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Adenomas corticotróficos silenciosos

Adenomas corticotróficos silenciosos (ACS) são definidos como adenomas hipofisários que apresentam coloração positiva para o hormônio adrenocorticotrófico em estudos imuno-histoquímicos, mas não são associados com achados clínicos ou laboratoriais peri-operatórios de hipercortisolemia. São responsáveis por 1,1-6% dos adenomas hipofisários removidos cirurgicamente. Atualmente, dois subtipos patológicos distintos de ACS são reconhecidos, mas sua patogênese permanece obscura. Eles se apresentam com efeitos de massa local (cefaléia, deterioração visual, paralisia de nervos cranianos, disfunção endócrina). A ausência de manifestações de excesso de cortisol não é suficientemente explicada. Em séries cirúrgicas, a maioria dos tumores são macroadenomas com extensão suprasselar, presente em 87-100% dos casos, em contraste com a doença de Cushing, que é principalmente atribuída a microadenomas. A cirurgia continua a principal ação terapêutica. A tentativa de se identificar preditores de recorrência tem sido mal sucedida. Protocolos de manejo e acompanhamento devem ser planejados levando-se em consideração o seu comportamento potencialmente agressivo, particularmente na recorrência. Raramente tem sido reportado o desenvolvimento de síndrome de Cushing hipofisária florida e recorrência local, seguida de doença metastática (ocasionalmente fora do sistema nervoso central).

Adenomas corticotróficos silenciosos


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