Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Volume: 30 Suplemento 2, Publicado: 2008
  • Encontro anual da AIBE na Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia Editorials

    Ruiz, Milton A.
  • 7º Encontro da Associação Ítalo-Brasileira de Hematologia Editorials

    Santini, Gino; Chisesi, Teodoro; Souza, Cármino A. de
  • Novos conhecimentos da fisiopatologia do mieloma múltiplo: o papel do microambiente medular Articles

    Giuliani, Nicola; Rizzoli, Vittorio

    Resumo em Português:

    O mieloma múltiplo (MM) é uma doença maligna das células plasmáticas caracterizada pelo acúmulo de células plasmáticas na medula óssea (MO). As células do MM interagem com o microambiente e induzem modificações patológicas que, por seu turno, propiciam o crescimento e a sobrevida das células do MM. O microambiente da MO consiste de várias proteínas da matriz extracelular e de componentes hematopoéticos: células-tronco, progenitoras e precursoras, células imunes, eritrocitárias, estromais, endoteliais. Possuem também osteoclastos e osteoblastos capazes de secreção de fatores de crescimento das células do MM. A direta interação das células mielomatosas com o microambiente e a secreção de citocinas ativam cascatas sinalizadoras que mediam o crescimento, sobrevida, resistência a drogas e a migração destas células assim como a osteoclastogênese e a angiogênese. Neste artigo explicitamos novas evidências e as bases da interação das células mielomatosas e as células medulares e o provável papel dos osteoclastos e dos osteoblastos na fisiopatologia do MM.

    Resumo em Inglês:

    Multiple myeloma (MM) is a plasma cell malignancy characterized by the accumulation of malignant plasma cells within the bone marrow (BM). MM cells interact with the microenvironment and induce pathological modifications that in turn support the growth and survival of MM cells. The BM microenvironment consists of various extracellular matrix proteins, and cell components as haematopoietic stem cells, progenitor and precursor cells, immune cells, erythrocytes, BM stromal cells (BMSCs), BM endothelial cells, as well as osteoclasts and osteoblasts that are able to secret several growth factors for MM cells. The direct interactions of MM cells with the microenvironment and the secreted cytokines activate signalling pathways mediating growth, survival, drug resistance and the migration of MM cells as well as osteoclastogenesis and angiogenesis. In this article we underline in particular the new evidences at the basis of the interaction between MM cell and bone cells and the potential role of osteoclast and osteoblast in MM pathophysiology.
  • Avaliação de risco em mioloma múltiplo: resultados preliminares do grupo brasileiro de estudos de mieloma Articles

    Maiolino, Angelo; Hungria, Vania; Oliveira, Gislaine D.; Miranda, Eliana C. M.; Magalhães, Roberto; Mercante, Daniel; Rego, Eduardo M.; Oliveira, Luciana; Chiattone, Carlos S.; Nucci, Marcio; Lorand-Metze, Irene; Zalcberg, Ilana; Souza, Cármino A. de

    Resumo em Português:

    O esquema de Durie / Salmon continua a ser utilizado para estadiar os pacientes com mieloma múltiplo. Recentemente, um novo sistema mais simples e eficaz foi proposto. O "International Myeloma Working Group" realizou um estudo retrospectivo com 11.179 pacientes e a partir destes dados propôs a criação de um "International Staging System (ISS)" utilizando os níveis séricos de ß2 microglobulina e de albumina ao diagnóstico. Além do ISS a pesquisa está voltada para identificar alterações citogenéticas e moleculares que se correlacionem com o prognóstico no mieloma múltiplo. Estes fatores prognósticos têm sido utilizados para estratificar pacientes em ensaios clínicos com resultados promissores.

    Resumo em Inglês:

    The Durie/Salmon staging system continues to be used worldwide in patients with multiple myeloma. However, in recent years, new systems have been proposed. The International Myeloma Working Group performed a retrospective study with 11,179 patients and proposed an "International Staging System" utilizing serum levels of â2 microglobulin and albumin. In addition, current research has focused on the usefulness of cytogenetic and molecular data as prognostic factors. These data suggest that these parameters are powerful discriminators of a poor prognostic group of myeloma patients. Indeed, these prognostic indexes have been utilized in clinical trials, with interesting and encouraging results.
  • Novas drogas na terapia do mieloma múltiplo Articles

    Palumbo, Antonio; Falco, Patrizia

    Resumo em Português:

    O avanço do conhecimento da patogênese do mieloma múltiplo e do mecanismo de resistência a drogas propiciou o desenvolvimento de novas terapias alvo que vençam a resistência e apresentem efeitos sinérgicos e aditivos aos velhos agentes quimioterápicos. A talidomida, e o seu derivado imonumodulador, lenalidomida, e o inibidor da proteasoma bortezomib, em combinação com o melfalano no idoso e intravenoso no jovem, estão mudando os paradigmas tradicionais de tratamento do mieloma múltiplo. Altas doses de melfalano seguidas do transplante de células-tronco autólogo no paciente jovem e o tratamento oral de melfalano-predimisona- talidomida no idoso são agora tratamentos padrões para os portadores de mieloma múltiplo recém-diagnosticados. Nos pacientes jovens, as incorporações de combinações de talidomida ou lenamidomida ou bortezomib aumentam significativamente as taxas de respostas pré-transplante autólogo. Estas medidas melhoram as taxas de respostas e de sobrevida observadas após o transplante. Estudos prospectivos randomizados incorporam novos agentes para o tratamento de pacientes estratificados em anormalidades citogenéticas e são necessários para os pacientes com auto risco.

    Resumo em Inglês:

    The advances in the understanding of the pathogenesis of multiple myeloma and the mechanism of drug resistance have led to the development of novel targeted therapies that are able to overcome resistance and show additive or synergistic effects with old chemotherapeutic agents. Thalidomide, its immunomodulatory derivative lenalidomide, and the proteasome inhibitor bortezomib, in combination with oral melphalan in the elderly and with intravenous melphalan in younger patients, are changing the traditional treatment paradigm of multiple myeloma. High-dose melphalan followed by autologous stem cell transplantation in the younger patients and oral melphalan-prednisone-thalidomide in the elderly are the standard of care for newly diagnosed multiple myeloma. In younger patients, combinations incorporating thalidomide or lenalidomide or bortezomib significantly increase the pre-transplant response rate before high-dose melphalan and autologous transplantation, and may further improve the response rate and survival achieved after transplant. Prospective randomized studies incorporating new agents and stratifying patients based on cytogenetic abnormalities, are needed to define the therapeutic algorithm in high-risk disease.
  • Célula progenitora hamatopoética - identificação em sangue fetal e de adulto Articles

    Müller, Aixa; Soyano, Andrés; Guevara, Freddy; Martínez, Bahilda; Soyano, Alberto; Ponte, Benita

    Resumo em Português:

    As células progenitoras hematopoéticas são as responsáveis pela produção de todos os elementos do sangue e são as potenciais fontes de células usadas para o tratamento de várias condições patológicas. O principal objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar as células progenitoras hematopoiéticas no sangue fetal do período pré-natal, no sangue de cordão umbilical no momento do parto e no sangue do adulto, usando anticorpos monoclonais para marcadores de superfície e citometria de fluxo. As células CD34+ na maioria das vezes representam células progenitoras e foram detectadas no sangue fetal pré-natal tão precoce como na 17ª semana de gestação. A proporção destas células mostrou a tendência de diminuir durante a progressão da gestação. Dentro da população de células CD34+, uma proporção relativamente pequena (menos de 1%) foi negativa para os marcadores de superfície CD33 ou HLA-Dr, indicando uma população de células primitivas, isto é, células progenitoras não comissionadas com uma linhagem específica. Ao contrário, outro grupo co-expressa CD33 ou HLA-Dr, sendo progenitores celulares mais maduros já comprometidos com linhagens específicas. A porcentagem de CD34+ obtida no sangue de adultos após mobilização com agentes quimioterápicos e fator de crescimento mostrou uma média de 2.7+/-3.1%. 0 % de CD34+ no produto aferético de vários pacientes variou de 0.58 a 1.48. Em alguns casos as células foram infundidas nos pacientes com bons resultados. Nossos achados estão de acordo com estudos prévios sugerindo que células CD34+ sejam uma população heterogênea com cada subgrupo apresentando graus de comprometimento com diferentes linhagens específicas.

    Resumo em Inglês:

    Hemopoietic progenitor cells give rise to all cellular elements of the blood and are of importance as a potential source of cells used for correction of various pathological conditions. The main objective of this study was to identify and quantitative hemopoietic progenitor cell in antenatal fetal blood, in cord blood at the time of delivery and in adult blood, using monoclonal antibodies to surface markers and flow cytometry. CD34+ cells, most of them probably representing progenitor cells, were detected in prenatal fetal blood as early as the 17th week of gestation. The proportion of these cells showed a tendency to decrease as the pregnancy progressed. Within the population of CD34+ cells, a relatively low proportion (less than 1%) were negative for the surface marker CD33 or HLA-Dr, indicating a population of primitive stem cells, i.e., progenitor cells no committed to a specific lineage. On the contrary, another group coexpressed CD33 or HLA-Dr, being more mature progenitor cells already committed to differentiate along a specific lineage. The percentage of CD34+ obtained in blood of adult patients after mobilization with chemotherapeutic agents and growth factors showed an average value of 2.7± 3.1%. The percentage of CD34+ in the apheresis products of various patients varied from 0.58 to 1.48. In some cases the cells were reinfused in the patient with good results. Our findings are in agreement with previous studies suggesting that CD34+ stem cells is a heterogeneous population, with each subset having variable degree o commitment to differentiate toward a specific cell lineage.
  • Novas drogas no tratamento da leucemia mielóide crônica Articles

    Cilloni, Daniela; Rotolo, Antonia; Nicoli, Paolo; Bosa, Marco; Saglio, Giuseppe

    Resumo em Português:

    A introdução do inibidor de tirosino quinase BCR-ABL mesilato de imatinibe (Glivec®, Novartis) levou a significantes mudanças no tratamento da LMC. Entretanto, a despeito de impressionante porcentagem de pacientes que respondem, alguns casos de LMC, particularmente em fases avançadas da doença mostram resistência primaria ou recidivas após terapêutica inicial. Inibidores de tirosino quinases de segunda geração como o nilotinibe (Tasigna®, Novartis) e o dasatinibe (Sprycel®, Bristol Myers Squibb) têm mostrado significante atividade nos estudos clínicos em paciente onde o imatinibe falhou. Porém, estes agentes não são capazes de inibir a mutação T315I do Bcr-Abl e apresentam atividade parcial em fases avançadas da LMC. As noções biológicas adquiridas sobre os mecanismos de resistência aos inibidores de TK levaram ao desenvolvimento de novos compostos alguns dos quais têm resultados preliminares encorajadores incluindo a mutação T315I. Neste trabalho nós discutimos os novos agentes emergentes e qual o potencial poderão atingir para ultrapassar a resistência aos inibidores de TK em pacientes com LMC.

    Resumo em Inglês:

    The introduction of the BCR-ABL kinase inhibitor, imatinib mesylate (Gleevec®, Novartis) led to significant changes in the treatment of chronic myeloid leukaemia (CML) patients. However, despite the impressive percentage of responding patients, some CML cases, particularly those in advanced phases of the disease, show primary resistance or relapse after the initial response. The second-generation BCR-ABL inhibitors nilotinib (Tasigna®, Novartis) and dasatinib (Sprycel®, Bristol-Myers Squibb) have shown significant activity in clinical trials in patients who failed imatinib therapy, but these agents are still incapable of inhibiting the T315I mutant of Bcr-Abl and present partial activity in advanced phases of CML. The acquired biological notions of the mechanisms of tyrosine kinase inhibitor (TKI) resistance has led to the development of new compounds, some of which have shown encouraging preliminary results in clinical trials, even against T315I mutants. In this paper we discuss the new emerging therapies which may overcome TKI resistance in CML patients.
  • Transplante de célula-tronco hematopoética na leucemia mielóide crônica: conceitos atuais e experiência brasileira Articles

    Souza, Cármino A. de

    Resumo em Português:

    O transplante alogênico de célula-tronco hematopoética permanece como a única terapêutica com potencial terapêutico para a LMC in todas as fases da doença. Entretanto, os resultados com a utilização do mesilato de imatinibe são suficientemente impressionantes para deslocar a utilização do transplante para segunda ou mesmo terceira linha de tratamento dependendo da disponibilidade dos novos inibidores de tirosino quinases. A decisão para a indicação do transplante depende da fase clínica e dos achados biológicos. As recomendações da Leukemia Net e as diretrizes da NCCN nos auxiliam a escolher o melhor momento para a elaboração do transplante. Em 1998, Gratwohl e colaboradores publicaram um escore no sentido de estabelecer o risco do transplante antes de sua realização. Em 2005, um grupo brasileiro estudando mais de 1.000 pacientes em uma população independente validou o escore de risco proposto pelo grupo europeu. Neste manuscrito o autor discutirá a posição do transplante em países com limitações de recursos como o Brasil. Em 2006, a mesma escola européia publicou um estudo de monitoramento do transplante e discutiu as mudanças desta modalidade de tratamento nos últimos 15 anos e apresentou as diferenças no comportamento médico na Europa do oeste (mais rica) versus do leste (mais pobre) na indicação e utilização do transplante. A despeito dos riscos, o transplante permanece como uma terapêutica curativa válida. Atrasar a indicação ou realizar o procedimento em fases avançadas, como a fase acelerada ou blástica, aumenta o risco de mortalidade relacionada ao procedimento e reduz a probabilidade de cura.

    Resumo em Inglês:

    Allogeneic Stem Cell Transplantation (ASCT) remains the unique curative therapy for CML in all clinical phases of the disease. However, the results of Imatinib Mesilate (IM) therapy are sufficiently impressive to have displaced ASCT to second- or third-line treatment depending on the availability of newly developed tyrosine kinase inhibitors. The decision for transplantation depends on a variety of clinical and biological situations. The Leukemia Net recommendations as well the NCCN guidelines help us to choose the best moment to perform ASCT. In 1998, Gratwohl and colleagues published a score in order to establish the risk of ASCT before the procedure. In 2005, the Brazilian group, studying more than 1000 patients in an independent population, validated the risk score previously proposed by the EBMT Group. In this paper we discuss the position of ASCT in a country such as Brazil that presents resource limitations. In 2006, the EBMT published an activity survey about ASCT in CML and discussed the changes in treatment indications over the past 15 years and presented differences in medical conduct in West versus East Europe concerning ASCT indication. Despite of risks, ASCT remains a valid curative treatment. To delay or to perform the ASCT in advanced phases (accelerated- or blastic-phase) increases procedure-related mortality rates and reduces the probability of cure.
  • Síndrome da diferenciação na leucemia promielocítica aguda: patogênese e fatores de risco Articles

    Rego, Eduardo M.; Santana-Lemos, Bárbara A. A.; Tamarozzi, Mirela B.

    Resumo em Português:

    A síndrome da diferenciação (DS) é um efeito colateral que pode ocorrer em pacientes com leucemia promielocítica aguda (APL) tratados com ácido all-trans-retinóico (ATRA) ou trióxido de arsênico (ATO), sendo caracterizada pelo aumento da transmigração de leucócitos. Vários mecanismos celulares e moleculares participam no desenvolvimento da DS. Esta revisão discute as mudanças na expressão de moléculas de adesão induzidas durante o tratamento com ATRA e ATO e possíveis implicações na patogênese desta complicação potencialmente fatal.

    Resumo em Inglês:

    Differentiation syndrome is a treatment complication which can occur in acute promyelocytic leukemia (APL) patients treated with all-trans retinoic acid (ATRA) or arsenic trioxide (ATO), which is characterized by enhanced leukocyte transmigration. Several cellular and molecular mechanisms participate in differentiation syndrome development. This review discusses the changes in expression of adhesion molecules induced during ATRA and ATO treatments and their possible implications in the pathogenesis of this potentially fatal complication.
  • O papel do transplante de célula-tronco hematopoiética em pacientes idosos com leucemia mielóide aguda Articles

    Olivieri, Attilio; Poggiaspalla, Monica; Poloni, Antonella

    Resumo em Português:

    Pacientes idosos com leucemia mielóide aguda (LMA), quando comparados com pacientes jovens com a mesma doença, apresentam prognóstico pobre e representam uma população particular em termos biológicos, complicações relacionadas ao tratamento e evolução clínica. Como resultado de tudo isto, o paciente idoso requer manuseio distinto. Para 85%-95% dos pacientes idosos a abordagem terapêutica será finalmente apenas paliativa. Nenhum estudo randomizado demonstrou qualquer vantagem de qualquer terapêutica na fase pós-remissão. Os únicos estudos que mostraram alguma vantagem em termos de sobrevida livre de doença em pacientes idosos portadores de LMA incluíram juntas as fases de indução e consolidação da remissão. Por estas razões, estratégias terapêuticas alternativas pós-remissão, incluindo transplante autólogo ou alogênico, têm sido exploradoras também em pacientes acima de 60 anos com boa performance status para as terapias de alta dose. Até agora, os dados disponíveis dos estudos clínicos sugerem que o procedimento usando célula-tronco é promissor e pode levar a sobrevida de longo prazo, porém factível apenas em uma minoria de pacientes idosos. Os principais limites para o transplante autólogo são representados pela baixa porcentagem de pacientes capazes de mobilizar suficiente quantidade de células-tronco e pela, ainda, alta incidência de recidiva após o transplante, principalmente em pacientes de fatores de mau prognóstico. Para o transplante alogênico, o uso de regimes de intensidade reduzida pode oferecer uma melhor oportunidade de cura graças ao efeito enxerto versus leucemia. Porém, não existem estudos clínicos comprovando a superioridade de qualquer modalidade de transplante em relação à terapia convencional.

    Resumo em Inglês:

    Older adults with Acute Myeloid Leukaemia (AML), when compared to younger patients with the same disease, have a poor prognosis and represent a discrete population in terms of disease biology, treatment-related complications, and overall outcome. As a result, older patients require distinctive management approaches. For 85%-95% of older AML patients, any therapy ultimately will be purely palliative. No randomized trial has ever demonstrated that any amount of post-remission therapy in older AML patients provides better outcomes than no post-remission therapy. The only studies demonstrating that long-term Disease Free Survival (DFS) is possible in older AML patients have included remission induction and post-remission therapy. For these reasons alternative post-remission strategies, including autologous or allogeneic transplantation have been explored also in people over sixty considered fit for aggressive therapy. Up to now the data available from clinical trials suggest that the stem cell transplant procedure is promising, and can lead to long-term survival, but it is feasible only in a minority of fit elderly patients. The main limits of Autologous Stem Cell Transplantation (ASCT) are represented by the low percentage of patients able to mobilize a sufficient amount of stem cells and by the still high relapse incidence after ASCT, especially in those with poor prognostic factors; for these patients the allogeneic transplant procedure, by using non myeloablative conditioning regimens, could offer a better chance of cure, thanks to the Graft versus Leukemia (GVL) effect, but there are no prospective trials showing the superiority of any transplant approach over conventional treatment in this subset of patients.
  • Infusão de linfócitos do doador para o tratamento da doença residual mínima Articles

    Bacigalupo, Andrea; Dominietto, Alida; Pozzi, Sarah; Miglino, Maurizio; Albarracin, Flavio; Piaggio, Giovanna; Bertolotti, Francesca

    Resumo em Português:

    A doença residual mínima (DRM) foi monitorada em 80 pacientes com leucemia linfóide aguda (n=44) e mielóide aguda (n=36) que foram submetidos ao transplante alogênico de célula-tronco. Marcadores da DRM foram a IgH-VDJ e rearranjo do TCR para a LLA e expressão do Tumor de Wills (WT1) para LMA. A incidência acumulada global (IC) para a DRM foi positiva em 45% e a IC para recaída hematológica foi 24% (36% na DRM+ versus 16% na DRM-, p=0.03). O intervalo mediano entre o TMO e a primeira DRM positividade foi dia +120, e para a recaída hematológica, dia +203. Os pacientes puderam ser divididos em três grupos: DRM-(n=44), DRM+ onde foi dada a infusão de linfócitos do doador (ILD) (n=17) e DRM+ não dado ILD (n=19): a recidiva nos três grupos foi de 16%, 6% e 63%, respectivamente (p<0.0001); a sobrevida em três anos foi 78%, 80% e 26% (p=0.001). No modelo de Cox, o grupo de DRM foi preditor de recidiva (p<0.0001) e sobrevida global (p=0.01), juntamente com a fase da doença e a doença do enxerto contra o hospedeiro. Na DRM+, IDL protegeu contra a recidiva (p=0.003) e melhorou a sobrevida (p=0.01). Em conclusão, a positividade para a DRM pós-transplante prediz recidiva da leucemia. Entretanto, quando é dada a ILD ao paciente DRM+, a evolução destes pacientes é comparável aos pacientes DRM-.

    Resumo em Inglês:

    Minimal residual disease (MRD) was monitored in 80 patients with acute lymphoid (ALL, n=44) or myeloid (AML, n=36) leukemia, undergoing allogeneic haemopoietic stem cell transplantations. MRD markers were IgH-VDJ and TCR gene re-arrangement for ALL, and Wilm's Tumor (WT1) expression for AML. The overall cumulative incidence (CI) of MRD was positive in 45% and the CI of hematologic relapse was 24% (36% in MRD+ vs. 16% in MRD patients, p=0.03). The median interval from transplant to first MRD positivity was 120 days and to hematologic relapse 203 days. Patients were divided in 3 MRD groups: MRD (n=44), MRD+ given donor lymphocyte infusions (DLI) (n=17) and MRD+ not given DLI (n=19): leukemia relapse rates in these 3 groups were 16%, 6% and 63%, respectively (p<0.0001); the actuarial 3-year survival rates were 78%, 80% and 26% (p=0.001). In multivariate COX analysis, the MRD group was predictor of relapse (p<0.0001) and survival (p=0.01), together with disease phase and chronic graft versus host disease. In MRD+ patients, DLI protected against relapse (p=0.003) and improved survival (p=0.01). In conclusion, MRD positivity post-transplant predicts leukemia relapse: however, when MRD+ patients are given DLI, their outcomes are comparable to MRD- patients.
  • Linfoma linfoblástico T dos adultos Articles

    Santini, Gino; Porcellini, Adolfo; Zupo, Simona; Truini, Mauro

    Resumo em Português:

    O linfoma linfoblástico de célula T é raro e com prognóstico ruim. Após introdução de terapêutica quimioterápica seqüencial e intensificada, remissões completas passaram a ser obtidas em 75%-95% dos pacientes. Entretanto, muitos pacientes, particularmente aqueles com a chamada doença avançada, continuaram a recair tanto durante a terapia de indução como na manutenção. Além disso, todos estes estudos iniciais não foram capazes de detectar qualquer índice prognóstico capaz de prever a evolução dos pacientes. No sentido de reduzir as taxas de recidiva, o transplante autólogo de célula progenitora hematopoética em pacientes em remissão completa foi introduzido. Os resultados obtidos com esta abordagem foram bastante homogêneos, indicando uma probabilidade de sobrevida livre de doença de 65%-75% e uma sobrevida global de 60%. Sucessivos tratamentos desenhados já nos anos 2000, foram capazes de obter remissões completas acima de 90%, com taxas de recidivas da ordem de 30% e uma sobrevida global comparável à obtida com o transplante. Ainda, estes estudos também não foram capazes de detectar fatores prognósticos relacionados à evolução válidos. Mais ainda, qualquer estudo com perfil biológico foi desenvolvido. Para melhorar o prognóstico do LLB-T parece ser necessário esforço multicêntrico, de caráter nacional ou internacional, para coletar dados clínicos e biológicos. Nesta linha, é possível alcançar número crítico de dados com valor estatístico que poderiam ser capazes de detectar fatores com influência prognóstica. Finalmente, grupos de pacientes necessitam ser identificados para selecionar aqueles que poderiam se beneficiar do transplante de célula progenitora hematopoética detectados ao diagnóstico.

    Resumo em Inglês:

    Adult T-lymphoblastic lymphoma is rare and has a poor prognosis. In the 80s, following the introduction of sequential, intensified chemotherapy, complete remissions in the order of 75%-95% of treated patients, were achieved. However, several patients, namely those with advanced disease, continued to relapse either in remission or during maintenance therapy. Moreover, all these early studies were not able to detect any valuable prognostic index to predict the outcome. In an attempt to reduce the relapse rate, upfront autologous stem cell transplantation in patients in complete remission was introduced. The results obtained with this approach were quite homogeneous, indicating a probability of disease-free survival of about 65%-75% and an overall survival rate of 60%. Successive therapies designed since 2000 were able to obtain complete remissions of above 90%, with a relapse rate in the order of 30% and an overall survival comparable to that obtained with the transplant procedure. Yet, these studies were also unable to detect valuable prognostic factors predictive of the outcome. Moreover, no study on the biologic profile of the disease has been developed. To improve the prognosis of T-lymphoblastic lymphoma it seems necessary to create national registries to collect both clinical and biological data of all lymphoblastic lymphoma patients. In this way it will be possible to reach critical numbers of data with which valid statistical analysis may be performed that is able to detect factors influencing the outcome. Moreover, subsets of patients needing intensified procedures such as stem cell transplant may be detected at diagnosis.
  • Nova proposta de tratamento no linfoma difuso de grandes células B no paciente jovem de mau prognóstico em estágio avançado Articles

    Cortelazzo, Sergio

    Resumo em Português:

    Os pacientes com linforma de grande células B agora apresentam uma melhor evolução e longa sobrevida por causa de dois grandes desenvolvimentos: 1- Aumento da dose de drogas ativas e o espaço de tempo mais curto entre os ciclos, resultando deste fato uma dose mais consistente ou um regime com dose mais intensa. 2- Combinação da quimioterapia com o rituximab. Estas duas estratégias são associadas em uma melhoria da evolução clinica, particularmente dos pacientes que não apresentam fatores prognósticos adversos. Pacientes com risco pobre e com a idade ao redor dos 60 a 65 anos podem se beneficiar da combinação de dose ou do regime de dose intensificada mais rituximab. Pacientes jovens com risco pobre e que são definidos com IPI aa de 2 ou 3 e idade inferior a 60 anos são caracterizados como verdadeiramente refratários, sendo isto evidenciado pela progressão durante ou precocemente após o tratamento ou apresentam resposta tardia. Deve-se atentar para a modificação do tratamento e incluir imunoterapia para melhorar a taxa de resposta e reduzir a proporção de pacientes com doença em progressão. Atualmente a melhor sobrevida de progressão foi de 51%. Devemos observar aspectos alvissareiros da diminuição da alta resistência e da taxa de recaída nos programas de quimioterapia seqüenciais de altas doses com rituximab e o transplante autólogo de células-tronco. O grupo italiano elaborou um estudo prospectivo randomizado de fase III comparando a eficácia e a segurança da dose intensa de CHOP mais rituximab com altas doses seqüenciais e rituximab seguido do transplante autólogo. Dados preliminares já mostram que os programas intensificados e o transplante autólogo são factíveis ate 65 anos com bom manuseio do efeito tóxico em todos os centros participantes.

    Resumo em Inglês:

    Patients with DLBCL now have a better outcome with a longer survival because of two major developments: 1) increasing the dose of active drugs with shortening the time between cycles, resulting in dose-dense or dose-intense regimens; and 2) combining rituximab with chemotherapy. Both strategies were associated with a better clinical outcome, particularly in patients without adverse prognostic factors. Poor risk patients in the age range of 60 to 65 years may benefit from a combination of dose-dense or dose-intense regimens plus rituximab. Young patients with poor risk DLBCL defined by an aaIPI of 2 or 3 and age younger than 60 years, are characterized by truly refractory disease, evidenced by progression during or early after treatment, or later relapse. Attempts to modify treatment including immunotherapy to improve the response rate and reduce the proportion of patients with progressive disease have been only partially successful: to date: the best progression-free survival was 51%. In contrast, some attempts to decrease the high resistant and relapse rate with sequential high-dose chemotherapy with rituximab (R-HDS) and autologous stem cell transplantation (ASCT) have succeeded. On the basis of these promising results, GITIL launched a prospective phase III randomized trial comparing the efficacy and safety of dose-dense CHOP plus rituximab with R-HDS and ASCT. Preliminary data show that intensive programs such as dose-dense chemo-immunotherapy and R-HDS with ASCT are feasible until 65 years with a manageable toxic profile, also on multi-centre basis.
  • O papel do transplante de célula-tronco hematopoética no diabetes mellitus tipo1 Articles

    Voltarelli, Júlio C.; Couri, Carlos Eduardo B.; Rodrigues, Maria Carolina; Stracieri, Ana Beatriz P. L.; Moraes, Daniela A.; Pieroni, Fabiano; Navarro, George; Madeira, Maria Isabel A.; Simões, Belinda P.

    Resumo em Português:

    Nesta revisão, são apresentadas: 1) as bases científicas para o uso de imunossupressão em alta dose seguida de transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas do sangue periférico no diabete melito do tipo 1 recém-diagnosticado; 2) uma atualização da evolução clínica e laboratorial de 21 pacientes transplantados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Brasil, incluindo recaídas em seis pacientes transplantados sem cetoacidose prévia; e 3) uma discussão das perspectivas futuras de terapia celular no diabete melito do tipo 1.

    Resumo em Inglês:

    In this review, we present 1) scientific basis for the use of high dose immunosuppression followed by autologous peripheral blood hematopoietic stem cell transplantation for newly diagnosed type 1 diabetes mellitus, 2) an update of clinical and laboratory outcomes in 21 patients transplanted at the University Hospital of the Ribeirão Preto Medical School, University of São Paulo, Brazil, including 6 relapses in patients without previous ketoacidosis and 3) a discussion of future prospectives of cellular therapy for type 1 diabetes mellitus.
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular R. Dr. Diogo de Faria, 775 cj 114, 04037-002 São Paulo/SP/Brasil, Tel. (55 11) 2369-7767/2338-6764 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretaria@rbhh.org