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Prêmios Nobel: Contribuições para a Cardiologia

O Prêmio Nobel foi criado por Alfred Nobel. Os primeiros prêmios foram entregues em 1901, e o primeiro ganhador na área da medicina foi Emil Adolf von Behring, por seus trabalhos com soro antidiftérico. Na cardiologia, o conhecimento da história do Prêmio Nobel ajuda a entender a importância dos avanços fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos realizados ao longo dos últimos 120 anos. O objetivo do presente estudo foi revisar as principais descobertas científicas contempladas pelo Prêmio Nobel, que contribuíram para avanços no estudo da cardiologia. Além disso, apresentamos a hipótese pela qual Carlos Chagas, um dos nossos mais importantes cientistas, não recebeu o Prêmio Nobel em duas ocasiões. A partir de uma revisão não sistemática sobre os Prêmios Nobel, foram selecionados, entre os laureados, os principais estudos com relevância para as doenças cardíacas. No período entre 1901 e 2013, 204 pesquisadores, em 104 prêmios, foram premiados na categoria Medicina ou Fisiologia, dos quais 16 estudos (15%) tiveram importância na área da cardiologia. Foram 33 (16%) premiados, sendo apenas duas (6%) mulheres. Em relação ao local de nascimento, 14 (42%) eram norte-americanos, 15 (45%) europeus e quatro (13%) de outros países. Apenas um laureado nasceu no Brasil: Peter Medawar, cuja carreira se deu toda na Inglaterra. A revisão da história do Prêmio Nobel na área de medicina ou fisiologia possibilitou identificar pesquisadores e estudos que contribuíram para avanços no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. A maioria dos laureados eram norte‑americanos e europeus, e do sexo masculino.


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