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Adenocarcinoma de glândula parótida em vaca: relato de caso

P.J.B. Queiroz T.D. Queiroz P.L. Magalhães N.C. Borges D.B. Martins V.M.B.D. Moura L.A.F. Silva Sobre os autores

RESUMO

Foi atendida uma vaca da raça Girolando, de nove anos de idade, de aptidão leiteira, pesando aproximadamente 400kg e com histórico de aumento de volume na região parotídea e submandibular direita. Diante do prognóstico desfavorável, o animal foi submetido à eutanásia e encaminhado para exame anatomopatológico. Fragmentos da glândula parótida e dos linfonodos alterados foram colhidos e encaminhados para exame histopatológico. À avaliação microscópica, observaram-se acentuada anaplasia, moderada proliferação celular, figuras de mitose atípicas e focos de necrose. O estroma variava de delicado a esquirroso e os limites do tumor eram imprecisos. Esses achados fundamentaram o diagnóstico de carcinoma indiferenciado com metástase em linfonodos. No exame imuno-histoquímico, foram utilizados anticorpos primários monoclonais anti-CK Pan (clone AE1AE3), anti-CK alto peso molecular (clone 34βE12), anti-CK19 (clone RCK108), antivimentina (clone V9), anti-S100 (policlonal) e antirreceptor de andrógenos (policlonal). As células neoplásicas apresentaram imunomarcação para todos os anticorpos testados, resultado que favorece o diagnóstico de adenocarcinoma de glândula salivar. Embora raro em bovinos, o adenocarcinoma de glândula salivar deve ser considerado no diagnóstico diferencial de doenças que cursam com aumento de volume na cabeça, linfadenopatia salivação, disfagia e emagrecimento progressivo.

Palavras-chave:
bovino; citologia; glândulas salivares; imuno-histoquímica; neoplasia maligna

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