Resumo:
Objetivo
O foco do presente estudo foi a aplicar dois índices biológicos, baseados nos macroinvertebrados bentônicos (BMWP e ICB RES-P), utilizando o Reservatório de Itupararanga como modelo para determinar as vantagens e desvantagens na aplicação de cada índice nesse ambiente.
Métodos
A metodologia consistiu em três etapas: 1) coleta de macroinvertebrados bentônicos, determinação in situ das variáveis limnológicas e triagem dos organismos em laboratório, 2) identificação taxonômica dos organismos e 3) determinação dos graus de saprobidade para os pontos de coleta e a eficácia da aplicação do Índice BMWP (Biological Monitoring Working Party score system) e do Índice de Comunidade Bentônica de região profundal (ICB RES-P) criado pela CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo).
Resultados
O estudo foi desenvolvido em dois períodos (primavera/verão e outono/inverno) onde 8.841 organismos foram coletados e divididos em 17 famílias. As famílias Chaoboridae (gênero Chaoborus), Chironomidae (subfamílias Chironominae e Tanypodinae) e Tubificidae foram os táxons mais abundantes. O grau de saprobidade obtido para a região do reservatório de Itupararanga, no geral, classificou o reservatório como as β-α mesasaprobic (βms- αms), considerado crítico quanto o teor de matéria orgânica. O índice BMWP foi adaptado para os pontos de coleta e subsequentemente as pontuações foram obtidas classificando o reservatório como de categoria V (qualidade muito ruim). O índice ICB RES-P classificou a qualidade da água nos pontos de coleta do período de primavera/verão como regular, e no período de outono/inverno como boa.
Conclusões
A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que são necessários mais estudos e refinamentos dos componentes de ambos os índices para determinar com eficiência a qualidade da água em reservatórios.
Palavras-chave:
biomonitoramento; macroinvertebrados bentônicos; índice BMWP; índice ICB RES-P; Reservatório de Itupararanga
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