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Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, Volume: 83, Número: 3, Publicado: 2020
  • Coronavírus e o olho: o que é relevante até o momento? Editorial

    Lauande, Roberto; Paula, Jayter Silva
  • Levantamento entre especialistas em retina no Brasil sobre reações inflamatórias após terapia antiangiogênica intravítrea Original Article

    Melo, Gustavo Barreto; Ferreira, Magno; Maia, Maurício

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as características clínicas de pacientes com reações inflamatórias após injeção intravítrea de agentes antiangiogênicos e as técnicas empregadas por especialistas em retina brasileiros. Métodos: Enviamos eletronicamente um questionário de 18 itens para especialistas em retina que usam agentes antiangiogênicos. Recebemos as respostas entre 21 de setembro e 23 de dezembro de 2018. Resultados: Um total de 58 especialistas em retina participaram. A maioria era do Sudeste do Brasil (50%), 82,8% eram dedicados a práticas médicas e cirúrgicas e 86,2% praticavam há mais de 5 anos. Os entrevistados informaram um número médio de 2,14 ± 1,63 pacientes com inflamação, 44,8% com panuveíte e 79,3% com início dos sintomas dentro de 72 horas. Especialistas utilizaram aflibercepte (53,4%), bevacizumabe (29,3%) e ranibizumabe (26=7,6%). A maioria dos pacientes foi tratada com colírios de esteroides (70,7%), e sua inflamação diminuiu após 11,5 ± 11,5 dias (86,2% não apresentaram complicações irreversíveis). Os especialistas responsabilizaram a seringa como causa da inflamação em 25,9% dos casos, 41,4% usaram seringas Becton-Dickinson Ultra-Fine, 43,1% injetaram a droga em temperatura ambiente e 37,9% removeram o ar (53,4% sacudindo a seringa). A maioria dos especialistas não detectou óleo de silicone (67,2%), mas 17,2% realizaram vitrectomias para remoção de opacidades vítreas. Finalmente, 44,8% dos especialistas injetaram o mesmo agente angiogênicos em um olho com reação inflamatória prévia, sem surgimento de nova inflamação. Conclusões: A maioria dos especialistas relatou casos de inflamação de início precoce após injeção intravítrea de agentes antiangiogênicos. A incidência complicações irreversíveis foi baixa. Aflibercepte foi o agente mais frequentemente usado. As causas da inflamação permanecem desconhecidas, embora formulamos algumas hipóteses relevantes.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: This survey aimed at assessing the clinical characteristics of patients with inflammatory reactions after intravitreal injection of antiangiogenic agents and the techniques employed by Brazilian retina specialists. Methods: We sent an 18-item questionnaire electronically to retina specialists who are using antiangiogenic agents. We got the responses between September 21 and December 23, 2018. Results: A total of 58 retina specialists participated. Most of them were from Southeastern Brazil (50%), 82.8% were dedicated to both medical and surgical practices, and 86.2% had practiced for more than 5 years. Respondents reported a mean number of 2.14 ± 1.63 patients with inflammation, 44.8% with panuveitis, and 79.3% with onset of symptoms within 72 h. Specialists used aflibercept (53.4%), bevacizumab (29.3%), and ranibizumab (27.6%). Most patients were treated with steroid drops (70.7%), and their inflammation subsided after 11.5 ± 11.5 days (86.2% lacked irreversible complications). The specialists blamed the syringe as the cause of the inflammation in 25.9% of the cases, 41.4% used Becton-Dickinson Ultra-Fine syringes, 43.1% injected the drug at room temperature, and 37.9% removed the air (53.4% by flicking the syringe). Most specialists did not detect silicone oil (67.2%), but 17.2% of them performed vitrectomies to remove vitreous opacities. Finally, 44.8% of specialists injected the same antiangiogenic agent in an eye with prior inflammatory reaction without further inflammation. Conclusions: Most specialists reported cases of early-onset inflammation after intravitreal injection of antiangiogenic agents. The incidence of irreversible complications was low. Aflibercept was the most common agent used. The causes of inflammation remain unknown, but we formulated some relevant hypotheses.
  • Injeção de bupivacaína para estrabismo comitante horizontal: resultados clínicos e radiológicos Original Article

    Karaca, Umut; Altinsoy, Halil İbrahim; Mutlu, Fatih Mehmet; Ceylan, Osman Melih

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Relatar resultados da injeção de bupivacaína para o tratamento do estrabismo comitante horizontal e avaliar sua eficácia clínica e as alterações radiológicas associadas. Métodos: Este estudo clínico observacional prospectivo foi realizado em 10 pacientes com estrabismo comitante horizontal de até 40 dioptrias de prisma. Exames oftalmológicos e ressonância magnética orbital tridimensional foram realizados pré e pós-injeção (no primeiro, terceiro e 12º mês). A 4,5 mL de bupivacaína a 0,5% foi injetado no músculo extraocular sob anestesia tópica usando eletromiografia em todos os pacientes. Resultados: O tempo médio de acompanhamento pós-injeção de bupivacaína e o desvio médio na posição primária foram de 17 ± 2 meses e 21,3 dioptrias de prisma, respectivamente. As alterações médias no alinhamento ocular, aumento da área da secção transversal no músculo injetado e aumento volumátrico foram de 7,7 PD, 12% e 17% no primeiro ano pós-injeção, respectivamente. Nenhuma complicação grave ou persistente foi observada. Ptose e midríase foram observadas após a injeção devido ao efeito anestésico da bupivacaína, mas desapareceram dentro de duas horas após a injeção. Conclusões: A injeção de bupivacaína melhorou o alinhamento dos olhos no estrabismo comitante horizontal de pequeno ângulo, efetivamente diagnosticado com ressonância magnética orbital para avaliar as alterações volumétricas dos músculos extraoculares. Outros estudos clínicos, com maior número de pacientes devem ser realizados para definir dosagens, concentração, método de aplicação e a relação dose-resposta.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To report the outcomes of bupivacaine injection for the treatment of comitant horizontal strabismus and evaluate clinical effectiveness and associated radiological changes. Methods: This prospective observational clinical study was conducted on 10 patients with comitant horizontal strabismus of up to 40 prism diopters. Ophthalmologic examinations and three-dimensional orbital magnetic resonance imaging were performed pre and post-injection (at first, third, and 12th months). A 4.5 ml of 0.5% bupivacaine was injected into the extraocular muscle under topical anesthesia using an electromyography in all patients. Results: The mean follow-up time at post bupivacaine injection and mean deviation at primary position were was 17 ± 2 months and 21.3 prism diopters, respectively. The mean changes in ocular alignment, enlargement of the cross-sectional area in the injected muscle, and volumetric enlargement were 7.7 PD, 12%, and 17% at the first year post-injection, respectively. No severe or persistent complication was observed. Ptosis and mydriasis were noted post-injection due to the anesthetic effects of bupivacaine but disappeared within 2 h post-injection. Conclusions: Bupivacaine injection improved eye alignment in small-angle horizontal comitant strabismus, effectively diagnosed with orbital magnetic resonance imaging to evaluate volumetric changes of the extraocular muscles. Further clinical studies with larger numbers of patients should be performed to define optimal dosages, concentration, and application method and dose-response relationship.
  • Comparação a longo prazo da eficácia de browpexy interna ou externa associada à blefaroplastia Original Article

    Kaderli, Ahmet; Katircioglu, Yasemin; Ozdemir, Evin Singar; Kaderli, Sema Tamer

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a comparação, a longo prazo, da eficácia quantitativa da sobrancelha interna e externa em combinação com a blefaroplastia da pálpebra superior com base nas posições lateral e central da sobrancelha. Métodos: Este estudo retrospectivo avaliou as cirurgias interna e externa da braquiterapia com blefaroplastia de pálpebra superior realizadas entre janeiro de 2012 e dezembro de 2017 no setor de cirurgia Oculoplástica de nosso hospital. Pacientes submetidos à cirurgia periorbitária e frontal, com doenças oftalmológicas ou neurológicas e usuários de Botox não foram incluídos no estudo. Medidas pré e pós-operatórias foram feitas em fotografias tiradas na mesma posição. Foram medidas as distâncias do centro da pupila e do ponto de intersecção entre a linha horizontal que passa pela pupila e a linha vertical que passa pelo canto lateral do olho até as bordas superiores da sobrancelha. A análise fotogramétrica da posição da sobrancelha foi analisada usando o software Corel Draw. Resultados: Foram analisadas fotografias pré e pós-operatórias de 70 pálpebras. As medidas foram feitas 24 meses após a cirurgia. Elevações médias de 2,10 e 3,19 mm foram observadas na região central e laterais, respectivamente, no grupo de sobrancelha interna. Essas elevações foram de 2,66 e 3,03 mm no grupo da sobrancelha externa e 0,48 e 0,55 mm no grupo controle (p=0,126, p=0,25). A sobrancelha interna e externa apresentou valores de elevação estatisticamente semelhantes nas regiões central e lateral (p=0,636, p=0,342). Conclusões: Cirurgia de sobrancelha externa e interna proporcionam elevações adequadas e semelhantes nas sobrancelhas central e lateral que foram significativamente diferentes daqueles no grupo de blefaroplastia padrão no acompanhamento a longo prazo.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To perform a long-term comparison of the quantitative efficacy of internal and external browpexy in combination with upper-lid blepharoplasty based on lateral and central eyebrow positions. Methods: This retrospective study evaluated internal and external browpexy with upper-lid blepharoplasty surgeries that were performed during the period between January 2012 and December 2017 in the oculoplastic surgery department of our hospital. Patients who had undergone periorbital and forehead surgery, who had ophthalmologic or neurological diseases, and who were Botox users were not included in the study. Preoperative and postoperative measurements were made on photographs taken in the same position. The distances from the pupil center and from the point of intersection between the horizontal line passing through the pupil and the vertical line passing through the lateral canthus to the upper eyebrow borders were measured. Photogrammetric analysis of eyebrow position was analyzed using Corel Draw software. Results: Preoperative and postoperative photographs of 70 eyelids were analyzed. Measurements were taken 24 months after surgery. Mean elevations of 2.10 and 3.19 mm were observed in the central region and lateral regions, respectively, in the internal browpexy group. These elevations were 2.66 and 3.03 mm in the external browpexy group and 0.48 and 0.55 mm in the control group. Eyebrow elevations in the central and lateral regions were not significantly different from baseline in the control group (p=0.126 and p=0.25). Internal and external browpexy showed statistically similar elevation values in the central and lateral regions (p=0.636 and p=0.342). Conclusions: External and internal browpexy surgery afforded adequate and similar elevations of the central and lateral brow, which were significantly different from those in the standard blepharoplasty group during long-term follow-up.
  • Alterações dinâmicas de periostina e colágeno I na esclera durante miopia progressiva em cobaias Original Article

    Jiang, Bo; Shi, Chun-Sheng

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Investigar a expressão da periostina e do colágeno I durante o remodelamento escleral em olhos míopes e determinar seu papel na remodelação do colágeno da esclera miópica. Métodos: Cinquenta cobaias com uma semana de idade foram divididas em grupo controle e miopia de privação de forma. Os olhos dos animais no grupo de miopia de privação de forma foram cobertos por 2, 4 e 8 semanas, ou foram cobertos por 4 semanas e depois descobertas por 2 semanas. As dioptrias e comprimentos axiais dos olhos em cada grupo de cobaias foram medidos. A imunohistoquímica e a reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa foram utilizadas para detectar as expressões relativas de proteína e mRNA de periostina e colágeno I em tecidos esclerais das cobaias. Resultados: Antes do mascaramento, as cobaias nos grupos controle e miopia de privação de forma eram hipermetrópicas e não diferiam significativamente (p>0,05). A refração hipermetrópica no grupo controle diminuiu gradualmente. Nas cobaias do grupo de miopia de privação de forma, a potência de refração mudou gradualmente de +2,14 ± 0,33 D para -7,22 ± 0,51 D e o comprimento axial mudou gradualmente de 5,92 ± 0,37 mm para 8,05 ± 0,34 mm desde antes até o final do mascaramento. Antes do mascaramento, nenhuma diferença significativa foi observada nos níveis de expressão de mRNA e proteína de colágeno I e periostina na esclera dos grupos controle e miopia de privação de forma (p>0,05). Os níveis relativos de expressão de colágeno I e proteína periostina e mRNA na esclera de cobaias no grupo de miopia de privação de forma em 2, 4 e 8 semanas, e após cobertura dos olhos por 4 semanas seguido de descoberta por 2 semanas, foram significativamente menores que aqueles no grupo controle (p<0,05). Os níveis de expressão de mRNA, colágeno I e proteína periostina foram positivamente correlacionados com os níveis de expressão de proteína na esclera das cobaias (proteína: r=0,936, p<0,05; mRNA: r=0,909, p<0,05). Conclusões: A periostina foi expressa na esclerótica míope de cobaias e as alterações na expressão de periostina e colágeno I foram altamente consistentes. A periostina e o colágeno I podem estar envolvidos na regulação do remodelamento escleral na miopia.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To investigate periostin and collagen I expression during a scleral remodeling in myopic eyes and to determine their role in collagen remodeling of the myopic sclera. Methods: Fifty one-week-old guinea pigs were divided into the control and form-deprivation myopia (FDM) groups. The eyes of animals in the form-deprivation myopia group were covered for 2, 4, and 8 weeks, or were covered for 4 weeks and then uncovered for 2 weeks. The diopters and axial lengths in the eyes in each group of guinea pigs were measured. Immunohistochemistry and reverse transcription polymerase chain reaction were used to detect the relative protein and mRNA expressions of periostin and collagen I in the scleral tissues of guinea pig. Results: Before masking, guinea pigs in the control and form-deprivation myopia groups were hypermetropic and did not differ significantly (p>0.05). Hypermetropic refraction in the control group gradually decreased. In guinea pigs from the form-deprivation myopia group, the refractive power gradually changed from +2.14 ± 0.33 D to -7.22 ± 0.51 D, and the axial length gradually changed from 5.92 ± 0.37 mm to 8.05 ± 0.34 mm from before until the end of masking. Before covering, no significant difference was observed in the relative collagen I and periostin mRNA and protein expression levels in the sclera of the guinea pig control and form-deprivation myopia groups (p>0.05). The relative collagen I and periostin protein and mRNA expression levels in the sclera of guinea pigs in the form-deprivation myopia group at 2, 4, and 8 weeks, and after covering the eyes for 4 weeks followed by uncovering for 2 weeks, were significantly lower than those in the control group (p<0.05). The collagen I and periostin mRNA expression levels were positively correlated with protein expression levels in the sclera of guinea pigs (protein: r=0.936, p<0.05; mRNA: r=0.909, p<0.05). Conclusions: Periostin was expressed in the myopic sclera of guinea pigs, and changes in periostin and collagen I expression were highly consistent. Periostin and collagen I may be involved in the regulation of scleral remodeling in myopia.
  • Mapeamento da espessura e do volume da córnea em pacientes com Síndrome de Down: estudo comparativo de base populacional Original Article

    Hashemi, Hassan; Makateb, Ali; Mehravaran, Shiva; Fotouhi, Akbar; Shariati, Fereshteh; Asgari, Soheila

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Medir a espessura corneana central e periférica e se4u volume de acordo com a idade e gênero em pacientes com idades entre 10 e 30 anos com síndrome de Down e em indivíduos saudáveis sem síndrome de Down. Métodos: No estudo 202 olhos normais direitos de pacientes com síndrome de Down e 190 olhos direitos de indivíduos sem síndrome de Down e médias comparadas usando o teste t de amostras independentes e modelos de regressão linear múltipla. As variáveis medidas incluíram a espessura da córnea apical, a espessura mínima da córnea, a espessura média dos anéis a 2 mm (R2), 3 mm (R3) e 4 mm (R4), o volume corneano nas zonas centrais nos diâmetros de de 2, 3, 4 e 10mm, a espessura relacional de Ambrosio e os índices de progressão paquimétrica. Resultados: A idade média dos participantes foi de 16,99 ± 4,70 e 17,22 ± 4,54 anos (p=0,636). As médias ± DP foram 516,7 ± 33,0 e 555,7 ± 33,1 µm nas espessuras da córnea apical, 508,0 ± 33,5 e 549,0 ± 40,6 µm para espessura mínima da córnea, 543,0 ± 33,9 e 588,4 ± 33,8 µm nos R2, 584,9 ± 35,6 e 637,0 ± 34,5 µm para R3, 646,9 ± 38,5 e 707,6 ± 37,1 µm para R4, 396,4 ± 102,3 e 462,7 ± 96,2 µm 0,18 para os índices máximos de progressão paquimétrico, 1,62 ± 0,11 mm3 e 1,74 ± 0,11 mm3 para o volume corneano a 2 mm, 3,73 ± 0,24 mm3 e 4,01 ± 0,24 mm3 para o volume corneano a 3 mm, 6,76 ± 0,44 mm3, 7,30 ± 0,43 mm3 para o volume corneano a 4 mm e 57,03 ± 3,44 mm3 e 61,51 ± 3,40 mm3 para o volume corneano total nos grupos com Síndrome de Down e controle, respectivamente (todos p<0,001). Todos os índices acima foram inversamente relacionados à idade mas não ao gênero. A espessura relacional de Ambrosio máxima e o índice de progressão paquimétrico máximo foram independentes da idade e do gênero. Conclusão: Os pacientes sem ceratocone com Síndrome de Down apresentaram córneas finas com distribuição homogênea. Portanto, os intervalos de referência da espessura e volume da córnea devem ser redefinidos para essa população de pacientes.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To measure the central-to-peripheral corneal thickness and its volume according to age and gender in 10-30-year-old patients with Down syndrome (DS) and in matched individuals without DS. Methods: In the report, 202 normal pattern right eyes of patients with Down syndrome and 190 right eyes of individuals without Down syndrome and compared averages using independent sample t-tests and multiple linear regression models. The measured variables included the apical corneal thickness; the minimum corneal thickness; the average thickness on rings at 2 mm (R2), 3 mm (R3), and 4 mm (R4); the corneal volume in the central zones at 2-, 3-, 4-, and 10-mm diameters; Ambrosio’s relational thickness; and the pachymetric progression indices. Results: The mean age of the participants was 16.99 ± 4.70 and 17.22 ± 4.54 years (p=0.636). The means ± SD were 516.7 ± 33.0 and 555.7 ± 33.1 µm for apical corneal thicknesses, 508.0 ± 33.5 and 549.0 ± 40.6 µm for minimum corneal thicknesses, 543.0 ± and 588.4 ± 33.8 µm for R2s, 584.9 ± 35.6 and 637.0 ± µm for R3s, 646.9 ± 38.5 and 707.6 ± 37.1 µm for R4s, 396.4 ± 102.3 and 462.7 ± 96.2 µm for Ambrosio’s relational thicknesses, 1.36 ± 0.37 and 1.22 ± 0.18 for pachymetric progression index maximums, 1.62 ± 0.11 and 1.74 ± 0.11 mm3 for corneal volume at 2 mm, 3.73 ± 0.24 and 4.01 ± 0.24 mm3 for corneal volume at 3 mm, 6.76 ± 0.44 and 7.30 ± 0.43 mm3 for corneal volume at 4 mm, and 57.03 ± 3.44 and 61.51 ± 3.40 mm3 for total corneal volume in the Down syndrome and control groups, respectively (all p<0.001). All the above indices were inversely related to age, but not to gender. Ambrosio’s relational thickness maximum and the pachymetric progression index maximum were independent of age and gender. Conclusion: Non-keratoconic patients with Down syndrome had thin corneas with a homogeneous distribution. Therefore, the reference ranges of cornea thickness and volume should be re-defined for this patient population.
  • Termografia infravermelha na análise da temperatura da superfície ocular após facoemulsificação Original Article

    Modrzejewska, Anna; Cieszyński, Łukasz; Zaborski, Daniel; Parafiniuk, Mirosław

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Este artigo descreve observações sobre mudanças na temperatura da superfície da córnea, olho e cavidade orbital após a cirurgia de catarata. Métodos: 39 pacientes, previamente submetidos à cirurgia de catarata com base em facoemulsificação, foram incluídos no estudo. A temperatura foi medida no centro da córnea, na superfície do olho e nas cavidades orbitárias, com câmera de imagem térmica FLIR T640 nos dias -1, 14 e 28 após a facoemulsificação da catarata e comparada aos valores basais pré-operatórios. Resultados: Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas apenas para o valor médio da temperatura superficial mediana da cavidade orbital 14 dias após a cirurgia de catarata, em comparação com a temperatura pré-operatória (p£0,05). A análise revelou uma tendência decrescente na temperatura das áreas investigadas, com a maior diminuição no 14º dia após a cirurgia, seguida por um aumento de temperatura comparável à medida antes da cirurgia no dia 28 após a cirurgia. Conclusões: A temperatura da superfície ocular após a cirurgia de catarata dimimuiu gradativamente até o final do acompanhamento pós-operatório. A queda de temperatura pode estar associada ao aumento da instabilidade do filme lacrimal. Cerca de um mês após a cirurgia de catarata, a temperatura superficial ocular foi comparável à temperatura medida antes da cirurgia. A temperatura superficial ocular não aumentou após a cirurgia de catarata, sugerindo que não houve aumento significativo na reação inflamatória. Houve uma tendência de correlação negativa entre a idade e a temperatura da superfície ocular. Devido ao aumento da instabilidade do filme lacrimal após a facoemulsificação, deve-se considerar informar o paciente sobre a possibilidade de sintomas clínicos da síndrome do olho seco durante o primeiro mês após a cirurgia.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: In this study, we present our observations on changes in the surface temperature of the cornea, eye, and orbital cavity after cataract surgery. Methods: A total of 39 patients who underwent cataract surgery based on phacoemulsification were enrolled. Temperature was measured at the center of the cornea, on the eye surface, and in orbital cavities using the FLIR T640 thermal imaging camera at days 1, 14, and 28 after cataract phacoemulsification and compared with preoperative baseline values. Results: The mean value of ocular surface temperature of the orbital cavity 14 days after cataract surgery was significantly different compared with the preoperative temperature (p£0.05). Temperature of the investigated areas showed a reduction, with the greatest decrease on day 14 after surgery, followed by an increase on day 28 after surgery, which was comparable to the temperature measured prior to surgery. Conclusions: The reduction in ocular surface temperature toward the end of post-cataract surgery follow-up may be associated with increased instability of the tear film after phacoemulsification. Therefore, patient awareness regarding the possibility of clinical symptoms of dry eye syndrome during the first month after surgery should be part of clinical management of cataract surgery. Ocular surface temperature did not increase after cataract surgery, suggesting the absence of significant inflammation, and the temperature about 1 month after cataract surgery was comparable to that before surgery. Nevertheless, the negative correlation between age and ocular surface temperature should be of concern in the elderly.
  • Custos e resultados facoemulsificação na cirurgia de catarata realizada por médicos residentes Original Article

    Saad Filho, Roberto; Moreto, Renata; Nakaghi, Ricardo Okada; Haddad, William; Coelho, Roberto Pinto; Messias, André

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Descrever os custos e resultados da facoemulsificação na cirurgia de catarata realizada por médicos residentes de oftalmologia. Métodos: Foram obtidos prontuários médicos de pacientes operados em 2011 por residentes do terceiro ano (R3) usando facoemulsificação (n=576). Nossa estimativa de despesas incluiu os custos profissionais e hospitalares (taxas, materiais, medicamentos e equipamentos). Os desfechos do estudo incluíram acuidade visual corrigida por óculos pré-operatória e 6 meses após a cirurgia, taxa de complicações intraoperatórias e número total de visitas pós-operatórias. Nós comparamos as variáveis de resultados com procedimentos extracapsulares de extração de catarata (n=274) realizados por residentes R3 em 1997. Resultados: O custo médio da facoemulsificação foi US$ 416, enquanto uma estimativa geral indicou o custo da extração de catarata extracapsular seria de US$ 284 (em 3 de dezembro de 2011). A acuidade visual corrigida por óculos média pré-operatória foi pior na extração de catarata extracapsular (1,73 ± 0,62 logMAR) do que na facoemulsificação (0,74 ± 0,54, p<0,01); a acuidade visual corrigida por óculos média pós-operatória foi melhor na facoemulsificação (0,21 ± 0,36 logMAR) do que na extração de catarata extracapsular (0,63 à facoemulsificação (85%) atingiram acuidade visual corrigida 45% daqueles submetidos à extrações extracapsulares de catarata obtiveram a mesma acuidade visual pós-operatória (p<0,01). A taxa de complicações intraoperatórias foi significativamente maior após extrações de catarata extracapsular (21%) do que após as facoemulsificações (7,6%) (p<0,01) e o número médio de consultas pós-operatórias também foi maior após extração de catarata extracapsular (5,6 ± 2,3) do que após facoemulsificações (4,5 ± 2,4) (p<0,01). Conclusão: Esses dados indicam que a cirurgia de catarata realizada por oftalmologistas em treinamento utilizando facoemulsificação é dispendiosa, mas comparada aos resultados da extração de catarata extracapsular, o ensino da facoemulsificação leva a uma taxa de complicações aproximadamente 3 vezes menor, menor número de consultas pós-operatórias e, mais importante, melhor acuidade visual.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To describe costs and outcomes of phacoemulsification for cataracts performed by ophthalmology residents. Methods: We obtained medical records from patients operated on in 2011 by third year residents (R3) using phacoemulsification (n=576). Our expenses estimation included professionals’ and hospital costs (fees, materials, medications, and equipment). The study outcomes included spectacle-corrected visual acuities before and six months after the operation, rate of intraoperative complications, and total number of postoperative visits. We compared outcome variables with those from extracapsular cataract extraction procedures (n=274) performed by R3 residents in 1997. Results: The mean total cost for phacoemulsification was US$ 416, while an overall estimation indicated the extracapsular cataract extraction cost at US$ 284 (as of December 30, 2011). The mean preoperative spectacle-corrected visual acuity was worse for eyes scheduled for extracapsular cataract extraction (1.73 ± 0.62), than for eyes scheduled for phacoemulsification (0.74 ± 0.54 logMAR) (p<0.01); the mean postoperative visual acuity was better for phacoemulsification (0.21 ± 0.36 logMAR), than for extracapsular cataract extraction (0.63 ± 0.63 logMAR) (p<0.01). Most patients undergoing phacoemulsification (85%) achieved postoperative spectacle-corrected visual acuities ≥0.30 logMAR, while only 45% of those undergoing extracapsular cataract extractions achieved the same postoperative visual acuity (p<0.01). The rate of intraoperative complications was significantly higher after extracapsular cataract extractions (21%) than it was after phacoemulsifications (7.6%) (p<0.01), and the mean number of postoperative visits was also higher after extracapsular cataract extractions (5.6 ± 2.3) than after phacoemulsifications (4.5 ± 2.4) (p<0.01). Conclusion: These data indicate that cataract surgery performed by in-training ophthalmologists using phacoemulsification is expensive, but compared to extracapsular cataract extraction results, teaching phacoemulsification leads to an approximate three-fold lower complication rate, smaller number of postoperative visits and, most importantly, better visual acuities.
  • Implante de Baerveldt versus trabeculectomia como primeira cirurgia fistulizante no glaucoma congênito primário não controlado: ensaio clínico randomizado Original Article

    Rolim-de-Moura, Christiane; Esporcatte, Bruno L. B.; F. Netto, Camila; Paranhos Jr., Augusto

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: O objetivo inicial era comparar a eficácia e a segurança do implante de drenagem e a trabeculectomia em crianças com glaucoma congênito primário após falência de cirurgia angular. Como o estudo foi descontinuado devido à taxa de complicações, o objetivo deste artigo foi descrever os resultados das duas técnicas neste grupo específico. Métodos: Ensaio clínico randomizado, não mascarado, incluindo pacientes com idade de 0 a 13 anos previamente submetidos à goniotomia ou trabeculotomia. Os pacientes, que apresentavam glaucoma não controlado com pressão intraocular ≥21 mmHg em terapia medicamentosa máxima, foram randomizados para o implante de drenagem de Baerveldt 250 mm2 (Grupo Tubo) ou trabeculectomia com mitomicina (grupo TREC). O principal desfecho avaliado foi o controle da pressão intraocular. Sucesso completo (sem medicação ocular hipotensora) e sucesso qualificado (com medicação) foram descritos. A falência foi baseada na pressão intraocular não controlada, presença de complicações sérias, aumento anormal das dimensões oculares e diminuição confirmada da acuidade visual. Resultados: Treze olhos de 13 crianças foram estudados (cinco no grupo Tubo e oito no grupo TREC). Ambos os procedimentos reduziram a pressão intraocular em relação às medidas iniciais após 12 meses da intervenção (grupo Tubo 22.8 ± 5.9 mmHg para 12.20 ± 4.14 mmHg, p=0.0113; grupo TREC, 23.7 ± 7.3 mmHg para 15.6 ± 5.9 mmHg, p=0.0297). Nenhum paciente no grupo Tubo e 37.5% do grupo TREC alcançaram o sucesso completo após 12 meses de acompanhamento (p=0.928, teste qui-quadrado). Dois pacientes (40%) apresentaram sérias complicações no momento da abertura do tubo (extrusão do implante e descolamento de retina). Conclusão: Os dois grupos estudados apresentaram resultados semelhantes quanto ao controle da pressão intraocular, mas o sucesso completo foi mais frequente no grupo da trabeculectomia. Implantes de drenagem não valvulados podem cursar com potenciais complicações visuais no momento da abertura do tubo. Devido ao pequeno tamanho da amostra, não foi possível determinar quaisquer dados de segurança conclusivos em relação à técnica estudada.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: Our initial goal was to compare the efficacy and safety of a glaucoma drainage device and trabeculectomy for children with primary congenital glaucoma after angular surgery failure. However, we discontinued the study due to the rate of complications and wrote this report to describe the results obtained with the two techniques in this particular group. Methods: This was a parallel, non-masked, controlled trial that included patients aged 0-13 years who had undergone previous trabeculotomy or goniotomy and presented inadequately controlled glaucoma with an intraocular pressure ≥21 mmHg on maximum tolerated medical therapy. We randomized the patients to undergo either placement of a 250-mm2 Baerveldt glaucoma implant or mitomycin-augmented trabeculectomy. The main outcome measure was intraocular pressure control. We calculated complete success (without hypotensive ocular medication) and qualified success (with medication) rates. We defined failure as uncontrolled intraocular pressure, presence of serious complications, abnormal increase in ocular dimensions, or confirmed visual acuity decrease. Results: We studied 13 eyes of 13 children (five in the glaucoma drainage device group; eight in the trabeculectomy group). Both surgical procedures produced a significant intraocular pressure reduction 12 months after intervention from the baseline (tube group, 22.8 ± 5.9 mmHg to 12.20 ± 4.14 mmHg, p=0.0113; trabeculectomy group, 23.7 ± 7.3 mmHg to 15.6 ± 5.9 mmHg, p=0.0297). None of the patients in the tube group and 37.5% of those in the trabeculectomy group achieved complete success in intraocular pressure control after 12 months of follow-up (p=0.928, Chi-square test). Two patients (40%) had serious complications at the time of tube aperture (implant extrusion, retinal detachment). Conclusions: Both the tube and trabeculectomy groups presented similar intraocular pressure controls, but complete success was more frequent in the trabeculectomy group. Non-valved glaucoma drainage devices caused potentially blinding complications during tube opening. Because of the small sample size, we could not draw conclusions as to the safety data of the studied technique.
  • Uso de óculos de natação afeta a morfologia da córnea em olhos ceratocônicos? Original Article

    Ulusoy, Döndü Melek; Duru, Zeynep

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Um aumento transitório significativo da pressão intraocular em indivíduos usando óculos de natação foi demonstrado em estudos anteriores. Esses achados sugerem que o uso de óculos de natação pode representar um fator de risco significativo para o agravamento dos parâmetros corneanos em pacientes com ceratocone que nadam regularmente. O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros corneanos em pacientes com ceratocone após o uso de óculos de natação. Métodos: Foram realizados exames oftalmológicos completos em 74 olhos de 37 pacientes com ceratocone. As medidas dos valores de ceratometria frontal da córnea (Kflat, Ksteep e Kmax), espessura corneana central, espessura apical da córnea, espessura corneana mais fina, volume da córnea, volume da câmara anterior, profundidade da câmara anterior e ângulo iridocorneano foram realizados em ambulatórios usando câmera Pentacam® Scheimpflug (Oculus, Wetzlar, Alemanha) antes dos pacientes usarem óculos de natação por 1, 10 e 20 min. Um valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Os valores médios de antes e após o uso de óculos de natação por 1, 10 e 20 min foram: 52,72 ± 5,36, 52,64 ± 5,52, 52,62 ± 5,38 e 52,22 ± 4,86, respectivamente (p=0,257). Os valores médios do (antes e após o uso de óculos de natação por 1, 10 e 20 min foram: 46,01 ± 3,17, 46,09 ± 3,17, 46,06 ± 3,26 e 46,04 ± 3,17, respectivamente (p=0,426). Os valores médios de antes e após o uso de óculos de natação por 1, 10 e 20 min foram: 49,02 ± 3,56, 49,06 ± 3,61, 49,08 ± 3,62 e 49,07 ± 3,61, respectivamente (p=0,750). Nenhum outro parâmetro da córnea apresentou alterações após o uso de óculos de natação (p>0,05). No entanto, o volume da câmara anterior diminuiu acentuadamente após o uso de óculos de natação (p<0,001). Conclusões: Esses achados sugerem que o uso de óculos de natação a curto prazo não aumenta o risco de piora dos parâmetros corneanos em pacientes com ceratocone.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: A significant transient increase in intraocular pressure in individuals wearing swimming goggles has been demonstrated in previous studies. These findings suggested that wearing swimming goggles could represent a significant risk factor for worsening of corneal parameters in patients with keratoconus who swim regularly. The aim of this study was to investigate corneal parameters in patients with keratoconus after wearing swimming goggles. Methods: Comprehensive ocular examinations were performed on 74 eyes of 37 patients with keratoconus. Measurements of the corneal front keratometry values (Kflat, Ksteep, and Kmax), central corneal thickness, corneal apex thickness, thinnest corneal thickness, corneal volume, anterior chamber volume, anterior chamber depth, and iridocorneal angle were performed in outpatient clinics using a Pentacam® Scheimpflug camera (Oculus, Wetzlar, Germany) before the patients wore swimming goggles and after they wore swimming goggles for 1, 10, and 20 min. A p-value of <0.05 was regarded as statistically significant. Results: The average values before and after wearing swimming goggles for 1, 10, and 20 min were 52.72 ± 5.36, 52.64 ± 5.52, 52.62 ± 5.38, and 52.22 ± 4.86, respectively (p=0.257). The average values before and after wearing swimming goggles for 1, 10, and 20 min were 46.01 ± 3.17, 46.09 ± 3.17, 46.06 ± 3.26, and 46.04 ± 3.17, respectively (p=0.426). The average values before and after wearing swimming goggles for 1, 10, and 20 min were 49.02 ± 3.56, 49.06 ± 3.61, 49.08 ± 3.62, and 49.07 ± 3.61, respectively (p=0.750). No other corneal parameters showed changes after wearing swimming goggles (p>0.05). However, the anterior chamber volume markedly decreased after wearing swimming goggles (p<0.001). Conclusions: These findings suggested that the short-term use of swimming goggles does not increase the risk of corneal parameter worsening in patients with keratoconus.
  • Mitomicina tópica em sondagem endoscópica assistida para tratar obstrução congênita do ducto nasolacrimal em crianças mais velhas Original Article

    Galindo-Ferreiro, Alicia; Khandekar, Rajiv; Akaishi, Patricia Mitiko; Cruz, Antonio Augusto Velasco; Galvez-Ruiz, Alberto; Dolmetsch, Angela; Schellini, Silvana Artioli

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: A mitomicina C tem sido usada em cirurgia oftálmica para reduzir cicatrizes pós-operatórias. Entretanto, os resultados da sondagem endoscópica assistida para o tratamento da obstrução congênita do ducto nasolacrimal com mitomicina C adjuvante em crianças permanecem desconhecidos. Nosso estudo teve como objetivo avaliar a eficácia e a segurança da aplicação da mitomicina C após a sondagem endoscópica assistida para o tratamento da obstrução congênita do ducto nasolacrimal em crianças. Métodos: Trata-se de uma revisão retrospectiva de prontuários, realizads em um hospital terciário de oftalmologia, envolvendo crianças com obstrução congênita do ducto nasolacrimal, submetidas à sondagem endoscópica de Outubro de 2013 a Agosto de 2015. Comparamos crianças submetidas à sondagem endoscópica com mitomicina C (grupo mitomicina C) versus outros que foram submetidos à sondagem endoscópica sem mitomicina C (grupo de sondagem endoscópica). O grupo mitomicina C recebeu 0,2 mg/ml em 4 min para o óstio do ducto nasolacrimal usando um aplicador de ponta de algodão imediatamente após a sondagem. A sondagem foi considerada bem-sucedida quando as queixas de lacrimejamento dos pacientes foram reduzidas ou os resultados do teste de desaparecimento do corante foram normais. Dados demográficos, sinais clínicos, variáveis intra e pós-operatórias foram correlacionados com a taxa de sucesso. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 68 vias lacrimais. A maioria das crianças apresentava obstrução bilateral e sem histórico prévio de sondagem. A média de idade dos pacientes era de aproximadamente 4 anos. A maioria das obstruções foi considerada complexa. As taxas de sucesso foram altas nos dois grupos (p>0.05). Não houve efeitos adversos relacionados ao uso da mitomicina C (p>0.05). Conclusões: Apesar a mitomicina C não tenha efeitos adversos quando aplicada à abertura do ducto nasolacrimal, seu uso após sondagem lacrimal no tratamento da obstrução congênita do ducto nasolacrimal não melhora a chance de sucesso.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: Mitomycin C has been used in ophthalmic surgery to mitigate postoperative scarring. However, the outcomes of endoscopic-assisted probing for the treatment of congenital nasolacrimal duct obstruction with adjunctive mitomycin C in children remain unknown. Our study was aimed to evaluate the efficacy and safety of adjunctive application of mitomycin C after endoscopic-assisted probing for the treatment of congenital nasolacrimal duct obstruction in children. Methods: This is a retrospective chart review performed in a tertiary eye care hospital involving children with congenital nasolacrimal duct obstruction, who underwent endoscopic-assisted probing from October 2013 to August 2015. We compared children who underwent endoscopic-assisted probing with mitomycin C (mitomycin C group) versus others who underwent endoscopic-assisted probing without mitomycin C (endoscopic-assisted probing group). The mitomycin C group received 0.2 mg/ml within 4 min to the nasolacrimal duct ostium using a cotton tip applicator immediately after probing. Probing was considered successful when patient complaints of tearing were reduced or the results of the dye disappearance test were normal. Demographic data, clinical features, and intraoperative and postoperative variables were correlated to the success rate. Results: The study sample comprised 68 lacrimal vies. The majority of children had bilateral obstruction and no previous history of probing. The mean age of the patients was approximately 4 years. Most obstructions were considered complex. The success rates were high in both groups (p>0.05). There were no adverse events related to the use of mitomycin C (p>0.05). Conclusions: Although mitomycin C has no adverse effects when applied to the opening of the nasolacrimal duct, its use after lacrimal probing for the treatment of congenital nasolacrimal duct obstruction does not improve the chance of success.
  • Ponto lacrimal duplo pode ter apresentações clínicas diferentes Letters

    Ucar, Ipek Cigdem; Karadag, Remzi

    Resumo em Português:

    RESUMO Neste artigo, descrevemos dois pacientes adultos que apresentaram punção lacrimal dupla: um deles assintomático e diagnosticado incidentalmente, e o outro queixava-se de epífora. Nos dois pacientes, unilateralidade, preferência pela pálpebra inferior e posição medial pelo ponto normal foram características comuns do ponto acessório. No paciente assintomático, a irrigação não revelou obstrução no ponto ou no sistema de drenagem nasolacrimal. No entanto, o sistema de drenagem nasolacrimal do outro paciente exibiu obstrução. Portanto, a cirurgia de dacriocistorrinostomia e a intubação com tubo de silicone foram realizadas com sucesso. O ponto lacrimal duplo pode ser associado à epífora ou ao olho seco. Essas manifestações podem ser facilmente esquecidas em um exame de rotina. Queremos enfatizar que a epífora unilateral dos sintomas de olho seco pode estar relacionada ao sistema de ponto ou canalicular supranumerário e pode ser facilmente diagnosticada com eversão de pálpebra.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT In this paper, we describe two adult patients who presented with double lacrimal puncta: one of them was asymptomatic and incidentally diagnosed, and the other complained of epiphora. In both patients, unilaterality, preference for the lower lid, and location medial to the normal punctum were common features of the accessory punctum. In the asymptomatic patient, irrigation revealed no obstruction in the punctum or the nasolacrimal drainage system. By contrast, the other patient’s nasolacrimal drainage system exhibited obstruction. Therefore, dacryocystorhinostomy surgery and silicone tube intubation were successfully performed. Double lacrimal puncta may be associated with epiphora or dry eye. These manifestations can easily be missed in a routine examination. This report was written to emphasize that unilateral epiphora of dry eye symptoms may be related to supernumerary punctum or canalicular systems and can easily be diagnosed with lid eversion.
  • Alterações oftalmológicas na cutis marmorata telangiectásica congênita: uma série de casos Letters

    Makita, Lana Sayuri; Muniz, Bernardo Carvalho; Medina, Flávio Mac Cord

    Resumo em Português:

    RESUMO A Cutis marmorata telangiectasica congênita é uma desordem vascular cutânea rara que pode estar associada a diferentes manifestações sistêmicas, como assimetria corporal, alterações cutâneas, oftalmológicas, vasculares e neurológicas. Descrevemos alterações oftalmológicas encontradas em três pacientes com cutis marmorata telangiectasia congênita, destacando as raras manifestações retinianas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Cutis marmorata telangiectasia congenita is a rare cutaneous vascular disorder that may be associated with different systemic manifestations like body asymmetry, cutaneous, ophthalmologic, vascular, and neurological manifestations. We describe ophthalmologic alterations found in three patients with cutis marmorata telangiectatica congenita highlighting the rare retinal manifestations.
  • Implante intravítreo de dexametasona nas lentes do cristalino: um relato de caso Letters

    Ertan, Elif; Duman, Reşat; Duman, Rahmi; Doğan, Mustafa

    Resumo em Português:

    RESUMO Este estudo descreve os efeitos terapêuticos e os resultados de uma injeção acidental de implante intralenticular de dexametasona de liberação sustentada (Ozurdex®) em três pacientes com edema macular diabético. Todos os três pacientes foram submetidos a injeções acidentais de implantes intravítreos de dexametasona de liberação sustentada na lente do cristalino pelo mesmo cirurgião. Após a injeção acidental de Ozurdex® na lente do cristalino, observou-se uma redução notável no edema macular e uma melhora na acuidade visual, sugerindo que um resultado positivo pode ser alcançado sem cirurgia imediata.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT This report describes the therapeutic effects and outcomes of an accidental injection of an intralenticular sustained-release dexamethasone implant (Ozurdex®) in three patients with diabetic macular edema. All three patients underwent accidental injections of sustained-release intravitreal dexamethasone implants into the crystalline lens by the same surgeon. After the accidental injection of Ozurdex® into the crystalline lens, a remarkable reduction in the macular edema and an improvement in visual acuity were observed, suggesting that a positive outcome can be achieved without immediate surgery.
  • Injeção não intencional de implante de dexametasona no cristalino: relato de caso, acompanhamento e desfecho Letters

    Cervantes, Andrés Lisker; Crim, Nicolás; García-Arroyo, Santiago; Morales-Cantón, Virgilio; Montoya, Raúl Velez

    Resumo em Português:

    RESUMO O implante intravítreo de dexametasona é um sistema anti-inflamatório de liberação sustentada que libera 0,7 mg de dexametasona na cavidade vítrea. O relato de caso a seguir descreve uma complicação rara: injeção acidental do implante de Dexametasona no cristalino. Uma mulher de 73 anos foi diagnosticada com oclusão da veia central da retina e edema macular cistóide. O tratamento inicial incluiu três doses intravítreas mensais de tratamento com fator de crescimento endothelial anti-vascular, que não tiveram sucesso. O tratamento foi então mudado para um implante intravítreo de dexametasona. Dez semanas depois, o implante foi observado no córtex posterior do cristalino. Como não houve melhora, a paciente foi submetida à cirurgia de facoemulsificação, durante a qual parte do cristalino migrou para a cavidade vítrea. Portanto, foi realizada vitrectomia completa via pars plana 23-gauge com administração de aflibercepte intravítreo durante a cirurgia. Lesões no cristalino devido a implantes intravítreos de dexametasona são uma complicação rara e geralmente resulta do procedimento de injeção. Abordagens cirúrgicas ou conservadoras imediatas devem ser consideradas caso a caso.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT The intravitreal dexamethasone implant is a sustained-release anti-inflammatory drug system that releases 0.7 mg of dexamethasone into the vitreous cavity. The following case report describes a rare complication: accidental injection of the dexamethasone implant into the crystalline lens. A 73-year-old woman was diagnosed with central retina vein occlusion and cystoid macular edema. Initial tSreatment included three monthly intravitreal doses of anti-vascular endothelial growth factor treatment, which was not successful. Treatment was then modified to an intravitreal dexamethasone implant. Ten weeks later, the implant was observed in the posterior cortex of the crystalline lens. Because no improvement had occurred, the patient underwent phacoemulsification surgery, during which part of the lens migrated into the vitreous cavity. Therefore, 23-gauge pars plana complete vitrectomy was performed with trans-surgical administration of intravitreal aflibercept. Crystalline lens injury due to an intravitreal dexamethasone implant is a rare complication and typically results from the injection procedure. Immediate surgical or conservative approaches should be considered on an individual basis.
  • COVID-19 e o olho: quanto sabemos realmente? Uma revisão das melhores evidências Review Article

    Emparan, Juan Pablo Olivares-de; Sardi-Correa, Carolina; López-Ulloa, Juan Alberto; Viteri-Soria, Jaime; Penniecook, Jason A.; Jimenez-Román, Jesús; Lansingh, Van C.

    Resumo em Português:

    RESUMO Identificar e classificar as informações disponíveis sobre o COVID-19 e o tratamento oftalmológico de acordo com o nível de evidência, dentro de quatro tópicos principais de interesse: evidência do vírus nas lágrimas e na superfície ocular, infecção pela via conjuntival, manifestações oculares e recomendações de melhores práticas. Foi realizada uma revisão estruturada no PubMed, ScienceDirect, LILACS, SciELO, Biblioteca Cochrane e Google Scholar no COVID-19 e oftalmologia. A planilha de Níveis de Evidência 2011 do Oxford Centre for Evidence Based Medicine 2011 foi usada para avaliações de qualidade. Mil e dezoito itens foram identificados na busca; Foram incluídos 26 registros na síntese qualitativa, que incluiu 6 revisões de literatura, 10 séries de casos ou estudos transversais, 4 relatos de casos e 6 descrições de intervenções. Dezessete dos 26 registros (65%) foram classificados como nível 5 no sistema de classificação da metodologia Oxford CBME, o restante foi no nível 4. As evidências geradas no COVID-19 e na oftalmologia até o momento são limitadas, embora isso seja compreensível dadas as circunstâncias. Tanto a possível presença de partículas virais em lágrimas e conjuntiva quanto o potencial de transmissão conjuntival permanecem controversos. As manifestações oculares não são frequentes e podem se assemelhar a infecção viral da superfície ocular. A maioria das recomendações baseia-se nas estratégias implementadas pelos países asiáticos durante surtos anteriores de coronavírus. Há necessidade de estudos aprofundados avaliando essas estratégias no cenário da SARS-CoV-2. Enquanto isso, os planos para a aplicação dessas medidas devem ser implementados com cautela, levando em consideração o contexto de cada país e submetidos a auditorias periódicas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT To identify and classify available information regarding COVID-19 and eye care according to the level of evidence, within four main topics of interest: evidence of the virus in tears and the ocular surface, infection via the conjunctival route, ocular manifestations, and best practice recommendations. A structured review was conducted in PubMed, ScienceDirect, LILACS, SciELO, the Cochrane Library and Google Scholar on COVID-19 and ophthalmology. The Oxford Centre for Evidence Based Medicine 2011 Levels of Evidence worksheet was used for quality assessments. 1018 items were identified in the search; 26 records were included in the qualitative synthesis, which encompassed 6 literature reviews, 10 case series or cross-sectional studies, 4 case reports, and 6 intervention descriptions. Seventeen out of 26 records (65%) were categorized as level 5 within the Oxford CBME methodology grading system, the rest were level 4. The evidence generated on COVID-19 and ophthalmology to date is limited, although this is understandable given the circumstances. Both the possible presence of viral particles in tears and conjunctiva, and the potential for conjunctival transmission remain controversial. Ocular manifestations are not frequent and could resemble viral infection of the ocular surface. Most recommendations are based on the strategies implemented by Asian countries during previous coronavirus outbreaks. There is a need for substantive studies evaluating these strategies in the setting of SARS-CoV-2. In the meantime, plans for applying these measures must be implemented with caution, taking into account the context of each individual country, and undergo regular evaluation.
  • Mecanismos e candidatos a biomarcadores no desenvolvimento do pterígio Letters To The Editor

    Martins, Thiago Gonçalves dos Santos; Martins, Thomaz Gonçalves dos Santos
  • Diminuição do volume médio de plaquetas e aumento da relação plaquetas/linfócitos em pacientes com pterígio Letters To The Editor

    Kιlιç, Raşit; Kurt, Ali
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