RESUMO
Racional:
O abscesso hepático piogênico tem incidência de 1,1 por 1.000 habitantes com mortalidade podendo chegar a 100%. O uso de recursos menos invasivos diminuem morbimortalidade e tempo de internação hospitalar.
Objetivo:
Identificar fatores de risco no abscesso hepático piogênico tratado por drenagem percutânea guiada por ultrassom.
Método:
Total de 10 pacientes foram submetidos ao procedimento. Foram avaliadas características epidemiológicas, marcadores laboratoriais exames de imagem (ultrassom e tomografia).
Resultados:
Na amostra houve predominância do sexo masculino, com média de idade de 50 anos. Hepatopatia, etilismo e doença da via biliar foram os pródromos mais frequentes. Dor abdominal (90%), febre (70%) e icterícia (40%) foram manifestações clínicas mais comuns. Houve mortalidade de 20% nesta série. Hipoalbuminemia e dias de internação hospitalar tiveram associação positiva com óbito estatisticamente significante.
Conclusão:
O abscesso hepático piogênico tem evolução subaguda o que dificulta o diagnóstico. Exames de imagem têm sensibilidade alta na propedêutica diagnóstica, notadamente a tomografia computadorizada. A drenagem percutânea, associada à antibioticoterapia, mostrou ser recurso terapêutico seguro e eficaz.
DESCRITORES:
Abscesso hepático piogênico; Drenagem; Ultrassonografia de intervenção; Hipoalbuminemia.