psychology: an interactionist view. Em, J. W. Lorsch (ed.) Handbook of Organizational Behavior. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, Inc., p. 62-83.
  • Duran, A. P. (1999). Psicoterapia e Construtivismo. Anais do Io. Congresso Norte- Nordeste de Psicologia. Salvador:UFBa./CRP-03. CD-Room.
  • Eden, C. (1988). Cognitive mapping. European Journal of Operational Research, 36:1-13.
  • Fiske, S. e Tayloi; S.E. (1991). Social Cognition. New York:McGraw-Hill. (cap. 2, Attribution Theory, p. 22-56).
  • Fiol, C. M. e Huff, A. Huff (1992). Maps for managers: where are we? Where we go from here? . Journal of Management Studies, 29(3): 267-85.
  • Forgas, J. P. (1981). Social Cognition - perspectives on everyday understanding. London: Academic Press.
  • Gardner, H. (1995). A nova ciência da mente. São Paulo: EDUSP. (cap. cap.l e 2; p. 25-60)
  • Greenwald, A.G. e Banaji, M.R. (1995). Implicit Social Cognition: attitudes, self-steam, and stereotypes. Psychological Review, 102 (l):4-27.
  • Hamilton, D. L.; Devine, P. G. e Ostrom, T. M. (1994). Social Cognition and Classic Issues in Social Psychology. Em, P. Devine, D. Hamilton e T. Ostrom (orgs.) Social Cognition: Impact on Social Psychology. San Diego, CA: Academic Press, Inc., p. 2- 13.
  • Harré, R. e Gillet, G.(1999)./4 mente discursiva-avanços na ciência cognitiva. P. Alegre: Artmed.
  • Harris, S. G. (1994). Organizational Culture and Individual Sensemaking: a Schema- based perspective. Organization Science, 5 (3):309-321.
  • Hewsthone, M.; Stroebe, W. e Stephenson, G. M. (1997). Introduction to Social Psychology. Oxford, UK: Blackwell Publishers Ltd.
  • Huff, A. S. (1990). Mapping Strategic Thought. Em A. S. Huff (Ed). Mapping Strategic Thought. Chicago: John Wiley & Sons, p.11-49.
  • Ilgen, D. R. e Klein, H. J. (1988). Organizational Behavior. Annual Review of Psychology, 40:327-51.
  • Levine, J. M. e Resnick, L.B. (1993). Social fundations of cognition. Annual Review of Psychology, 44: 585-612.
  • Lord, R. G. e Foti, R. J. (1986). Schema Theories, Informations Processing, and Organizational Behavior. Em, H. Sims Jr. e D. A. Gioia (Eds.). The Thinking Organization: Dynamics of Organizational Social Cognition. San Francisco: Jossey- Bass, 20-48.
  • Lord, R.G. e Maher, K. J. (1991). Cognitive Theory in Industrial and Organizational Psychology. Em, M.D. Dunnette e L.M. Hough. Handbook of Industrial and Organizational Psychology, 2a. ed., vol 2. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press, Inc. (cap. 1; p. 1-20: 34-47).
  • Louis, M. R. e Sutton, R. I. (1991). Switching cognitive gears: from habits of mind to active thinking. Human Relations, 44:55-76.
  • Markus, H. e Zajonc, R. B. (1985). The Cognitive Perspective in Social Psychology. Em g. Lindzey e E. Aronson (eds.), The Handbook of Social Psychology. 3a. ed, vol 1, New York: Random House, 137-230.
  • Morgan, G. (1983). Beyond Method - Strategies for Social Research. Beverly Hills, CA: SAGE.
  • Morgan, G. (1996). Imagens da Organização. São Paulo: Atlas.
  • Pidd, M. (1998). Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto Alegre: Bookman.
  • Reed, M. (1999). Teorização Organizacional: um campo historicamente contestado.Em, S. Clegg, C. Hardy e W. Nord (orgs.) Handbook de Estudos Organizacionais, vol 1- Modelos de Análise e Novas Questões em Estudos Organizacionais.São Paulo: Atlas, p.61-98.
  • Rousseau, D. (1997). Organizational Behavior in the new era. Annual Review of Psychology, 48:515-546.
  • Schein, E. (1985). Organizational Culture and Leadership. San Francisco, CA:jossey- Bass.
  • Spender, J.-C. (1998). The dynamics of individual and organizational knowledge. Em, C. Eden e J-C. Spender, Mangerial and Organizational Cognition: Theory, Methods and Research. London: SAGE. (cap. 2: p. 13-39)
  • Spink, P.K. (1996). Organização como fenômeno psicossocial: notas para uma redefinição da psicologia do trabalho. Psicologia & Sociedade, 8 (1): 174-192.
  • Tenbrunsel, A.E.; Galvin, T. L.; Neale, M.A. e Bazerma
  • Thagard, P. (1998). Mente: introdução à ciência cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas.
  • Varela, F. J. (1988). Abordagens à ciência e tecnologia da cognição. Ciência e Cultura, 40(5):460-70.
  • Weick, K. E. (1995). Sensemaking in Organizations. Thousand Oaks: SAGE.
  • Weick, K. E. e Sandelands, L.E. (1992). Social Behavior in Organizational Studies. Journal for the Theory of Social Behavior, 20(4): 323-345.
  • Weick, K. E. (1990). Introduction: Carthographic Myths in Organizations. Em A. S. Huff (Ed). Mapping Strategic Thought. Chicago: John Wiley & Sons, p.1-10.
  • Weick, K. E. (1973). Psicologia Social da Organização. São Paulo: Edgard Blücher, EDUSP.
  • Wilpert, B. (1995). Organizational Behavior. Annual Review of Psychology, 46:59-90.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Jun 2015
  • Data do Fascículo
    Ago 1999
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: revistaoes@ufba.br