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Baudelaire, Benjamin e a arquitetura d’As flores do mal

Este artigo tenta explorar a idéia, sugerida de modo cauteloso por Walter Benjamin no ensaio "Sobre alguns temas em Baudelaire", de uma "arquitetura secreta" d’As flores do mal, ou seja, a de um desenho que unificaria os poemas e tornaria visível o frágil equilíbrio entre os momentos do livro em que a percepção aurática é celebrada e aqueles em que a sua perda é afirmada sem reservas. O poema "A uma passante" funcionaria, nesta leitura arquitetônica, como passagem privilegiada entre estes dois extremos, e nos levaria a entrever um caminho para pensar a percepção moderna da obra de arte não como uma simples superação do aurático, mas sim como uma tensa dialética entre choque e luto pela unidade perdida.

Filosofia da arte; Crítica; Poesia


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