RESUMO
Para pesquisa de possíveis vetores envolvidos na transmissão da erliquiose monocítica eqüina (EME) no Rio Grande do Sul, Brasil, caramujos dulciaquícolas dos gêneros Drepanotrema, Physa, Pomacea, Biomphalaria e Heleobia foram coletados em propriedades com histórico de ocorrência de EME localizadas nos Municípios de Rio Grande, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Estado. A Neorickettsia (Ehrlichia) risticii foi detectada através de PCR em uma freqüência de 13,33%, em caramujos do gênero Heleobia (H. piscium, H. parchappei e H. davisi). Nesses caramujos, estágios de cercárias e rédias de um trematódeo não identificado foram encontrados. Cercárias emergidas de H. piscium foram classificadas como Parapleurolophocercous cercariae. Esses trematódeos testados por PCR foram positivos para N. risticii em 20% das amostras. Com esses resultados pode-se afirmar que a N. risticii está no ambiente veiculada por caramujos do gênero Heleobia presentes em canais de irrigação e rios da região costeira da Lagoa Mirim, e em trematódeos portados por eles.
PALAVRAS-CHAVE
Neorickettsia (Ehrlichia)risticii;
Heleobia
;
Parapleuro lophocecous cercariae