As considerações sobre o falo na história psicanalítica não são unânimes e lineares. Freud o situou como elemento fundamental da estruturação sexual; todavia, semelhante valor não lhe foi atribuído pelos pós-freudianos, dando início ao que Lacan denominou de "querela do falo". Lacan, apesar de ter situado o falo como significante, promoveu deslocamentos e nuances na forma de abordá-lo - articulou-o ao objeto a, seguido da identificação ao semblante e culminando na lógica do todo e não-todo fálico. Estas formulações mostram relação com as construções a respeito do real; portanto, não revogam as contribuições anteriores, mas redimensionam o aparato teórico-clínico de Lacan.
Falo; sexualidade; significante; objeto a; não-todo fálico