OBJETIVO: Avaliar o efeito terapêutico do transplante de membrana amniótica no tratamento da ceratopatia bolhosa. MÉTODOS: Nove pacientes portadores de ceratopatia bolhosa sintomática, com baixa acuidade visual, com e sem indicação de transplante de córnea foram avaliados antes, 1, 3, 6 e 12 meses após transplante de membrana amniótica. Em cada visita, os pacientes foram questionados sobre intensidade da dor, fotofobia, sensação de corpo estranho, e submetidos a exame oftalmológico completo,estesiometria e paquimetria. RESULTADOS: As comparações realizadas entre os valores antes e após o procedimento referentes à dor, fotofobia, sensação de corpo estranho e estesiometria apresentaram diferenças estatisticamente significantes quanto à diminuição desses sintomas e da sensibilidade corneal (p<0,05). A paquimetria apresentou aumento da espessura logo após o procedimento e uma diminuição entre as avaliações de 6 e 12 meses, que foram estatisticamente significantes (p<0,05). Após o sexto mês de seguimento, observou-se reabsorção parcial da membrana amniótica em 3 casos (33,3%) e reabsorção total em outros 3 casos (33,3%). CONCLUSÃO: O transplante de membrana amniótica representa modalidade efetiva no controle dos sintomas da ceratopatia bolhosa por até 12 meses.
Âmnio; Transplante heterotópico; Doenças da córnea