O trabalho distingue o estabelecimento do conceito de objeto a por Lacan, a partir dos objetos da pulsão, destacando o advento do objeto a como operação conceitual que enceta a transposição da relação sujeito/objeto, do campo do conhecimento para o campo da ética. Ressituando-se este objeto como estrutural, conclui-se que a afirmação lacaniana de uma causalidade que incide neste plano objetal, como constitutiva da condição desejante do sujeito, demarca um novo estatuto da problemática ética, a qual queda referida doravante não mais à deliberação do sujeito, e sim a um destino de assunção desta causalidade em seu efeito de desejo.
Psicanálise; causa; responsabilidade; ética; objeto a