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Uma trajetória sinuosa: o Museu Paulista e as apropriações da Fundação de São Paulo, de Oscar Pereira da Silva 1 1 O artigo é resultado de pesquisa de mestrado financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), processo nº 2010/02865-0.

RESUMO

O artigo analisa a tela Fundação de São Paulo, feita por Oscar Pereira da Silva, em 1907, sob a perspectiva da sua relação com o Museu Paulista, local em que foi exposta desde 1929. Tomando a tela como um enunciado, pretende-se situá-la em seus contextos, evidenciando as suas ressignificações, advindas das múltiplas percepções em relação ao que seu conteúdo imagético afirmava. Ao explorar a relação entre a tela e o Museu Paulista, será demonstrado que o objetivo de Oscar Pereira da Silva era representar o ato embrionário da cidade e dos paulistas e transformar a sua obra em um documento significativo da narrativa histórica. Porém, a difícil inserção da tela na narrativa do Museu Paulista fez com que essa conquista fosse repleta de tensões. Ao analisar momentos importantes na trajetória da tela, como a sua inserção na Pinacoteca do Estado, a sua transferência para o Museu Paulista, a sua apropriação nos vitrais da Faculdade de Direito e nos materiais das comemorações do IV Centenário de São Paulo, será demonstrado que o transcurso do tempo associado à sua musealização renovou e notabilizou sua apropriação social, possibilitando a sua integração ao imaginário paulistano e paulista.

PALAVRAS-CHAVE:
Museus; Imaginário; Pintura histórica; Oscar Pereira da Silva; Museu Paulista

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