RESUMO:
O artigo apresenta considerações sobre a intervenção terapêutica de indivíduos refugiados no Brasil junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Frente a situações de reassentamento solidário dos refugiados de diferentes culturas, observamos que a especificidade do trauma do exílio convoca o sujeito a exprimir no corpo o conflito decorrente de sua situação de deslocamento. O trabalho analítico entra em jogo quando outra linguagem é necessária para fazer falar o sofrimento destes indivíduos. Nossa hipótese de investigação reside em compreender como as manifestações somáticas apresentadas por tais sujeitos estão imbricadas no sintoma de desenraizamento identitário do exílio.
Palavras-chave:
Exílio; corpo; refugiados; trauma; luto